Terça-feira, Maio 6, 2025
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Sala de aula do futuro na Escola Secundária Dona Filipa de Lencastre

Por: Marta Godinho

Entre esta quarta e sexta-feira, a Escola Secundária Dona Filipa de Lencastre, em Lisboa é palco de uma exposição sobre novos ambientes inovadores de aprendizagem com salas de aula do futuro.

Estas novas salas do futuro com robôs, braços robóticos e outros dispositivos são uma oportunidade para as escolas, graças aos robustos investimentos no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) com os Centros Tecnológicos Especializados e com os Clubes de Ciência Viva, refere a Beltrão Coelho em comunicado, parceira da iniciativa.

A empresa portuguesa de tecnologias em contexto empresarial irá expor os equipamentos orientados para a educação STEAM – modelo de ensino focado nas disciplinas de ciências, tecnologia, engenharia, artes e matemática – nomeadamente: robô Kubo (introdução da programação desde o início pré-escolar), kits SAM Labs (aprender a programar de forma interativa), kits de robótica WEEMAKE (construção de diferentes robôs com software de programação gráfica e Pynthon), a DOBOT (equipamentos de braços robóticos a carros robôs programáveis, impressoras 3D com filamentos coloridos e com gravação a laser e entalhe), os Class VR (óculos de realidade virtual aumentada), painéis interativos (permitem tirar notas, pintar e detetar até 20 pontos de toque no ecrã em simultâneo) e mobiliário inovador (permite o dinamismo e a mobilidade em sala de aula).

Este evento vai permitir aos alunos da secundária interagir com os robôs Cruzr e Temi, que deteta rostos e interage com o humano através de comunicação pergunta-resposta e outras atividades e que é capaz de acompanhar o utilizador enquanto este se movimenta pelos seus níveis de telepresença e teleconferência, respetivamente.

Bruno Coelho, responsável pela divisão de robótica da Beltrão Coelho, reforça que “os jovens são o futuro e a educação deve seguir as tendências da tecnologia para cada vez mais ir ao encontro do que as gerações futuras vão precisar”.

“O nosso envolvimento e parceria com as escolas nestes projetos é total e queremos continuar a sensibilizar a comunidade escolar para um uso responsável da tecnologia”, acrescenta.

Encanto de José Avillez recebe estrela Michelin no seu ano de abertura

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Por: Martim Gaspar

O restaurante do chef José Avillez, inaugurado em março de 2022, torna-se agora no primeiro restaurante vegetariano, a nível nacional, a conquistar uma estrela Michelin. Localizado no Largo de São Carlos em Lisboa, o Encanto conta com um menu de degustação 100% vegetariano, com 12 momentos e com o trabalho de pequenos produtores locais e produtos sazonais.

“É uma enorme alegria que o restaurante receba uma estrela Michelin no ano da sua abertura. No Encanto tudo é pensado e executado com enorme detalhe e atenção, desde a escolha dos ingredientes, à criação dos pratos, ao empratamento, serviço e ambiente”, relata o chef.

José Avillez também realça a conquista da estrela Michelin como uma marca que alavancará Portugal, “no mapa dos roteiros gastronómicos internacionais”.

“Agradeço ao Guia Michelin e a toda a extraordinária equipa do Encanto, em particular, ao chef de cozinha Diogo Formiga – a sua formação em Biologia Marinha e profundo respeito pela natureza tem acrescentado muito valor a este nosso projeto. E deixo também um agradecimento especial ao chefe de sala Francisco Cunha, um mestre na arte de bem receber”, acrescenta.

A PME Magazine visitou o Encanto de José Avillez no passado mês de setembro. Leia a reportagem aqui.

