Sábado, Maio 3, 2025
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Indicadores podem indicar fim do pico da inflação global

Por: Marta Godinho

As pressões inflacionistas nas cadeias de abastecimento globais estão agora a decrescer após vaga de níveis recorde, apontam alguns indicadores. Os próximos meses vão refletir um alívio nos preços para os consumidores.

Indicadores como o preço das matérias-primas, do produtor, das taxas cobradas no transporte marítimo e as expetativas dos consumidores e empresas face aos preços ajudam a medir “o pulso” à inflação global. Estes apontam que o pico já foi atingido, o que significa um abrandamento dos preços nas cadeias de abastecimento globais nos próximos meses.

Esta expetativa de abrandamento é partilhada por vários economistas um pouco por todo o lado. Mark Zandi, economista-chefe da Moody´s Analytics, afirma que “a inflação provavelmente está no pico” e “a diminuição das pressões sobre os preços e dos constrangimentos na entrega de mercadorias prenunciam um abrandamento nos preços ao consumidor”, depois de a inflação global ter atingido um valor recorde de 12,1% em outubro deste ano, segundo estatísticas da Moody´s Analytics.

Segundo a Capital Economics, a inflação já atingiu o pico nos mercados emergentes em países como o Brasil, Tailândia e Chile, sendo que nos países mais desenvolvidos o think tank britânico (instituição/grupo de especialistas com a missão de refletir sobre assuntos relevantes) destaca sinais de enfraquecimento nas pressões sobre os preços.

“A nossa estimativa é que o efeito-preço dos alimentos e da energia vão reduzir, em conjunto, cerca de três pontos percentuais dos índices de preços ao consumidor das economias avançadas, em média, nos próximos seis meses”, aponta Jennifer McKeown, economista da Capital Economics, que aponta que a inflação global comece a desacelerar em 2023.

Nesta previsão, serão boas notícias para os bancos centrais que têm vindo a aumentar as taxas de juro aceleradamente para conseguir conter a inflação. Isto arriscou empurrar a economia mundial para a recessão.

Apesar do abrandamento das matérias-primas, os elevados preços da energia, devido à guerra na Ucrânia, são argumentados por economistas que estimam a continuação do seu preço elevado e o atraso na descida da inflação dos mesmos.

Ademais, “o preço do petróleo deverá permanecer altamente sensível às restrições de oferta e à iminente proibição da União Europeia ao petróleo russo”, afirma Susannah Streeter, analista sénior da Hargreaves Lansdown, que reforça que isto deverá continuar a alimentar a inflação no Reino Unido e na zona euro.

No entretanto, as evidências são positivas, sendo que na Alemanha os preços no produtor caíram 4,2% em outubro (a maior queda mensal desde 1948), cenário esse verificado em quase todas as economias do G20, com destaque para Espanha, Polónia, México e Portugal. Já no Reino Unido e nos Estados Unidos da América, o índice de preços no produtor está a desacelerar desde o início do verão.

O índice de preços de alimentos da Organização para a Alimentação e a Agricultura das Nações Unidas (FAO) desacelerou 1,9% depois de atingir o pico de 40% em maio de 2021.

O preço do gás TTF de referência europeia está atualmente inferior a 130 euros por MWh, muito abaixo do pico de 311 euros em agosto deste ano.

Já no transporte marítimo, as taxas cobradas voltaram aos níveis pré-pandemia depois de terem aumentado cinco vezes mais devido aos constrangimentos nas cadeias de abastecimento.

Abertas 100 vagas para novo centro de investigação da Nokia

Por: Marta Godinho

Foi inaugurado, esta segunda-feira, um novo centro de investigação e desenvolvimento (I&D) da Nokia, localizado no campus da empresa, na Amadora, para o progresso tecnológico das redes móveis 5G e 6G, para o qual se prevê a contratação de mais 100 profissionais até ao final de 2024.

Durante a apresentação desta nova unidade, Tommi Uitto, presidente da Nokia afirmou que “o novo centro de investigação e desenvolvimento em Portugal demonstra o investimento contínuo da Nokia no futuro das comunicações móveis”.

“Este centro irá contribuir para o reforço da nossa liderança em tecnologia 5G e suportará a nossa ambição de nos tornarmos uma empresa pioneira em redes móveis 6G”, acrescenta. 

