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I&D
Impulsionar o ecossistema português Early Stage, representar os players do setor, formar e capacitar os variados atores do ecossistema são metas que a Investors Portugal quer cumprir (Foto: Pexels)

Candidaturas a incentivos fiscais à I&D empresarial com novo recorde

A Agência Nacional de Inovação (ANI) informa que em 2020 houve um aumento em 38% de candidaturas a investimentos fiscais, que se traduziu num aumento em 24% de projetos.

A ANI informa, em comunicado, que, até 31 de julho de 2021, recebeu 3.283 candidaturas ao SIFIDE – Sistema de Incentivos Fiscais à Investigação & Desenvolvimento Empresarial, relativas ao exercício fiscal de 2020, até 31 de julho de 2021. No total, as empresas declararam investimentos em I&D de 1.558 M€ (mais 27% face ao ano anterior) e solicitaram um crédito fiscal a rondar os 745 M€ (mais 36% do que no ano anterior).

A estas candidaturas fazem-se corresponder 8.010 projetos de I&D, mais 24% do que no exercício fiscal anterior. Desde 2017 tem sido verificado um crescimento significativo do investimento declarado em I&D, que resulta do aumento do investimento das empresas no desenvolvimento de novos produtos de base tecnológica, bem como do surgimento de fundos de capital de risco em I&D.

O SIFIDE teve um crescimento muito expressivo, que se traduz em mais 27% no investimento declarado em I&D. De destacar o número de empresas com doutorados a realizar atividades de I&D, que tem aumentado de forma continuada”, adianta a Presidente da ANI, Joana Mendonça.

Os dados do SIFIDE mostram que em 2020 houve 470 empresas com 1.180 doutorados a realizar I&D, quando, no início do SIFIDE II (2014), estes valores eram bem inferiores (188 empresas e 417 doutorados), representando um aumento de 182% em recursos humanos altamente qualificados. É de salientar que a despesa associada a um doutorado apresentada ao SIFIDE é majorada em 20%, isto é, por cada euro investido na remuneração de um doutorado, a empresa pode recuperar entre 0,39€ e 0,99€”, destaca ainda a responsável.

As candidaturas ao SIFIDE foram realizadas maioritariamente na região Norte, que apresentou 41% das candidaturas (1.343), seguida da Área Metropolitana de Lisboa (28%) e do Centro (23%). Também no que diz respeito ao nível investimento declarado é o Norte quem representa a maior parcela (38% do total, com 595 milhões de euros), seguido pela Área Metropolitana de Lisboa, que mantém um valor muito próximo (37%, com 576 milhões de euros). Estes valores mantêm as tendências observadas desde 2015.

O SIFIDE pretende “aumentar a competitividade das empresas apoiando o seu esforço em I&D através da dedução à coleta do IRC de uma percentagem das respetivas despesas de I&D (na parte não comparticipada a fundo perdido pelo Estado ou por Fundos Europeus)”.