Assédio moral no trabalho leva técnicos de manutenção de aeronaves à exaustão

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Por: Martim Gaspar

O assédio moral, pressão para trabalhar nos dias de folga e medo de errar no desempenho das suas funções são algumas das razões que tem levado os técnicos de manutenção de aeronaves ao ponto de exaustão física e emocional. Estas são as conclusões do estudo “Inquérito Nacional às Condições de Vida e de Trabalho dos Técnicos de Manutenção de Aeronaves” realizado pelo Observatório para as Condições de Vida e de Trabalho a pedido do SITEMA (Sindicato dos Técnicos de Manutenção de Aeronaves). O estudo foi levado a cabo em duas fases, uma primeira fase entre março e setembro de 2021 e a segunda fase entre julho e Setembro de 2022. O questionário contou com a participação de técnicos da TAP (88%), Portugália (6%) e SATA (6%). Dos inquiridos, a maioria faz horas extra (67%), não consegue descansar devidamente nos dias de folga (60%) e sentem não ter tempo para cuidar de si próprios e das suas famílias. Grande parte dos inquiridos tem dificuldades em dormir (64%) e sentem-se emocionalmente exaustos (44%).

O estudo revela que entre a primeira e a segunda fase do inquérito, o número de inquiridos que sofrem assédio moral no trabalho, em grande parte praticado pelas hierarquias intensificou-se passando de 28% para 39%. A fraca gestão das chefias que “trabalham sistematicamente com deficiência de pessoal”, aliado à intensificação laboral que Portugal tem assistido tornou o trabalho extra “uma norma na gestão”.

Segundo o Observatório para as Condições de Vida e de Trabalho, “este modelo de gestão tem impacto na relação entre trabalhadores e destes com as hierarquias, sendo que 62% sentem que o contacto negativo com as hierarquias os afeta”.

O estudo conclui que os técnicos de manutenção apresentam “níveis preocupantes de sofrimento no trabalho e esgotamento emocional no seu todo”, exibindo uma “relação elevada entre o assédio moral no trabalho e a exaustão emocional”.

Raquel Varela, a principal investigadora do estudo conclui que “o congelamento de salários, a redução de pessoal e os níveis de assédio moral que reportamos são sintomáticos de um ambiente de trabalho muitas vezes tóxico, num setor que só por si já está exposto a níveis de stress elevados, tendo em conta que os TMA são uma das garantias da segurança na aviação”

Jorge Alves, presidente do SITEMA realça que “é importante alertar as principais entidades empregadoras para o facto de os trabalhadores estarem cansados e que é preciso agir já para evitar consequências piores. Para o SITEMA, a questão deve também ser tratada a montante e não a jusante, isto é, deve haver um investimento a médio prazo na formação de novos TMA, que em média demoram 10 anos a qualificarem-se aptos para a função, de forma a aumentar a captação de novos talentos nas universidades e que esta categoria profissional seja reconhecida e valorizada, não só na aviação civil, mas pela sociedade em geral”.

Mental Health Alliance: a saúde mental no local de trabalho

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Por: Marta Godinho

Foi no passado dia 8 de novembro, no Museu do Oriente, em Lisboa, que o Center for Responsible Business & Leadership, da Católica-Lisbon lançou o Pacto para a Saúde Mental em Ambientes de Trabalho. Esta foi a primeira iniciativa da organização que tem como propósito promover e acelerar a melhoria da saúde mental nos locais de trabalho.

A parceria com a MindForward Alliance vem restaurar a cultura existente em ambientes de trabalho, de forma a promover a saúde mental dos seus colaboradores e a criar linhas de ação concretas para a criação de espaços empresariais mais consciencializados sobre esta temática e, consequentemente, com o bem estar dos seus colaboradores.

Anabela Figueiredo, responsável pela MindAlliance Portugal, encerra o evento com um discurso sobre a temática da saúde mental. A própria conta-nos um pouco sobre o seu percurso até enfrentar a problemática da saúde mental e o que levou a mesma a integrar um projeto como este. A presidente da MindAlliance assumiu que “todos os dias oscilamos neste espetro mental”, reforçando que sentirmo-nos bem connosco próprios um dia e sentirmo-nos mal no outro é “completamente normal”, sendo que “é o que a sociedade precisa de entender”.

