Segunda-feira, Abril 28, 2025
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“Finanças sustentáveis ganharam um impulso global” – Nelson Machado

Por: Rafaela Silva

O Grupo Ageas Portugal, composto pelas marcas Ageas Seguros, Seguro Directo, Médis, Ageas Pensões e Ocidental, nasceu em 2005 com o objetivo de ajudar os seus clientes a gerir, antecipar e protegerem-se de eventuais riscos. Fazem-no através de produtos desenhados em concordância com as necessidades de cada cliente. Devido a esse cuidado rigor, o Grupo é atualmente um dos líderes no ranking segurador português.

O Grupo Ageas Portugal ajuda os clientes a prevenirem, planearem e protegerem -se de potenciais riscos, através de parcerias que promovem a inovação e que, simultaneamente, têm em vista objetivos sustentáveis.

É precisamente pelos constantes alertas para práticas mais sustentáveis e ambientais que a Ageas Portugal desenvolve produtos financeiros e análises de riscos ambientais e sociais, que acabam por ir ao encontro das necessidades de clientes e das futuras gerações.

Nelson Machado, o CEO Vida e bancassurance do Grupo Ageas Portugal, em entrevista à PME Magazine, explica quais os impactos das finanças sustentáveis não só para os consumidores e negócios, mas também que repercussões podem ter no meio ambiente. O CEO esclarece como é que são promovidas as ações de sustentabilidade junto dos clientes da Ageas, quais as perspetivas para o mercado dos seguros em Portugal, destacando ainda os resultados obtidos pela Ocidental em 2020.

PME Magazine (PME Mag. ) – Em que medida é que as finanças sustentáveis se tornaram uma prioridade dos serviços financeiros?

Nelson Machado (N. M. ) – Hoje, mais do que nunca, as alterações climáticas e o desenvolvimento sustentável estão no centro das principais questões da sociedade, sobretudo porque se tornou essencial pensar no amanhã e garantir um futuro sustentável às gerações futuras. Assim sendo, as finanças sustentáveis estão a ganhar um impulso significativo a nível global, uma vez que compreendem qualquer serviço ou produto financeiro que integre critérios de sustentabilidade nas suas características. Esta integração prende-se com a inclusão de fatores ambientais, sociais ou de governo das sociedades (ESG – sigla em inglês) nos modelos de negócio ou decisões das organizações. Desta forma, começou a ser essencial, para qualquer negócio, incorporar os aspetos ambientais e sociais das suas atividades, através do desenvolvimento de produtos financeiros ou da análise de riscos ambientais e sociais associados aos serviços que disponibilizam.

PME Mag. – Que implicações tem para o negócio e, consequentemente, para o ambiente?

N. M. – As finanças sustentáveis são benéficas tanto para o negócio como para o ambiente. Por exemplo, ao nível do negócio, as finanças sustentáveis: acabam por ter um impacto positivo na confiança dos consumidores; vão de encontro aos interesses das novas gerações, que são cada vez mais exigentes, informadas e conscientes ao nível da sustentabilidade; possibilitam uma maior e diferenciada oferta de novos produtos e serviços, que são adaptados às expetativas dos clientes atuais e futuros; e permitem às empresas fazer da gestão dos seus impactos no meio ambiente uma vantagem competitiva. Do ponto de vista ambiental, as finanças sustentáveis permitem, por exemplo, reduzir a pegada ambiental, gerir os resíduos e permitem uma maior proteção dos recursos naturais e da biodiversidade.

“Começou a ser essencial, para qualquer negócio, incorporar os aspetos ambientais e sociais das suas atividades, através do desenvolvimento de produtos financeiros ou da análise de riscos ambientais e sociais associados aos serviços que disponibilizam”.

PME Mag. – Como é que o Grupo Ageas Portugal promove a questão da sustentabilidade ambiental junto dos seus clientes? É através dos seus serviços ou utilizam também ações de sensibilização?

N. M. – No Grupo Ageas Portugal a sustentabilidade assume um papel preponderante na estratégia. Temos como compromisso criar valor para um mundo mais sustentável. Com as nossas soluções e ao longo de toda a nossa cadeia de valor ambicionamos gerar impacto social e ambiental relevante e contribuir para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Em julho de 2018, a Ageas Pensões passou a ser em Portugal o primeiro signatário com distribuição ao público dos UN PRI – Princípios de Investimento Responsável das Nações Unidas. Os Fundos de Pensões Horizonte tiveram uma revisão das suas políticas de investimento, tendo passado a ter um enfoque de investimento responsável, nomeadamente com a incorporação dos fatores ESG no processo de decisão de investimentos. Assim sendo, disponibilizamos vários produtos como é o caso do Rendimento Flexível, em que os participantes, pelo menos uma vez por ano, têm a possibilidade de realocar o saldo da conta entre os três produtos abertos ou optar pela solução de gestão, sugerida pela Ageas Pensões, em ciclo de vida (risco decrescente em função da idade do participante). Em 2019, lançámos também o produto Rendimento Flexível e Rendimento Flexível Mais-valia, que são produtos financiados pelos Fundos de Pensões Abertos Horizonte Segurança, Horizonte Valorização e Horizonte Ações, permitindo aos clientes ter uma escolha de fundos adaptada ao seu perfil de risco ou uma opção de ciclo de vida em que o risco vai sendo reduzido ao longo do contrato, permitindo conjugar de forma eficiente a proteção do capital com o potencial de valorização. O produto, para poupança individual, permite também uma total flexibilidade de ajustamento do valor da pensão (com a restrição de um máximo legal nos planos ocupacionais e os 7,5% no reinvestimento de habitação permanente) e das opções de investimento e com a liberdade de escolha dos beneficiários. Esta e outras medidas, permitem contribuir para assegurar a longo prazo a sustentabilidade do mercado como um todo e, por fim, assumir uma preocupação de envolvimento nas empresas em que os nossos fundos estão investidos.