Sérgio Catalão, diretor-geral da Nokia Portugal, adiantou que este novo centro de I&D para as redes móveis “comprova a continuidade e solidez da operação da empresa (em Portugal)”.

O responsável acrescentou que estes projetos são o espelho do “compromisso com a transição digital de Portugal, fazendo uso da liderança tecnológica, de uma forte cooperação com o meio académico, e continuando a desenvolver a nossa equipa e a atrair os melhores talentos”.

A sede na Amadora vai focar-se em software para componentes chave das redes móveis 5G e futuro 6G, desde a sua análise, especificação e desenvolvimento, até à fase de teste. Ademais, este trabalho vai também consistir no desenvolver de “algoritmos de processamento” que irão “de alguma forma controlar os processadores que estão nos equipamentos de 5G e 6G” através da “incorporação de Inteligência Artificial ou outras tecnologias disruptivas”, disse Sérgio Catalão.

Durante os próximos dois anos, a empresa espera criar mais 100 novos postos de trabalho, sendo que os perfis mais procurados são o de engenheiros de software e responsáveis técnicos e de produto.

Este novo polo nacional pretende desenvolver projetos de âmbito mundial, sendo que vai estar “integrado num centro global em rede e que tem presença em outros países e o interessante é que numa altura de reforço do investimento da Nokia em 5G e 6G, esse reforço foi feito a partir de Portugal”, conclui Sérgio Catalão ao Dinheiro Vivo.

Este é o segundo centro tecnológico da Nokia em Portugal, seguido do escritório localizado em Aveiro. A empresa já conta com 2800 trabalhadores.

Exponor mais sustentável é visitada por 300 mil pessoas em 2022

Por: Marta Godinho

A Exponor, maior recinto de feiras e congressos em Portugal apresentou um balanço  positivo este ano na retoma dos habituais valores anteriores a este período, com a visita de 300 mil pessoas em 2022. As novas ações sustentáveis implementadas levaram a empresa a reduzir 72% dos gastos de eletricidade e 36% do consumo de água, relativamente a 2017.

Este ano, o recinto albergou 51 eventos e consolidou a implementação de mais eficiência energética que foi sendo instalada nos últimos cinco anos e que agora atingiu valores recorde quanto a contributos para a redução da pegada ecológica.

As reduções dos gastos em 72% por parte da eletricidade foram alcançadas pela transição integral da iluminação do recinto para LED e de uma utilização criteriosa dos equipamentos de alto consumo, comparativamente aos consumos de 2017.

A descida no consumo de água em menos 36% relativamente a 2017, verifica-se pela implementação de melhorias às infraestruturas e pela manutenção proativa dos equipamentos.

Até 2023, está previsto que a Exponor continue à procura da eficiência energética e que mantenha progressivamente as soluções que promovam o cumprimento dos mesmos pressupostos .

“Em 2022, assumimos que essa (decréscimo gradual nos consumos energéticos e hídricos) seria uma das nossas grandes prioridades, a par da retoma consolidada das feiras em formato presencial, e atingimos as nossas metas com sucesso. Queremos primar pelo exemplo das nossas práticas, e os próximos anos terão sempre objetivos de superação no nosso horizonte”, explica Diogo Barbosa, diretor geral da Exponor.

No departamento de eventos, o pavilhão da empresa foi novamente ocupado pela Modtíssimo, a primeira feira têxtil da Península Ibérica, pela ExpoSalão, na qual se inclui a ExpoMoto, que bateu o recorde com 80 mil visitantes e pelo Vodafone Rally de Portugal. Destacam-se, ainda, a feira Empack Logistics & Automation Porto, organizada pelo grupo belga Easyfairs, a Auto Clássico, da espanhola Eventos Del Motor e a conferência QSP Summit.

A 25.ª edição da ExpoCosmética reuniu 30 mil pessoas, das quais 1.160 provenientes de Espanha, Brasil, França, Itália, Polónia, Paraguai, Suíça e Ucrânia. Esta feira foi a que mais atraiu visitantes este ano.

A Concreta, a Qualifica e as quatro feiras de maquinaria industrial (FIMAP, Maquitex, Maquishoes e Expocouro) apresentaram resultados bastante positivos com forte presença de profissionais e visitantes estrangeiros.