Para quebrar o estigma, o objetivo deste evento foi “criar rostos para que as pessoas saibam que não acontece só com os outros”. Muitos destes rostos referidos fazem parte da carteira de membros fundadores com a MindAlliance. Anabela Figueiredo conta já com nove. A responsável da MindAlliance refere que espera “ultrapassar os 40 membros” em 2023 e que o evento que contou com a presença de diversas organizações, conseguiu angariar novos futuros membros para o crescimento saudável e expansionista da empresa.

Para além da conversa com a presidente da MindAlliance, também Nuno Moreira da Cruz, do Center for Responsible Business & Leadership da Católica-Lisbon esteve presente, tendo apresentado o Pacto para a Saúde Mental em Ambientes de Trabalho. O orador remeteu algumas palavras sobre a importância de falar sobre o tema da saúde mental e como as empresas têm um “papel fundamental para apoiar os trabalhadores quanto a questões de foro mental”. Como foi referido ao longo de todo o evento, Nuno Moreira reforça que o “futuro das empresas passa, cada vez mais, por aceitar os novos desafios da saúde mental”.

Nuno Moreira contou, ainda, um pouco do seu percurso no estrangeiro: “Quando voltei a Portugal encontrei muito estigma”. Esta foi uma das marcas fundamentais no discurso sobre os 35 anos no mundo corporativo e na forma como o mesmo sente que “Portugal ainda não está 100% equipado nas questões de saúde mental” e que, por isso, “é preciso criar eventos como este para orientar a sociedade numa maior logística psicológica”.

“O papel do líder é estar preocupado com as pessoas e com os objetivos de negócio inerentes à organização”, concluiu. O discurso contou com referências académicas e com um sentido muito próspero quanto ao futuro das empresas e a forma como os novos líderes devem integrar o espetro mental no dia a dia e no ambiente intrínseco às suas organizações.

Anceve reclama a demissão da ministra da Agricultura

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Por: Martim Gaspar

A Associação Nacional dos Comerciantes e Exportadores de Vinhos e Bebidas Espirituosas (Anceve), representativa de várias empresas ligadas ao setor de vinhos e bebidas espirituosas em Portugal, questiona a medida abrupta do Governo de extinguir os serviços regionais do Ministério da Agricultura e centralizá-los nas CCDR (Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional).

De acordo com a Anceve, os serviços regionais localizados pelo país são essenciais para garantir o apoio a milhares de produtores, além de possibilitar a identificação de problemas específicos ligados ao setor agrícola nas diversas regiões do país.

Segundo a associação, as direções regionais tinham já vindo a ser drenadas dos seus fundos, limitando a eficácia do seu trabalho nos últimos anos. Com o desparecimento das direções regionais, o Ministério da Agricultura irá perder a capacidade de entender as necessidades das várias regiões, tornando-se num “gigante burocrático”, incapaz de dar resposta aos problemas do setor. 

Tendo em conta a mais recente decisão do Ministério da Agricultura, a Anceve reclama a demissão da ministra da tutela, Maria do Céu Antunes, “por alguém respeitado no setor e com os devidos conhecimentos capaz de tomar medidas para o bem da agricultura portuguesa”.

Até 2026 estima-se crescimento de 20% na cloud pública

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Por: Marta Godinho

Um estudo encomendado pela Microsoft à IDC em 15 países europeus identificou um crescimento na adoção de serviços de cloud nos parceiros da Microsoft, sendo que entre 2021 e 2026 o crescimento da cloud pública deverá ser de 22%, para um valor de mais de 1,1 mil milhões de euros.

Segundo o estudo, até 2026, prevê-se que, em Portugal, as despesas em TI ultrapassem os 6,7 mil milhões de euros e que o mercado de serviços de cloud dupliquem, superando 1,1 mil milhões de euros. A IDC prevê que nas indústrias o crescimento seja de 23% na saúde, 22% no retalho, 20% em manufacturing, 20% nos serviços financeiros, 20% no governo e 19% na educação.