“Do ponto de vista ambiental, as finanças sustentáveis permitem, por exemplo, reduzir a pegada ambiental, gerir os resíduos e permitem uma maior proteção dos recursos naturais e da biodiversidade”.

PME Mag. – A Ocidental faz parte do Grupo Ageas Portugal. De que modo é que se distingue?

N. M. – A Ocidental, criada em 1987, e é uma das marcas mais antigas do Grupo Ageas Portugal, assumindo-se como a maior operadora de venda de seguros no canal bancário em Portugal, disponibilizando os seus produtos através de uma forte parceria com o Millennium BCP. A sua oferta é composta por um vasto leque de soluções Vida e Não Vida, que visão a proteção de empresas e particulares, tanto no plano pessoal como patrimonial. Procurando responder às diferentes fases e necessidades dos seus clientes, a carteira de soluções Ocidental inclui a proteção da casa, saúde e acidentes pessoais, bem como produtos de reforma e outras soluções de poupança e investimento. Recentemente lançamos um seguro de vida inovador de nome YOLO!, em que o cliente pode personalizar coberturas e capitais com bastante flexibilidade, de acordo com aquilo que quer e precisa e pode usufruir de um simulador que sugere capitais e coberturas de acordo com o estilo de vida.

PME Mag. – Qual o papel do Grupo Ageas Portugal na promoção de serviços financeiros sustentáveis?

N. M. – Queremos, claramente, ser líderes nesta tendência relevantíssima e crescente, seja através de investimentos responsáveis, com o Rendimento Flexível e o Rendimento Flexível Mais-valia, referidos anteriormente, seja através da promoção de Literacia Financeira junto dos mais jovens, nomeadamente, através do Concurso Ori€nta-te, que está a terminar a terceira edição para alunos do terceiro ciclo de várias escolas de norte a sul do país, incluindo ilhas. Este projeto, realizado em parceria com a Mentes Empreendedoras, materializa o desafio de sensibilizar as camadas mais jovens para: a necessidade de uma gestão financeira informada, para o tema da poupança e da preparação do futuro. Acaba por ser uma oportunidade de os estudantes aprenderem, através de vários desafios, entre os quais, fazer um orçamento, definir um modelo de poupança, estimar o que precisa de fazer para o cumprir, prever contratempos e definir estratégias para fazer face aos mesmos. É importante referir que temos tido uma grande adesão a este projeto. Só nesta edição recebemos 100 trabalhos de mais de 500 alunos, agora resta-nos saber quais serão os três grupos vencedores.

“As finanças sustentáveis são benéficas tanto para o negócio, como para o ambiente”.

PME Mag. – Considera que nos últimos anos as pessoas que procuram pelos vossos serviços estão mais alertadas para as questões ambientais?

N. M. – As pessoas estão cada vez mais informadas e conscientes a nível ambiental, isso é um facto. Por isso, claramente que começa a surgir, cada vez mais, uma procura por produtos e serviços que sejam benéficos para o ambiente. Essa tendência ainda não é muito visível, mas será, com certeza, inevitável e estamos preparados para que isso aconteça.

PME Mag. – Quais são os benefícios para um cliente ao aderir a seguros de vida que contemplem a integração, a longo prazo, de parâmetros ambientais e sociais?

N. M. – O principal benefício, sem dúvida nenhuma, é a pessoa saber que está a aderir a um produto que contribui para a sustentabilidade ambiental. Isto pode parecer “mais do mesmo”, mas é um tema fulcral. A sociedade precisa de perceber que a questão da proteção ambiental é importante para deixarmos um planeta saudável às gerações futuras, que podem ser os filhos ou os netos das pessoas que nos procuram. Portanto, se pudessem escolher entre os vossos filhos viverem numa casa limpa e arejada, ou uma casa destruída, o que é que escolheriam? É importante pensarmos nisso e fazermos escolhas conscientes tendo em vista o futuro do planeta.

“A sociedade precisa de perceber que a questão da proteção ambiental é importante para deixarmos um planeta saudável às gerações futuras”.

PME Mag. – Pode confidenciar-nos quais foram os resultados obtidos pela Ocidental relativos ao ano de 2020?

N. M. – A Ocidental fechou o ano com um resultado líquido de 85,5 milhões nas soluções Vida e um volume de negócios de 705 milhões de euros. Os ramos Unit Linked, Risco e PRR foram os que tiveram um maior volume de negócio, com um total de 369 milhões, 166 milhões e 127 milhões de euros respetivamente. De realçar que as vendas de Unit Linked de janeiro a maio de 2021 foram superiores a 317 milhões de euros, tendo mais do que duplicado as vendas no período homólogo. A quota de mercado em Provisões Matemáticas (montante entregue pelos clientes para gestão) é superior a 25%. Consolidamos a liderança no que diz respeito à venda de seguros no canal bancário português.

PME Mag. – Como olha para o futuro dos seguros em Portugal?

