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Já as gerações mais jovens, geração Z e millennials, dizem estar mais satisfeitas com o trabalho por terem ganho tempo para estar com a família e por trabalharem em locais melhores (Foto: Unsplash)

Equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal melhorou para os jovens

Segundo o estudo da MetLife, mais de metade dos trabalhadores entre os 20 e os 29 anos afirmam que o seu equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal melhorou com a pandemia.

O estudo “19th Metlife Employee Benefit Trends Study 2021”, realizado pela MetLife, a companhia de seguros de vida, focou a sua investigação nos trabalhadores americanos, entre os 20 e os 29, com o intuito de perceber quais foram os impactos resultantes da pandemia nesta geração.

Mais de metade (54%) dos jovens adultos, que inclui as gerações Z e millennials, afirmou que o equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal melhorou quando comparam com o período “pré-pandemia”. Ao passo que, apenas um quarto dos baby boomers (geração que nasceu entre 1946 e 1964) partilha da mesma opinião.

De acordo com as conclusões do estudo, as razões para estarem mais descontentes com a situação laboral deve-se ao estabelecimento de limitações (33%) e problemas de diminuição da socialização (42%). Já as gerações mais jovens dizem estar mais satisfeitas com o trabalho por terem ganho tempo para estar com a família (40%) e por trabalharem em locais melhores (30%).

Oscar Herencia, vice-presidente do Sul da Europa e diretor-geral da MetLife na Ibéria, explica que “todos os profissionais estão a sentir os efeitos da pandemia, mas é evidente que o impacto varia muito entre diferentes gerações”. Por isso, aconselha a que as empresas considerem “cuidadosamente estes detalhes à medida que começam a reinventar no local de trabalho nos próximos meses e a projetar o futuro”.

A investigação revelou, também, que os trabalhadores mais jovens preferem ter uma maior flexibilidade no local de trabalho e um salário mais alto, ao passo que os baby boomers “são mais propensos a sentir saudades das interações pessoais com os colegas”.

Percebeu-se que existe uma “forte conexão” entre o tempo livre o bem-estar dos colaboradores. “As empresas e os gestores têm um papel fundamental a desempenhar no apoio ao bem-estar dos trabalhadores”, esclarece o vice-presidente. “Proporcionar flexibilidade, saber gerir a carga de trabalho e promover o tempo livre podem marcar uma grande diferença na saúde geral dos trabalhadores”.

O comunicado revela, ainda, que é importante as empresas oferecerem “benefícios que se complementem e adaptem às etapas da vida e às necessidades pessoais dos empregados”. Sabe-se que os trabalhadores são 43% mais propensos a sentir resiliência e a serem capazes de se adaptar face às adversidades, se as organizações tiverem os benefícios em consideração.

Uma outra constatação passa pelo stress e os desafios do último ano, que tiveram impacto direto, de modo diferente, nas diversas gerações. Assim, cerca de 75% das gerações mais jovens diz que a saúde mental é a “área” mais importante, ao passo que apenas 34% dos baby boomers partilha dessa ideia. Segue-se a saúde financeira, com importância para 69% dos jovens, e 37% da geração mais velha. E por fim, a saúde física, com 64% dos jovens a dizer ser importante face a 38% dos baby boomers.

“A pandemia proporcionou-nos novas informações sobre o que os trabalhadores precisam das suas organizações, não só agora, mas também no futuro”. “À medida que o local de trabalho evolui e se torna mais personalizado, as empresas devem ter em conta os desejos e necessidades dos seus colaboradores e refletir estas aprendizagens nos benefícios e experiências de trabalho que lhes proporciona”, conclui Oscar Herencia.