“Este ano foi fortemente marcado pela nossa ambição em consolidar números que nos eram habituais. Acreditamos que em 2023 teremos condições para reinventar alguns dos nossos formatos de feiras setoriais, para as tornarmos mais atrativas e atuais, em linha com as tendências da indústria”, adianta Diogo Barbosa.

“Queremos continuar a dar palco e voz aos novos talentos e às marcas nacionais emergentes nos mais diversos setores, a promover boas práticas relacionadas com a sustentabilidade e com a inovação, e a cumprir com novas metas que possibilitem o nosso crescimento e dos nossos parceiros”, acrescenta.

O ano de 2023 aguarda a realização de mais 30 eventos, destacando a EMAF e o Congresso da Ordem dos Médicos Dentistas.

Guarda recebe hub da NTT DATA

Por: Marta Godinho

No passado dia 27 de novembro, a NTT DATA Portugal, empresa do Grupo NTT – Nippon and Telegraph and Telefone Corporation, uma consultora global de negócios e tecnologia, anunciou a criação de um hub  de conhecimento especializado que vai dedicar-se à entrega de soluções em salesforce.

Esta nova unidade vai estar disposta na zona histórica da cidade da Guarda, num edifício recuperado pela autarquia e, segundo refere a empresa em comunicado, pretende focar-se na entrega de projetos de customer experience para empresas nacionais e internacionais.

A escolha da cidade foi baseada no trabalho conjunto e a grande proximidade com a autarquia local e com a estratégia de alargamento territorial da companhia em Portugal, num centro de média densidade populacional com forte ligação a instituições de ensino superior locais, como o Instituto Politécnico da Guarda.

O hub da Guarda vai trabalhar num sistema flexível, híbrido e dinâmico. O seu registo, tendencialmente remoto, vai requerer situações de colaboração presencial, importantes para a promoção de um saudável espírito de equipa.

“Conjugamos o domínio de tecnologias de vanguarda, com o conhecimento de negócio, em diferentes setores de atividade, para dar a vida a soluções criativas, de base digital e focadas na melhor experiência do utilizador”, avança Paulo Silva, partner & head of emerging business areas and delivery models da NTT DATA Portugal, citado no comunicado.

O objetivo da companhia é “tornar a Guarda num verdadeiro hub do Interior, um hub tecnológico e de empreendedorismo do interior de Portugal, alicerçado na transição digital”, explica Sérgio Costa, presidente da Câmara Municipal da Guarda.

“Um hub que será a verdadeira agência de desenvolvimento deste território, onde o empreendedorismo e a inovação serão as peças chaves de alguns dos grandes investimentos nos próximos anos”, adianta Sérgio Costa. 

A inauguração do espaço coincidiu com as cerimónias do 823.º aniversário da atribuição do Foral à cidade da Guarda, que contou com a presença do secretário de Estado da Economia, João Neves, do presidente da Câmara Municipal da Guarda, Sérgio Costa, entre outros.

A criação dos hubs de conhecimento específico fazem parte da estratégia expansionista da NTT DATA EMEAL que prevê o duplicar de volume de negócios até 2025, ultrapassando os 3000 milhões de euros atuais para os 6000 milhões de euros.

Para além da cidade da Guarda, a NTT DATA já conta com oito hubs distribuídos em seis regiões distintas, para além de Lisboa, onde se encontra a sede, nomeadamente em Braga, Castelo Branco, dois hubs em Coimbra, dois no Porto, um em Évora e outro em Óbidos.

Associação da restauração receia o futuro do setor

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Por: Martim Gaspar

A associação nacional da restauração Pro.Var receia que a falta de apoio ao setor da restauração se traduza em “milhares de encerramentos”, e em consequência o aumento do número de desempregados.

Embora a época natalícia traga boas expectativas ao setor, graças ao aumento do número de reservas, as preocupações estão direcionadas para o ano 2023 e o aumento do custo de vida.

Em declarações ao Dinheiro Vivo, o presidente da associação, Daniel Serra, afirmou que o setor da restauração teve no verão uma faturação “acima da média”, no entanto, os resultados líquidos “não foram os esperados”, colocando vários estabelecimentos num “buraco financeiro” no final deste ano.

Daniel Serra defende a criação de um sistema fiscal adequado, assente num sistema forfait, que “serviria para introduzir um compromisso mínimo de pagamento de IVA”, permitindo um conjunto de impostos “bem definidos” à partida.