Segundo este estudo, os parceiros que mais investem na sua relação com a Microsoft conseguem os maiores benefícios económicos, ou seja, por cada 0,98 euros que vendem na Europa os parceiros da Microsoft recebem uma média de 6,43 euros. Estes valores excedem a média global de 5,86 euros.

Os lucros variam consoante as atividades realizadas, sendo que os parceiros que criam as suas propriedades intelectuais (PI) beneficiam muito mais das oportunidades de co-selling, co-inovação e desenvolvimento de software e serviços da cloud.

“Esta base de parceiros está também a encontrar novas formas de trabalhar em conjunto através da colaboração Parceiro-a-Parceiro dentro do ecossistema mais vasto”, afirma Stuart Wilson, senior research firector, EMEA partnering ecosystems da IDC.

Todos os parceiros que obtenham pelo menos 75% das suas receitas das atividades relacionadas com a Microsoft dispõem de maior rentabilidade com 30% de margem bruta média. Já os parceiros com percentagens entre 1% e 25% apenas dispõem de uma margem bruta média de 14%.

Em 2021, os parceiros da Microsoft na Europa conseguiram um aumento de 18% nas receitas dos seus negócios com a tecnologia, sendo que este valor aumentou para 20% este ano. Pelas palavras de Francisco Ceia, diretor de soluções Microsoft Enterprise da NTT Data Portugal, a Microsoft tem uma oferta muito abrangente, desde a plataforma de cloud até às ferramentas de produtividade e de envolvimento do cliente”.

A Microsoft lançou, recentemente, o novo Microsoft Cloud Partner Program, que pretende apoiar os parceiros a desenvolverem-se, a expandirem-se e a venderem mais rapidamente soluções, serviços e dispositivos na Microsoft Cloud, mantendo-os, simultaneamente, na vanguarda da inovação na cloud.

O estudo da IDC concluiu que este programa é uma vantagem da parceira com a Microsoft em termos de acesso aos diversos recursos de go-to-market, incluindo o mercado empresarial, Microsoft Azure Consumption API.

“Esperamos que o que nos falta alcançar seja muito mais” – Pedro Correia

Por: Marta Godinho

António Correia e Rita Moreira criaram, em 1970, a ANCOR. Hoje, juntamente com os pais, Pedro Correia, managing partner, tomou as rédeas da empresa, conhecida pelas suas grandes fábricas de produtos de papelaria e embalagem, localizadas no Norte de Portugal.

Em entrevista à PME Magazine, Pedro Correia fala um pouco sobre o percurso da empresa, os principais objetivos e barreiras do negócio, as diferentes necessidades do mercado atual, as prioridades para 2023 e os planos a longo prazo, num ano em que espera faturar 17 milhões de euros.

PME Magazine – Vivemos numa realidade onde a inflação e os preços das matérias-primas têm vindo a aumentar gradualmente. Como fazem para gerir a relação qualidade-preço?

Pedro Correia – A qualidade é, sem dúvida, um dos critérios diferenciadores da nossa oferta que estrategicamente valorizamos e queremos manter como pilar de desenvolvimento no futuro. É evidente que a atual conjuntura económica dificulta a manutenção destes níveis de qualidade com uma oferta de preço similar ao passado, mas cabe-nos a nós, enquanto organização, criar processos, melhorar a produtividade e competitividade por forma a oferecer ao consumidor a melhor relação qualidade preço do mercado. É para isto que trabalhamos e é este o nosso compromisso para com os nossos clientes. É, portanto, no que podemos melhorar internamente que está a solução para a oferta da melhor relação qualidade-preço já que os fatores exógenos, como a inflação, não podemos controlar.

PME Mag. – Esse aumento tem-se refletido numa quebra do volume de negócios?

P. C. – O nosso volume de negócios tem vindo a crescer consistentemente, tendo sido somente quebrado no ano da pandemia… Este ano será, seguramente, o nosso melhor ano de sempre em termos de volume de negócios, cerca de 17 milhões de euros.

PME Mag. Como lidam com a falta de disponibilidade de papel?