N. M. – O envelhecimento da população, fruto da baixa natalidade e do aumento da esperança média de vida, traz novos desafios para as seguradoras. É necessário pensar em produtos que contemplem e satisfaçam as necessidades dos nossos seniores, surgindo assim o “Mais Idade Mais” que é o conceito de comunicação que aglutina toda a proposta de valor do Grupo Ageas Portugal para este segmento. Um dos novos produtos lançado pela Ageas Pensões, pretende ajudar a rentabilizar a reforma, através do património imobiliário. Este, pode ser uma boa opção para reinvestir, mas também para reforçar a liquidez mensal, nomeadamente no caso de quem é reformado ou tem mais de 65 anos, podendo evitar o pagamento de mais-valias imobiliárias. Assim, um cliente que cumpra um destes parâmetros e que pretenda converter total ou parcialmente a sua habitação permanente numa fonte de rendimento regular, tem seis meses para subscrever o produto e tem de fazer a sua inclusão na declaração de IRS. O valor anual das prestações regulares fica limitado a um máximo de 7,5% do valor aplicado e, se vier a incumprir estas regras, no ano em que acontecer, terá de pagar todo o imposto de mais valias que tinha ficado excluído de tributação. A grande vantagem para subscrever este produto, está relacionada com as razões específicas que os clientes tenham para converter a totalidade ou parte da sua habitação permanente, numa fonte de rendimento regular. Por outro lado, o PEPP (Plano de Poupança Individual Pan Europeu) é, também, um produto individual de reforma uniforme em todo o espaço da União Europeia e que, em Portugal, irá representar a forma mais inovadora de poupança para a reforma. Esta iniciativa, da Comissão Europeia, procura solucionar dois grandes desafios: o reforço dos níveis de poupança para a reforma que, apesar de muito diferentes nos vários países, são insuficientes para poder responder aos desafios colocados com o crescente envelhecimento da população e, por outro lado, a promoção da construção de um Mercado Único, ao nível da mobilidade profissional, para a qual a multiplicidade e complexidade dos produtos de reforma nos vários países são um dos principais entraves. Este produto será uma realidade em toda a Europa em abril de 2022. Em suma, não basta ao setor segurador fazer o seu habitual trabalho do dia-a-dia e lançar boas soluções, é preciso ir mais além e ter uma abordagem integrada que tenha verdadeiro impacto na sociedade. Só assim conseguiremos colmatar as diferenças existentes entre a preocupação de quem está disposto a poupar, e quem efetivamente poupa. É preciso unir esforços, e ter um call to action efetivo!

Criação de novas empresas cresce 14% no primeiro semestre do ano

De acordo com o último relatório da Informa D&B, no primeiro semestre de 2021 foram criadas mais de 20 mil empresas em Portugal, o que corresponde a um aumento de 14,4% face ao período homólogo.

No primeiro semestre do ano foram criadas 20 926 empresas em Portugal o que significa que, quando comparado com o mesmo período do ano passado, houve um aumento de 14,4%. Segundo a Informa D&B, apesar de este crescimento estar abaixo do registado em 2019 (- 25%) já demonstra “alguma recuperação na atividade empreendedora”. Porém, esta recuperação está a ser feita a diferentes velocidades tendo em conta o setor de atividade, mas (quase) todos estão a demonstrar sinais de recuperação.

Os setores das Atividades Imobiliárias, da Agricultura e outros recursos naturais, o do Retalho e das Tecnologias de Informação e Comunicação registaram um crescimento na ordem dos 20%, sendo que, no Retalho, o subsetor “Têxtil e Moda” e a atividade de retalho online foram os que contribuíram “muito significativamente” para este crescimento.

Contudo, o setor em que se registou um maior número de novas empresas é o dos Serviços Empresariais com 3615 novas organizações, o que corresponde a um aumento de 20%. Por oposição, os setores dos Grossistas, Indústrias e Alojamento e Restauração demonstraram um crescimento “mais modesto”, ou seja, um aumento de 3%.

Relativamente ao setor dos Transportes, este mantêm a tendência de queda desde 2020, como resultado do subsetor “Transporte ocasional de passageiros em veículo ligeiros”, que está a sofrer um declínio de 36%.

No que diz respeito às regiões, no continente destacam-se os distritos de Leiria, Viana do Castelo e Santarém, com um crescimento superior a 20%. Ainda assim, o maior aumento continua a ser registado nas ilhas, com a Região Autónoma da Madeira a crescer 64% e a dos Açores 25%. A crescer de forma mais lenta, encontram-se os distritos de Lisboa e Faro, ambos com um crescimento de 9%.

Para Teresa Cardoso de Menezes, diretora geral da Informa D&B, “o primeiro semestre apresenta alguns sinais de melhoria na dinâmica do tecido empresarial”, salientando que “o Alojamento e Restauração mantém-se o setor mais afetado nos vários indicadores analisados”.

A diretora chama a atenção para “a incerteza que se vai manter nos próximos meses” pelo que é aconselhado “que as empresas estejam atentas à evolução dos indicadores, em especial aqueles que acompanham a evolução do risco comercial”.

Tendo em conta o comunicado, a 30 de junho de 2021, havia cerca de 525 mil empresas ativas em Portugal, o que significa mais 2,9% do que o valor registado no início do ano, sendo que “para estes valores contribuiu também a redução dos encerramentos e insolvências que se verifica desde o início da pandemia”. Por isso, no final do primeiro semestre do ano “ambos os indicadores mantêm tendência de descida, com as novas insolvências a recuarem 11,3% e os encerramentos 2,5%”.