O modelo forfait já é utilizado em vários países, incluindo em Espanha, e, segundo o responsável, asseguraria ao setor “maior equidade e justiça fiscal”, garantido alguma ajuda aos empresários que se confrontam agora com as subidas dos preços e as dívidas contraídas durante a pandemia.

Avança plataforma de cancelamento de telecomunicações

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Por: Martim Gaspar

Foi publicado, esta segunda-feira, em Diário da República, o despacho sobre as funcionalidades da nova plataforma de cancelamento de telecomunicações que será gerida pela Direção Geral do Consumidor.

Segundo o despacho, “a plataforma permite aos consumidores formular pedidos de informação tendo em vista o exercício dos seus direitos de cessação dos contratos de comunicações eletrónicas, bem como submeter pedidos de cessação desses mesmos contratos, sem prejuízo da possibilidade de submeter tais pedidos pelas vias tradicionais e de o tratamento dos pedidos de cessação contratual apresentados através da plataforma não prejudicar o cumprimento da regulamentação setorial aplicável em cada momento”.

A plataforma funcionará em duas fases. Numa primeira fase, “os consumidores podem exercer o direito de cessação dos seus contratos de comunicações eletrónicas através de denúncia”. Na segunda fase, “serão disponibilizadas outras funcionalidades”.

“Designadamente, será possível, nos termos da nova Lei das Comunicações Eletrónicas, os consumidores exercerem o direito de suspender os seus contratos ou o direito de cessação dos contratos por caducidade ou resolução. Ademais, será possível, ainda, proceder à comunicação do óbito dos titulares dos contratos”, refere o despacho.

Splink lança colecionáveis para o mundial de futebol no Qatar

Por: Martim Gaspar

A empresa portuguesa Splink chegou a acordo com cinco seleções, nomeadamente Brasil, Espanha, México e Qatar, em adição à parceria já celebrada com a Federação Portuguesa de Futebol, para o desenvolvimento da MyJersey, um colecionável especial para o mundial de futebol.

A MyJersey consiste numa réplica 3D de dimensões menores de uma camisola oficial de futebol, com a diferença de ser integrada com tecnologia de realidade aumentada. Segundo o comunicado, através da app, o utlizador poderá aceder a um mundo digital interativo, onde poderá “replicar fotografias com os craques preferidos, realizar uma tour pelos estádios, aceder aos balneários, ao centro de treinos ou mesmo “entrar” dentro dos autocarros das equipas.”

O cofundador da Splink, Ivan Braz, reforça que “o mundial é oevento que junta todos os povos num só propósito: a festa do futebol. Estamos muito entusiasmados com este campeonato e esperamos poder contribuir para mostrar um pouco daquilo que se vive dentro da competição aos seus maiores fãs”.

No momento, já se encontram disponiveis as camisolas de Cristiano Ronaldo, João Félix, Rui Patrício e de outros jogadores da seleção portuguesa e de outras quatro seleções. O preço deste novo colecionável encontra-se entre os 18,90 e os 19,90 euros (no caso da coleção lendas que conta com Eusébio ou Futre), e pode ser adquirido através do website da Splink e das respetivas seleções.

Falta aposta das PME no campo da sustentabilidade, diz estudo

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Por: Margarida Oleiro

Estudo revela que 28% das PME portuguesas desconhecem “conceitos básicos relativos aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas e à sustentabilidade dos modelos de negócios”.  

Promovido pelo Projeto CATALYST, o estudo integra um projeto desenvolvido no âmbito do Programa Erasmus + CoVes Partnership for Excellence- Centres of Vocational Excellence.

Segundo Florinda Matos, coordenadora do projeto no qual foram identificadas as necessidades de competências das PME em Portugal, “a maioria das PME portuguesas não têm consciência do valor acrescentado que a sustentabilidade pode trazer para os seus negócios”.

As demais empresas limitam as suas práticas de sustentabilidade exclusivamente ao campo ambiental, principalmente em investimentos de eficiência energética ou reciclagem de produtos e matérias-primas.  

Para a generalidades das empresas alvo do estudo, a sustentabilidade é apenas considerada quando não acarreta custos adicionais e a componente social da sustentabilidade não se revela uma propriedade. Ainda que 53% das PME portuguesas afirmem que o ODS mais importante é o trabalho digno e crescimento económico, estas apresentam dificuldade em identificar medidas concretas que estejam a implementar neste campo. 