P. C. – A Ancor sempre privilegiou as suas relações com parceiros tão importantes como são os seus fornecedores. Este relacionamento torna possível um diálogo franco e aberto e com que possamos planear com alguma antecedência e segurança aquilo que é o volume fundamental de fornecimentos da nossa principal matéria-prima: o papel. É claro que no contexto atual de escassez e de inflação nem sempre é fácil conseguir ter níveis de fornecimento como gostaríamos. Os fatores de imprevisibilidade que são gerados, quer ao nível da entrega quer ao nível de preços, criam problemas de várias ordens que temos de estar aptos a resolver. A medida mais importante que tomamos neste contexto foi a de, atempadamente, aumentar os níveis de stock de segurança. Os constrangimentos que esta causou, quer em termos financeiros, quer em termos logísticos, foram mais tarde compensados pela qualidade das soluções que conseguimos dar em termos de disponibilidade aos nossos clientes.

PME Mag. – Quais são as medidas que adotam para reduzir os custos operacionais e aumentar a vossa eficiência industrial?

P. C. – A melhoria de eficiência dos nossos processos é a única forma de nos mantermos viáveis no atual contexto da indústria na Europa. Não seremos capazes de nos manter saudáveis no médio prazo se não conseguirmos tornar os nossos processos mais eficientes. Esta melhoria passa, inevitavelmente, por vários vetores de força, nomeadamente nas componentes de automatização, informatização, estruturação e formação. No fortalecimento destes pilares reside a solução para a continuidade saudável da nossa organização.

PME Mag. – Quais são os principais desafios atuais para a empresa?

P. C. – Os desafios que se deparam para os próximos tempos são, na prática, os mesmos que temos vindo a enfrentar nos últimos anos. Estamos obrigados a melhorar a nossa performance a vários níveis, nomeadamente, no que está ligado à produtividade dos vários processos, sejam estes produtivos ou não. É imperioso que no atual contexto de ameaças aos nossos produtos, quer no que diz respeito à desmaterialização de arquivo, quer ao aumento da componente digital no ensino, quer ainda à diminuição gradual do número alunos, nos mantenhamos na liderança do custo. É a única forma de nos mantermos rentáveis a médio prazo.

PME Mag. – Quais são as prioridades estipuladas para 2023?

P. C. – No atual contexto de escassez e inflação que trazem inevitavelmente um aumento de incorporação de matérias-primas no produto e em que os custos de mão de obra estão com crescimento acelerado, é fundamental compensar estes aumentos com a melhoria de eficiência global da empresa. Esta será com certeza uma das principais prioridades não só para o próximo ano como para os seguintes. Não menos prioritário e importante é a continuação da aposta na diferenciação dos produtos nas suas várias vertentes, sejam elas a sustentabilidade ambiental, o design quer ao nível gráfico quer de função, ou a criação de empatia entre o produto e o utilizador. Por último, mas não menos importante, devemos ser para os nossos clientes a garantia da maior segurança no que respeita à satisfação das suas necessidades. Nos atuais tempos de enorme incerteza, será com certeza uma grande ajuda para que possamos todos ultrapassar os tempos que se avizinham com alguma normalidade.

PME Mag. – O que é que ainda falta alcançar e como é que se posicionam em termos de negócio?

P. C. – Embora ao longo destes mais de 50 anos de existência já tenhamos alcançado muito, esperamos que o que nos falta alcançar seja muito mais. Queremos fazer evoluir a organização como um todo, desenvolver e fabricar produtos que proporcionem aos nossos clientes negócios com valor acrescentado, e que ultrapassem as melhores expectativas dos utilizadores.

PME Mag. – Quais são os planos a longo prazo?