DECO PROTESTE cria novas áreas de serviço para as empresas

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A DECO PROTESTE criou um conjunto de novas áreas de serviço para apoiar instituições e o tecido empresarial português.

A organização de defesa do consumidor, DECO PROTESTE, criou novas áreas de serviço para apoiar as empresas, com a finalidade de fomentar o seu crescimento e desenvolvimento, sobretudo no que concerne ao nível de inovação e criação de produtos e serviços.

Segundo a informação avançada, a organização, que já realizava “testes laborais independentes, com base em rigorosos critérios de avaliação, e dos quais resultam os selos DECO PROTESTE”, “aproxima-se agora das empresas com serviços que potenciam o seu crescimento conjunto e desenvolvimento dos seus colaboradores”.

Rita Rodrigues, responsável pelas Relações Institucionais da DECO PROTESTE, explica que “os selos foram o primeiro instrumento que comprovou aos consumidores a qualidade dos serviços e produtos comercializados pelas empresas, de forma imparcial e sem qualquer contacto com as marcas”.

Contudo, a responsável reconhece: “sentimos que o conhecimento que produzíamos podia criar ainda mais relevância para as organizações, seja a nível da melhoria dos seus serviços, seja pela formação dos seus colaboradores e esclarecimento dos seus públicos em inúmeras áreas”.

Assim, estão à disposição programas de desenvolvimento e formação oferecidos pela organização, que disponibilizam técnicos e especialistas capacitados para desenvolver programas personalizados consoante as necessidades e objetivos de cada negócio. Até ao momento encontram-se disponíveis as formações relativas a temas como Finanças Pessoais, Investimento Imobiliário e Vida Saudável.

A DECO disponibilizou também a partilha de conteúdo que consiste na criação de artigos, ilustrações, vídeos e outro género de publicações que esclareçam aos leitores sobre várias temáticas.

Quanto às empresas, estas podem contratar subscrições à DECO “para os seus colaboradores, de modo a que estes tenham acesso a ações da organização, simuladores, revistas, portal e conselhos em matéria fiscal, económica e legal”.

Repsol investe 657 milhões no Complexo Industrial de Sines

A Repsol investe 657 milhões de euros para ampliar o seu Complexo Industrial de Sines, ficando assim alinhada com os objetivos estabelecidos no Acordo de Paris e com a transição energética. Este é o maior investimento industrial realizado em Portugal nos últimos dez anos.

A empresa multinergética internacional Repsol investe 657 milhões de euros para expandir a sua gama de produtos e o seu Complexo Industrial de Sines, tornando-o um dos mais avançados da Europa graças à sua flexibilidade, ao seu elevado grau de integração e pela sua competitividade.

Este investimento compreende a construção de duas novas fábricas – fábrica de polietileno linear (PEL) e a fábrica de polipropileno (PP) – capazes de produzir cerca de 300 000 toneladas por ano. As tecnologias utilizadas para as fábricas garantem a máxima eficiência energética, e os novos produtos produzido são 100% recicláveis, pelo que podem ser utilizados nas indústrias automóvel, farmacêutica ou agroalimentar.

Segundo o comunicado da empresa, durante o processo de construção serão criados “uma média de 550 empregos diretos, como momentos que poderão chegar a mais de 1000 pessoas”. Quando as fábricas já estiverem em funcionamento, espera-se a criação “de cerca de 75 empregos diretos e 300 empregos indiretos”.

Para além disso, a empresa garante que todos os postos de trabalho serão mantidos, o que demonstra “o empenho da Repsol em atrair e reter talentos”.

Josu Jon Imaz, CEO da Repsol, afirma que “este investimento demonstra o empenho da Repsol no seu complexo industrial em Portugal”, reiterando que “a Companhia está empenhada no desenvolvimento industrial, que permite a transição energética, ao mesmo tempo que cria riqueza e emprego de qualidade”.

Com este investimento e tendo em conta a localização estratégica da ZILIS – Zona Industrial e Logística de Sines, a proximidade ao porto de Sines e a criação de novas instalações logística, vai ser possível para a organização “desenvolver mais sinergias na área industrial, melhorar a conexão ao mercado europeu, e reduzir a pegada de carbono do transporte dos produtos”.

Assim, o novo projeto está alinhado com a estratégia definida no Acordo de Paris e permitirá à Repsol tornar-se “uma empresa de emissões líquidas zero até 2050”. Com esses objetivos em vista, o Governo “considerou este projeto como sendo de potencial interesse nacional (PIN) e contratou incentivos fiscais ao investimento no valor de até 63 milhões de euros”.

De acordo com o plano estratégico 2021-2025 da empresa, este prevê um investimento total na ordem dos 18 300 milhões de euros entre 2021 e 2025 e “numerosas ações para desenvolver a sua atividade industrial”.

Adicionalmente, a Repsol já se encontra em processo de transformação, passando os seus complexos industriais para centros multienergéticos, “equipando-os com as mais recentes tecnologias que lhes permitem descarbonizar os seus processos, através da melhoria da eficiência energética, do impulso da economia circular, da produção de hidrogénio verde e incremento da utilização e captura de CO2”.

APS desenvolve plataforma para promover a literacia financeira

A Associação Portuguesa de Seguradores (APS) acaba de desenvolver uma nova plataforma digital com o intuito de dar a conhecer a importância do seguro e dos seus conceitos básicos, sobretudo aos mais jovens. A plataforma apresenta não só conteúdos informativos como também recursos pedagógicos dedicados à literacia financeira.