A ausência de estratégias de adaptação dos negócios face aos desafios da sustentabilidade é proeminente e verifica-se a falta de competências que permitam antecipar essas estratégias. Neste sentido, o projeto CATALYST foca precisamente em “contribuir para o green deal europeu através da promoção de novas estratégias industriais das PME baseadas na sustentabilidade”, como afirma Florinda Matos.  

No âmbito da sua participação neste projeto, o ISCTE pretende construir um Centre of Vocational Excellence (CoVE). O propósito destes centros é que atuem como um catalisador de inovação empresarial e desenvolvam ofertas educativas para que as PME possam reorganizar os seus modelos de negócio e qualifiquem profissionais e estudantes na área da gestão e da sustentabilidade. 

Os resultados do estudo irão ser apresentados na primeira Conferência SocioDigital Lab 2022 for Public Policy”, a realizar no ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa, a 28 e 29 de novembro, que contará com a presença de seis centros de investigação do ISCTE nas áreas das Ciências Sociais e Humanas e das Tecnologias Digitais bem como a presença do diretor de inovação do grupo “Tech for Social Impact da Microsoft Philanthropies”, Michael Tjalve. 

Sage termina ano fiscal de 2022 em crescimento

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Por: Margarida Oleiro

A Sage divulgou os resultados do ano fiscal de 2022, registando um crescimento orgânico de 9% das receitas recorrentes o que corresponde a um aumento de 2 mil milhões de euros face ao panorama de 2021. O aumento foi potenciado pelo Sage Business Cloud que atingiu 1,4 mil milhões de euros. 

Por sua vez, o lucro operacional (lucro gerado apenas pela operação do negócio descartando despesas de ordem administrativas, comercial e operacional) cresceu 8% para 438 milhões. Já o EBIDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) registou um aumento de 3% para 535.2 mil milhões com uma margem para diminuir ligeiramente para 24.0%. 

As receitas recorrentes anualizadas aumentaram 12% com um maior impulso em todas as regiões estimulados por clientes novos e existentes. À medida que o foco foi orientado para escalar o negócio com eficácia, a margem operacional para 19.9% e o LPA (lucro líquido da empresa dividido pelo número de ações) cresceu 8%. 

Numa nota dirigida à imprensa a Sage declara que “existiu um forte progresso na execução estratégica que incluiu diversos lançamentos de novos produtos e um foco constante na inovação impulsionado por novos serviços de inteligência artificial, incluindo a automação de Accounts Payable” (dinheiro devido por uma empresa aos seus fornecedores e credores). 

Steve Hare, CEO da Sage comentou os resultados positivos declarando que a “Sage teve um ano forte, fazendo um bom progresso à medida que cumprimos as nossas prioridades estratégicas”. Deixou a ressalva que apesar das incertezas macroeconómicas, está confiante no que acredita ser um modelo de negócios resiliente assente numa estratégia de crescimento eficiente e centrada na rede digital em expansão o que, a longo prazo, irá fazer com que a Sage represente mais valor para todos os stakeholders. 

Com a função de derrubar barreiras de forma que todos possam prosperar começando pelas pequenas e médias empresas para o ano fiscal 2023, a Sage espera que o crescimento orgânico das receitas recorrentes seja superior ao do ano passado e que outras receitas diminuam. Do mesmo modo, prevê-se que as margens operacionais subam, pelo que se encontram de olhos postos em escalar o Grupo de forma eficiente.  

“A inovação é a principal fonte de diferenciação”- Jorge Ferreira

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Por: Martim Gaspar

A Palbit é especialista na produção de ferramentas de metal duro e conta com mais de 105 anos de experiência. Um século após a sua criação, a empresa procura desenvolver-se tecnologicamente, bem como tomar medidas que tenham em conta o tema da sustentabilidade.

Em entrevista à PME Magazine, Jorge Ferreira, CEO da Palbit, dá-nos a conhecer esta empresa centenária e o caminho que a mesma percorreu até à atualidade.