P. C. – Estamos apostados em cada vez mais reforçar o reconhecimento das nossas marcas, nomeadamente, junto dos consumidores finais. É fundamental que os elos emocionais criados na compra sejam correspondidos na prática da utilização dos produtos. Será desta forma, tendo como veículo o próprio produto, que conseguiremos reforçar cada vez mais as nossas marcas nos mais diversos mercados onde atuamos. Desde há 15 anos que apostamos na divulgação das nossas marcas e produtos nos mais importantes certames internacionais do setor, em Nuremberga, na Insight´s X, onde já este ano participamos, depois da interrupção devida à pandemia, para apresentar os nossos novos catálogos e na Paperworld, em Frankfurt, agora incorporada na feira Ambiente 23, a realizar entre 3 e 7 de fevereiro de 2023 e onde mais uma vez estaremos presentes. Esta persistência ao longo dos anos tem gerado uma consolidação e crescimento sustentado com abertura de novos clientes e mercados, alicerçando as marcas com uma rede alargada de distribuidores.

PME Mag. – Como é trabalhar com mercados tão diferentes e com necessidades completamente distintas? Por exemplo, o mercado asiático que é evidentemente diferente do mercado europeu e/ou americano?

P. C. – A nossa abordagem normal aos mercados de exportação, indiferentemente da sua geografia, consiste na apresentação dos nossos catálogos desenvolvidos numa lógica de regresso às aulas. Apresentamos as nossas coleções “Back to Schooll” sazonais que variam completamente de ano para ano. As coleções “Back to School” permanentes que apresentam coleções com um ciclo de vida normal de três a quatro anos e, finalmente, o nosso catálogo de produtos permanentes onde são apresentados os produtos mais clássicos e consistentes ao longo do tempo, nomeadamente os mais relacionados coma componente “Office” do nosso negócio. Existem, no entanto, mercados que, pela sua especificidade, volume e importância tornam viável a criação de catálogos com gamas dedicadas, colmatando assim algumas lacunas em produtos com características locais ou regionais. Com esta abordagem vamos abrangendo com os nossos catálogos e marcas de uma forma consistente cada vez mais geografias e mercados, dando uma resposta coerente e adaptada em termos de gama a cada um deles.

PME Mag. – Sendo uma empresa fundada em 1970, sentem dificuldades em acompanhar as novas necessidades do mercado e, consequentemente, dos consumidores?

P. C. – Fizemos esta pergunta a nós mesmos há alguns anos e embora esta preocupação estivesse sempre presente, definimos nessa altura como estratégia desenvolver uma empresa dentro do grupo que, de uma forma independente e contando com quadros jovens e com uma localização distinta do nosso ambiente, fosse responsável por desenvolvimento de produto para incorporação nos nossos catálogos. Foi desta forma que conseguimos não só manter-nos atualizados, como até de alguma forma influenciar aquilo a que normalmente se chama “Moda Escolar” no que diz respeito aos produtos utilizados pelas camadas mais jovens e com tendências mais atuais.

Ministro das Finanças recusa políticas expansionistas no momento atual

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Por: Marta Godinho

No atual contexto de inflação crescente, o ministro das Finanças defendeu que o Governo não pode adotar políticas expansionistas, defendendo a cooperação entre políticas fiscais e monetárias.

Durante a participação na conferência para assinalar o primeiro aniversário da CNN Portugal, Fernando Medina declarou, esta terça-feira: “Não podemos ter políticas expansionistas, porque isso seria errado neste momento”.

Medina fez algumas declarações quanto à subida das taxas de juro do Banco Central Europeu (BCE) pela escalada inflação, afirmando que “em momentos de subida de taxas de juro, acaba por haver sempre tensões”, mas que uma “abordagem cooperativa entre política fiscal e monetária” é a melhor forma de obter melhores resultados para a economia e para o emprego.

O governante defendeu, ainda, a sua proposta alternativa “ que também não tem nada de inovador, que é haver mesmo coordenação de políticas, que é cada um fazer a sua parte”.

Medina reforçou que a política orçamental “não é expansionista, mas também não é de contração”. Adiantou que “é uma política que tenta ser neutra”.

“Nós procuramos não contribuir para a contração da economia, […] mas o Estado também não pode ser um elemento acelerador de um processo inflacionário, esse sim já com raízes internas”, acrescentou.