A plataforma digital “O Risco Espreita” foi desenvolvida pela Associação Portuguesa de Seguradores (APS) com o intuito de promover a literacia financeira na área dos seguros. A iniciativa tem como objetivo promover a importância do seguro e alguns conceitos básicos, em particular junto da comunidade mais jovem.

Para o presidente da APS, José Galamba, “a literacia financeira tem sido uma área de atuação de relevo da Associação Portuguesa de Seguradores. Temos procurado desenvolver iniciativas, produzir conteúdos e estabelecer parcerias que nos permitam divulgar eficazmente a importância do seguro e dos seus conceitos básicos, em especial às gerações mais novas”.

“O Risco Espreita” conta com conteúdos informativos e recursos pedagógicos que incluem os livros da coleção “Seguros e Cidadania”, escritos pelas autoras Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada.

No site serão, ainda, disponibilizadas sete publicações da coleção Seguros e Cidadania dedicada aos 1º, 2º e 3º ciclos do ensino básico. Por sua vez, cada publicação é complementada com uma ficha de leitura “que poderá ser utilizada como recurso educativo pelos professores que pretendam utilizá-los em contexto de sala de aula ou de atividades letivas”.

Para além disso, a plataforma disponibiliza outro tipo de conteúdos com a finalidade de “alertar, de forma lúdica, para a importância do risco em diferentes situações: vídeos sobre grandes catástrofes mundiais ou QR codes que contemplam, também, vídeos sobre questões com os ciber riscos”.

“Acredito que a informação é chave para tomar decisões responsáveis” – Manuel Pizarro

Por: Rafaela Silva

Há 20 anos no mercado, a empresa portuguesa ZØR tem-se distinguido pelas suas constantes soluções tecnológicas de cadeia térmica para os setores alimentar, saúde e farmacêutico. É através das soluções que desenvolve e os serviços de consultoria que oferece que a ZØR tem a capacidade para apoiar organizações nos processos de distribuição, armazenamento e exportação.

Manuel Pizarro, diretor geral da ZØR, explica em entrevista à PME Magazine como é que a empresa tem desenvolvido soluções sustentáveis e como é que se chama a atenção dos clientes para a questão da sustentabilidade nas empresas de logística. Ao mesmo tempo, o diretor geral faz uma retrospetiva dos últimos anos e uma previsão sobre projetos futuros.

PME Magazine (PME Mag.) – Como surgiu a ZØR? Como analisa o trabalho desenvolvido nos últimos anos?

Manuel Pizarro (M. P.) – A ZØR nasce com a preocupação de desenvolver inovação e soluções integradas com princípios que são desejados pelos consumidores, versus resolver de forma isolada uma determinada necessidade ou ponto crítico. Isto significa que olhamos para o problema ou necessidade que o cliente tem e o resolvemos com soluções que vão além da necessidade imediata, mas que incorporam uma visão de longo prazo e de sustentabilidade da solução proposta. O mundo encontra-se em grande mudança, quer a nível dos consumidores quer no que diz respeito à indústria que desenvolve soluções. E, muitas vezes, a preocupação tem sido a de conseguir o máximo de resultados prioritários para o momento, sem considerar o forte impacto que terão. Na ZØR, gostamos de ter uma visão para o futuro, resolvendo o presente. Consideramos que é necessário transitar de análises focadas apenas nos custos por solução, sem ter em conta o custo global, o impacto no planeta, os custos sociais de ter produções longínquas, os riscos de não ter a indústria e a logística próxima. É este caminho de mudança que temos estado a fazer nos últimos anos e que queremos transmitir de forma vincada também com a mudança da nossa marca, em Junho de 2021, de APP Thermal Chain Innovation para ZØR – uma empresa com uma nova energia e nova mentalidade.

PME Mag. – A ZØR baseia a sua atividade no desenvolvimento de inovação e soluções para a cadeia térmica com base numa abordagem sustentável. Como é que a vossa empresa promove e aplica soluções sustentáveis junto dos clientes?

M. P. – A ZØR sempre teve como driver a sustentabilidade e a máxima reutilização das soluções sem afetar a performance. Percebemos que se não mudarmos a forma como produzimos e utilizamos materiais como o plástico, em 2050 haverá mais plástico que peixes no oceano. As soluções ZØR procuram reduzir a utilização de plástico, por exemplo, incentivando a reciclagem e uma maior reutilização de materiais. Sempre que possível, as nossas soluções têm sido desenvolvidas e implementadas de forma a permitir a economia circular, contribuindo assim para a redução da poluição e especialmente dos materiais de uso único. O ideal seria consumirmos menos, mas o mundo não está ainda preparado para isso. Com o crescimento da população mundial, empresas como a nossa têm de fazer com que os seus princípios sejam reais e aplicáveis. Temos de ter (e temos) uma missão que corresponde no futuro a uma maior sustentabilidade. Temos de contribuir para que todos nós sejamos responsáveis, tal como temos vindo a fazer, porque só se todos formos responsáveis e responsabilizados é que vamos conseguir deixar para as gerações futuras, para os nossos descendentes, o planeta que eles tanto merecem.

“Olhamos para o problema ou necessidade que o cliente tem e resolvemo-lo com soluções que vão além da necessidade imediata, mas que incorporam uma visão de longo prazo e de sustentabilidade da solução proposta.”

PME Mag. – Tendo em conta a conjuntura pandémica e todos os desafios que acompanharam, como é que a ZØR conseguiu responder às questões ambientais? Que mudanças ou adaptações foram feitas?

