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Como reter o talento que importa é o tema do último episódio das PHC Exec Talks, das quais a PME Magazine é media partner. Luís Antunes, diretor de recursos humanos da PHC Software, explica como devem as empresas abordar esta questão tendo em vista a produtividade e a felicidade dos seus colaboradores.
PME Magazine – Quem é o talento que importa?
Luís Antunes – Além da parte técnica, falamos daquele talento raro, que tem um conjunto de caraterísticas únicas e um nível de envolvimento com a empresa acima da média. Existem algumas caraterísticas que o definem. Por exemplo, ter a atitude de querer ir mais além, competências sociais e de relacionamento interpessoal que aproveite a inteligência coletiva e pessoas que têm uma capacidade intrínseca de aprender e empreender em diferentes momentos e desafios. Ou seja, são aquelas pessoas que estão à vontade fora da zona de conforto e se adaptam rapidamente a diferentes situações e à mudança do chamado mundo VUCA [n. d. r. sigla em inglês – a sigla portuguesa é VICA e serve para definir em quatro palavras o mundo em que vivemos atualmente: volatilidade, incerteza, complexidade e ambiguidade].
PME Mag. – Como encontrá-lo e, mais importante, como retê-lo?
L. A. – Mais importante do que encontrar o talento é preparar a empresa para o receber. Isto passa por trabalhar a atratividade da empresa, os seus benefícios e criando o maior impacto emocional que o trabalho tem nas nossas vidas. Aquilo que chamamos de best experience at work. Isto significa que todos os momentos contam, antes, durante e depois da relação de trabalho. Talvez este seja um dos grandes desafios das empresas. E uma coisa é certa, talento atrai talento. Se criarmos um ecossistema de talento, mais talento encontrará e ficará na empresa.
“Mais importante do que encontrar o talento é preparar a empresa para o receber. Isto passa por trabalhar a atratividade da empresa, os seus benefícios e criando o maior impacto emocional que o trabalho tem nas nossas vidas. Aquilo que chamamos de best experience at work“
PME Mag. – Como tirar partido das melhores valências dos colaboradores?
L. A. – O ponto principal é conciliar a motivação, as competências e os projetos. Hoje, uma empresa necessita de conhecer as pessoas para personalizar o seu desenvolvimento, e este é um ponto muito importante no crescimento dos colaboradores e na sua motivação. Ao mesmo tempo, a capacidade de desafiar os colaboradores com novos projetos e desafios é, hoje, mais importante que um plano de carreira fixo e previsível. Hoje, fala-se muito da necessidade de os planos de carreira serem flexíveis, personalizáveis e à medida da intenção de cada colaborador. Só assim podemos aproveitar o melhor de cada um para sucesso da empresa.
PME Mag. – Que impacto pode isto ter na produtividade e sucesso de uma empresa?
L. A. – O nosso CEO, Ricardo Parreira, costuma dizer que “a felicidade é lucrativa”. Talvez este seja a melhor forma de compreender como o talento pode ter a maior produtividade possível. Pessoas felizes estão mais motivadas na função, e pessoas motivadas produzem mais e melhor. Tudo isto contribui para os resultados da empresa, inclusive os financeiros. Isto é ainda mais importante quando falamos do talento que importa. É por isso que na PHC Software damos tanta importância ao tema da felicidade, temos programas próprios de capacitação para trabalhar o nosso talento, e uma cultura profissionalizada, onde a felicidade é um fim em si mesma.