Quanto às dificuldades dos titulares de crédito à habitação, o ministro diz estar preocupado, apesar de “o problema está mais concentrado nos créditos mais recentes, onde a dimensão de juro é ainda muito significativa” e o stock de crédito no país “é mais envelhecido do que era há uns anos”, ou seja, está menos exposto aos juros.

É de reforçar que Portugal vai atingir uma dívida de 115% do Produto Interno Bruto (PIB) no final do ano. O governante disse que quer que “a dívida do Estado deixe de ser um problema para os agentes económicos, para as famílias no seu financiamento […] e que a dívida pública passe a ser um ativo nas condições de financiamento da economia”.

Por fim, Medina abordou a execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), onde são precisos “fazer estudos, projetos, concursos” e que, apesar de não poderem ser dispensados da sociedade, é sempre preciso “avaliar se são proporcionais”.

TAAG alarga rede de destinos na Europa

Por: Marta Godinho

Foi anunciada esta segunda-feira, dia 21 de novembro, o alargamento da rede de destinos na Europa da Transportadora Aérea Angolana (TAAG), em regime de codeshare com a companhia espanhola, Iberia.

Da nota enviada às redações, importa destacar que, a partir de agora “os clientes e passageiros TAAG poderão viajar em regime de codeshare para Londres (Reino Unido), Amesterdão (Holanda), Roma, Milão (Itália), Genebra, Zurique (Suíça), Bruxelas (Bélgica) e Porto (Portugal)”. Ademais, estão incluídos destinos internos espanhóis, nomeadamente as cidades de Barcelona, Palma de Maiorca, Grande Canária, Vigo, Málaga, Bilbau, Valência e Sevilha.

No comunicado adiantado pela TAAG, é possível constatar que o regime de codeshare “permite um conjunto de vantagens aos clientes. Os passageiros passam a ter mais opções de tarifas à sua escolha, acesso mais amplo aos destinos da Iberia disponíveis em sistema, aquisição de bilhete único (para itinerário em ambas companhias) adquirido na moeda local e garantia de proteção nos voos de ligação”.

Tarefas como reservar voos, ´check-in´ e despacho de bagagem para viagens com escala “fica mais facilitado para os passageiros”, defende a TAAG.

Nos acordos entre as duas companhias aéreas, a TAAG opera África-Europa (Luanda/Madrid/Luanda) e as rotas Europa-Europa são realizadas pela companhia Iberia.

Lisboa arrecada prémio de melhor terminal de cruzeiros da Europa

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Por: Marta Godinho

O terminal de cruzeiros de Lisboa recebe, pela primeira vez na história, o prémio de melhor terminal de cruzeiros da Europa, atribuído pelos World Cruise Awards. O prémio visa provar a elevada importância do porto de Lisboa, da cidade, e do terminal para o aumento do turismo.

António Caracol, administrador do porto de Lisboa, afirma que “esta distinção vem destacar as excecionais condições que Lisboa dispõe para acolher navios e passageiros de cruzeiro com exigências cada vez maiores”.

“É uma honra receber este prestigiado prémio, especialmente numa fase em que a APL (Administração do Porto de Lisboa) está a desenvolver um conjunto de ações no âmbito da estratégia de valorização e qualificação da indústria de cruzeiros na cidade, nomeadamente ao nível da sustentabilidade”, acrescenta.

Nomeados para o prémio, estiveram terminais como o de Civitavecchia, Amesterdão, Limassol, Málaga, Barcelona, Kiel, Mónaco, Oslo, Rostock-Warnemunde, Portsmouth, Valletta e Zadar.

O prémio que Lisboa trouxe para casa posiciona a capital portuguesa como um dos portos mais bem servidos no que diz respeito à atividade de cruzeiros.

O terminal de cruzeiros de Lisboa apresenta uma área de 13.800 m2 e um cais com 1.490 metros de comprimento, com capacidade para navios de vários tipos e dimensões com um calado até 12 metros.