M. P. – Na muito forte ligação da ZØR à logística, seja ela de last mile ou de long mile, estamos comprometidos com o desenvolvimento de soluções que permitam uma boa experiência para os nossos clientes, de forma a que os consigamos fidelizar. À preocupação com a satisfação do cliente, acrescentamos a nossa preocupação com o ambiente e o planeta, e acredito que esta combinação tem sido uma das razões para o sucesso que temos. Os nossos comportamentos têm de corresponder aos princípios e às tendências atuais numa perspetiva de inovação, por isso temos parcerias com universidades e centros de inovação, para nos permitir construir o nosso caminho. Não fornecemos apenas produtos, estabelecemos relações de compromisso. Para dar um exemplo, para além da ZØR criámos também a “ZØR Mor” possibilitando-nos trabalhar, para além da cadeia térmica, a minimização de riscos microbiológicos, e a otimização da prevenção, segurança e interação. Como fazemos isto? Procuramos criar em cada fornecimento um programa onde todas estas ações se encontram já materializadas e quantificadas de forma que a experiência dos nossos clientes seja cada vez mais confortante. Esta nova forma de abordar os desafios que nos apresentam tem tido uma quase total aceitação dos nossos clientes, e a agregação destes resultados da ZØR Mor cria cada vez mais relações responsáveis e de partilha de objetivos.

PME Mag. – Em que medida o e-commerce veio ajudar o negócio? Houve mais procura, cresceu durante o período de confinamento?

M. P. – A nossa empresa tem mais de 20 anos, pelo que ajudou a desenvolver, em conjunto com os grandes retailers, as soluções que, hoje em dia, dão resposta às novas necessidades do cliente. O tempo é cada vez mais escasso e desde o início destas mudanças que temos ajudado na criação de programas e soluções para as entregas ao domicílio dos supermercados e para as encomendas preparadas prontas para recolha. Logo, o e-commerce e delivery são uma parte muito relevante da nossa atividade e da procura de respostas. É interessante pensar que, mesmo antes da pandemia, e em conjunto com os principais players no mercado, já estávamos a desenvolver soluções que no momento da pandemia vieram dar resposta rápida aos novos desafios. Ou seja, o nosso capital de experiência era cada dia mais valorizado, o que levou as grandes operações de e-commerce e delivery a procurarem-nos e, felizmente, estamos a conseguir responder com grande efetividade e com ainda mais respostas do que os nossos clientes procuravam inicialmente, o que nos traz bastante confiança para o futuro. Estamos, neste momento a inovar de acordo com as novas tendências que se viram agudizadas com estes confinamentos. Além de propor soluções logísticas inovadoras, introduzimos variáveis de segurança que, neste momento, são prioridade e penso que vieram para ficar. Os clientes não estão dispostos a passar pelo mesmo, logo esforçamo-nos para que, no final do dia, eles tenham a melhor experiência possível na utilização das nossas soluções, pois elas fazem parte do circuito de consumo de bens essenciais, como são os produtos farmacêuticos e alimentares. Nunca foi tão importante não desperdiçar, por isso procuramos que exista o menor desperdício possível desses bens. O nosso objetivo é contribuir para uma sociedade que consiga o menor desperdício possível, é dar segundas utilizações, é procurar que no final haja aproveitamento para os mais desfavorecidos, e é ambicionar chegar mesmo a atingir o que se denomina por “zero waste”.

“Os nossos comportamentos têm de corresponder aos princípios e às tendências atuais numa perspetiva de inovação.”

PME Mag. – Qual foi o maior desafio que a ZØR e as empresas de logística tiveram que ultrapassar durante a pandemia?

M. P. – Com as falhas na cadeia de abastecimento, tivemos de identificar os fornecedores prioritários que nos permitissem acompanhar diariamente todos os processos, de modo a não existirem roturas. Como sabe o espaço aéreo foi praticamente fechado, o que fez com que tivéssemos de nos aprovisionar dos bens mais prioritários e, felizmente, conseguimos. Tenho perfeita consciência que conseguimos dar resposta aos desafios que enfrentámos e estamos a ser valorizados por isso.

PME Mag. – De acordo com o seu ponto de vista, como é que se cria awareness para a questão da sustentabilidade em empresas de logística?

M. P. – Acredito que a informação é chave para tomar decisões responsáveis. Não podemos ser fundamentalistas com alguns materiais para os quais ainda não existe substituição, mas temos de criar programas de maior circularidade para procurar dar resposta, sem criar problemas de abastecimento dos bens essenciais que são fundamentais e não podem faltar. O importante é que todas as empresas tenham noção de que temos de conseguir tomar decisões responsáveis para o futuro, mas para tal têm de ter o conhecimento para desenvolver novas soluções.

“Estamos neste momento a inovar de acordo com as novas tendências que se viram agudizadas com estes confinamentos.”

PME Mag. – Sente que o público e/ou clientes estão bem informados sobre questões ambientais? O que é o público procura na ZØR? Ou seja, em que medida é que a vossa empresa se distingue das demais?

M. P. – Durante a pandemia, a ZØR tomou a iniciativa de desenvolver três webinares sobre como superar situações extremas, envolvemos os principais impulsionadores destas mudanças, para tão rápido quanto possível nos podermos alinhar e procurar passar a mensagem para o público. Acho que a antecipação destes cenários nos ajudou a refletir, responsabilizar e atuar.