PME Magazine (PME Mag.) – A Palbit é uma empresa já com mais de 100 anos, quais os maiores obstáculos que encontrou?
Jorge Ferreira (J. F.) – A Palbit iniciou a sua atividade na exploração mineira, em 1916, evoluindo na cadeia de valor para fabricante de metal duro em 1952. A capacidade de adaptação da organização às alterações de mercado e às diferentes exigências está no seu ADN.

PME Mag. – Quais considera ser os pontos fortes desta empresa?
J. F. – Estamos certos de que a inovação é a principal fonte de diferenciação para que possamos competir no mercado do valor acrescentado e garantir o posicionamento da marca à escala global, alicerçada por uma forte perceção de qualidade, valor e excelência de serviço.

PME Mag. – Sente que esta empresa possui algum tipo de vantagem por estar no mercado há tanto tempo?
J. F. – A experiência e conhecimento transversais a todo o ciclo de produção são uma mais valia no nosso mercado. Dessa forma, estamos certos que a longevidade da Palbit pode ser encarada como um selo de qualidade, mas também com a vontade de abraçar novos desafios para o futuro.

PME Mag. – Qual foi o setor em que mais investiu?
J. F. – A Palbit, estrategicamente, canaliza, todos os anos, montantes que se situam entre os 4% e 5% do seu volume de negócios para processos associados a investimentos com foco na inovação. Como complemento ao investimento em tecnologia, temos atualmente um núcleo de I&D com perto de 20 profissionais altamente qualificados e dedicados exclusivamente a processos de inovação. A título de exemplo, a Palbit lidera a agenda mobilizadora do programa PRR, Hi-Rev, consórcio com mais de 20 instituições e empresas, que promove a inovação no setor dos componentes automóvel, com o principal objetivo de potenciar uma mobilidade mais sustentável e oferecer resposta às necessidades imediatas de descarbonização, através de processos industriais disruptivos. É esta aposta contínua em inovação tecnológica e a vontade de liderar a mudança que permite à Palbit competir pelo valor acrescentado, através de mais-valias proporcionadas pela eficiência, em que simultaneamente consegue oferecer soluções mais sustentáveis e competitivas para os mais variados setores industriais.

PME Mag. – Quais as vossas políticas de responsabilidade social?
J. F. – Dada a antiguidade e a relevância da Palbit na envolvente urbana, sabemos que famílias completas da nossa região trabalham diariamente connosco. Esse é um fator adicional de responsabilidade.

PME Mag. – Em que países está a Palbit?
J. F. – A Palbit trabalha diariamente para reforçar a sua rede de distribuição e as parcerias à escala global. É como resultado dessa estratégia que 90% do nosso volume de negócios é efetuado em mercado externo. Os mercados de destino são diversificados, com end users das mais variadas áreas de negócio, todavia o mercado EMEA possui uma relevância significativa nos nossos resultados.

PME Mag. – Como é que o atual contexto de guerra, inflação de preços e crise energética está a afetar o negócio?
J. F. – As diversas alterações de contexto socioeconómico e geopolítico são um desafio para uma empresa que possui uma estratégia de expansão internacional. Dessa forma, aliado à constante auscultação dos novos requisitos dos clientes, procuramos promover a constante adaptação às novas tendências digitais e garantir a evolução tecnológica dos nossos processos de industrialização, como forma de mitigar os riscos inerentes aos cenário de incerteza.

PME Mag. – Como se justifica o crescimento no volume de negócio de 30% registado em 2021?
J. F. – Procuramos acrescentar uma camada extra de personalização ao nosso serviço, através da valorização das parcerias com os nossos clientes. Estamos certos que esta parceria é uma mais-valia para uma resposta a mercados cada vez mais exigentes, em que existe uma híper especificação em cada processo, o que obriga a uma flexibilidade que estamos prontos a oferecer. A personalização oferecida, é alavancada pela capacidade tecnológica potenciada pelo investimento em Investigação e Desenvolvimento, que permite manter uma cadência de inovação adequada às exigências de mercado.

PME Mag. – Como esperam terminar 2022 e que novidades para 2023?
J. F. – O ponto central do presente e futuro da Palbit será garantir o cliente como centro de toda a definição estratégica. Como resultado desse alinhamento estratégico, em 2022, um valor superior a 30% do volume de negócios foi resultante de projetos de I&D dos últimos quatro anos. O nosso foco é aumentar o impacto dos projetos de I&D e otimizar o seu time to market de forma a atingir os objetivos dos nossos clientes.