PME Mag. – Sabemos que a ZØR está a desenvolver projetos a nível internacional. Como é que olha para os futuros processos de internacionalização?

M. P. – Acabámos de participar no desenvolvimento de uma solução de distribuição de medicamentos de um dos maiores laboratórios mundiais e contribuímos assim para se ter rapidamente soluções que tornassem possível o processo de vacinação em curso. Para a ZØR fazer parte desta missão tão responsável e importante ajuda-nos a olhar para o futuro com esperança e a ver um percurso do qual nos podemos orgulhar, ao observarmos os resultados que ajudámos a conseguir e ao vermos como as soluções que ajudámos a desenvolver tiveram um papel tão importante em criar novas esperanças a pessoas, que tão preocupadas e desanimadas estavam. Fomos contactados pelos mais diversos países e ainda hoje temos processos em curso para colaborar no processo de vacinação em massa nos países em desenvolvimento, os quais não podemos permitir que fiquem de fora. Acabámos de desenvolver um projeto de entregas de alimentos ao domicílio, procurando dar resposta às encomendas superiores nestes tempos difíceis e estamos a desenvolver vários projetos na Europa que esperamos concretizar, não só com a ZØR, mas também com a ZØR Mor.

Sovos adquire PetaPilot e Saphety

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O fornecedor global de software fiscal, Sovos, acaba de adquirir as empresas PetaPilot e a Saphety sediadas em Portugal. Esta aquisição vai permitir que a Sovos reforce os seus recursos globais de faturação eletrónica SAF-T, as suas transações empresas – administração pública e ainda criar uma solução de conformidade completa para Portugal.

A Sovos anunciou ontem a aquisição das empresas PetaPilot, que fornece soluções de contabilidade eletrónica a autoridades tributárias e empresas, e a Saphety, que presta serviços no âmbito de faturação eletrónica a administrações públicas e empresas. Estas aquisições vão permitir que o fornecedor global de software fiscal ajude os seus clientes no que concerne às exigências de transformação digital de impostos e aquisições públicas.

De acordo com o comunicado, estas empresas vêm contribuir para criar “uma solução completa de conformidade IVA, ficheiro SAF-T (Standard Audit File for Tax) e transações empresas – administração pública para clientes que operam em Portugal, ao mesmo tempo que adiciona conectividade de faturação eletrónica”.

Sobre a aquisição da PetaPilot, esta vem contribuir para o aumento significativo dos recursos da plataforma de Relatórios Periódicos Avançados na cloud, “melhorando o suporte para requisitos globais de Ficheiros SAF-T, que a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) concebeu para dar às autoridades tributárias uma visibilidade digital frequente dos sistemas de contabilidade empresarial”.

Setve Sprague, diretor geral de imposto de valor acrescentado global da Sovos, acredita que “globalmente, há um interesse renovado na norma SAF-T como um companheiro para controlos contínuos de transação (CTCs – Continuous Transaction Controls)”.

O diretor geral explica que “à medida que as autoridades tributárias de Portugal à Polónia, da Roménia a Angola aceleram os seus esforços nesta área das auditorias eletrónicas, a Sovos está posicionada de forma única para fornecer conformidade abrangente e inteligente para os requisitos de ficheiros SAF-T e outros requisitos de contabilidade eletrónica”.

Já Valter Pinho, diretor geral da Sovos, SAF-T e ex-CEO da PetaPilot, afirma que “a PetaPilot criou uma experiência profunda em conformidade com a norma SAF-T desde 2008”, o que levou a tornar Portugal “o primeiro país a adotar o padrão”. Neste momento, ao integrar “os produtos PetaPilot no Relatório Periódico Avançados da Sovos”, a empresa “poderá acrescentar valor ao fornecer uma plataforma de dados fiscais e dados que simulam os controlos da administração pública”.

É esperado que os requisitos de CTC entrem em vigor em 2023 na França, Polónia e Hungria, “e que os governos em todo o mundo tirem cada vez mais partido de estruturas de facilitação com o Pan-European Procurement Online (PEPPOL) como a espinha dorsal para a implementação do CTC”.

É nesse sentido que a Saphety vai apoiar a Sovos a “melhorar as suas soluções de conformidade de faturação eletrónica com recursos de entrega de fatura eletrónica conformes e contínuos”.

Rui Fontura, vice-presidente da Sovos e ex-CEO da Saphety, sublinha que “à medida que a Saphety for integrada na Sovos, estaremos em posição de oferecer aos nossos clientes e parceiros uma vasta gama de funcionalidades de conformidade para o envio de faturação eletrónica para plataformas de aquisição sem ter de estar a controlar continuamente nem ter de ajustar aos diversos regulamentos locais e estruturas padrão”.

Também o vice-presidente para o desenvolvimento empresarial da Sovos, John Gledhill, sublinhou que com esta aquisição, “a Sovos fortalece as suas soluções no mercado crescente de conformidade SAF-T, melhorando a sua capacidade de atender às regulamentações convergentes da faturação eletrónica”.

Inventa International distinguida no ranking Leaders League 2021

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A empresa especialista em proteção de propriedade intelectual, Inventa International, foi distinguida no ranking de Leaders League 2021 – Portugal. A organização destacou-se em três categorias.

A Inventa International, a organização portuguesa especialista em consultoria de propriedade intelectual, foi reconhecida, esta semana, no ranking Leaders League 2021 nas categorias de Trademark Prosecution, Patent Prosecution e IP Litigation. Para além disso, foi também indicada para o título “Highly Recommended firm” na categoria de IP Litigation e considerada líder nas outras duas.

Tiago Reis Nobre, Managing Partner da Inventa Internacional, afirma que esta distinção é “um reconhecimento pelo trabalho que temos vindo a produzir e pelo know-how e experiência nestas áreas, apoiando e comprometendo-nos sempre ao máximo com os nossos clientes, tentando responder da melhor forma aos desafios que estes nos colocam”.

Sobre o ranking, este é realizado anualmente pela agência de rating e de média para executivos a nível internacional, a Leaders League. Por sua vez, esta avaliação é realizada em 46 países e os resultados têm como base questionários a clientes, entidades externas e pares de cada jurisdição.

Aceler@Tech: o poder das startups no setor do Turismo

Os vencedores da primeira edição do programa Aceler@Tech in Portugal, Valpas, Insurion e Look@- the smart sculpture, revelam, em entrevista à PME Magazine, os motivos que os levaram a concorrer, quais as etapas mais desafiantes, passando pelas experiências enriquecedoras desta iniciativa e pelos projetos futuros das startups.

O programa organizado pela Acredita Portugal, em parceria com o Turismo de Portugal e Aceler@Tech in Portugal, tem como missão selecionar e ajudar no processo de aceleração de startups inovadoras referentes ao mundo da indústria do turismo. A primeira edição acabou há pouco mais de quatro semanas, e os vencedores fazem agora uma retrospetiva sobre o seu percurso desde o momento em que surgiu a ideia, passando pela razão que os levou a concorrer, até às perspetivas para projetos futuros.

Com mais de 300 candidaturas oriundas de todo o mundo, passaram para a fase final 20 finalistas, dos quais três saíram vencedores. A Valpas, a primeira classificada, distinguiu-se pela sua solução de um padrão de higiene e segurança contra insetos, mais concretamente contra percevejos, para ser aplicado no setor do turismo. Em segundo lugar, ficou a startup Insurion que desenvolveu uma plataforma de seguros paramétricos. Por fim, a terceira classificada é a Look@ – the smart sculture, que desenvolveu esculturas conectadas por wi-fi aos telemóveis que ajudam turistas a tirar fotografias.

Quando questionados sobre o motivo pelo qual se inscreveram, as motivações variam. Martim Gois, co-fundador e CEO da Valpas confessa que foi encorajado a participar pela equipa da Aceler@Tech. Já Artem Kokorin, CEO da Insurion, afirma que uma das razões foi por ter conhecimento das entidades que estavam a desenvolver o programa, e por outro lado, tendo desenvolvido uma solução para o setor fazia todo o sentido e era uma excelente oportunidade para entrar no mercado europeu. Luka Vukovic, fundador e CEO da Look@, tomou conhecimento desta oportunidade através do LinkdIn e, por Portugal ser um destino turístico de referência fazia todo o sentido concorrer e “tentar a sorte” no mercado português.

Como surgiu a ideia

A Valpas nasce de uma viagem que não correu tão bem quanto esperado. Há sete anos o CEO, Martim Gois, e a sua namorada estavam de férias na Ásia quando foram atacados por percevejos que acabaram por trazê-los para casa. Com o trauma da experiência fundou a empresa enquanto estudava em Helsínquia, na Finlândia.

Transformou a Valpas numa organização líder no setor e rapidamente percebeu que o projeto tinha potencial para operar a nível global, pois este era um problema geral causado pela falta (total) de prevenção. Desde então, tem vindo a crescer e todos os hotéis em que opera seguem o padrão de segurança contra percevejos. “Ao escolherem um hotel membro da Valpas para a sua estadia, os gerentes de viagens, os agentes e os turistas, têm a certeza de que viajarão e tornarão a casa com segurança”, explica Martim Gois.

Também a Insurion surgiu de uma viagem, porém por uma outra complicação – um atraso com um voo. Artem Kokorin, CEO da Insurion, tinha seguro, mas todo o processo para reaver o dinheiro era demorado e cheio de burocracias. Decidiu criar a sua startup para aliviar este processo e fundou uma “plataforma de seguros paramétricos P2P com o objetivo de criar seguros sem necessitar de seguradoras”.

O CEO explica que “o objetivo da plataforma era calcular as condições de seguro dos produtos para torná-los mais baratos para os clientes e lucrativos para os investidores”. Porém, a ideia não foi apoiada pela autoridade. Isso não parou Artem Kokorin, pois “continuamos a desenvolver produtos de seguros” para agências de viagens online, companhias aéreas e lojas e-commerce.

Já Look@ surgiu de uma situação que Luka Vukovic presenciou. O CEO estava a passear na Croácia quando reparou num casal de turistas a tentar tirar uma fotografia. “Primeiro, eles tentaram tirar uma selfie, mas não conseguiram um bom ângulo, depois pediram a uma pessoa para lhes tirar uma fotografia, mas não gostaram. Finalmente, encostaram o telemóvel à parede, mas caiu”. Foi aí que “pensei para comigo que deveria haver uma forma mais simples de resolver a questão”, explicou Luka Vukovic.

Nesta altura, Luka, que trabalhava como engenheiro mecânico, em conjunto com um amigo começou a construir um protótipo no qual investiu todas as suas economias e, pouco tempo depois, contratou mais pessoas para o ajudar. Após construir o MVP funcional começou a vender a ideia. Foi um sucesso e os pedidos não demoraram a chegar, e foi a partir daí que se decidiu focar completamente na startup.

Maiores desafios durante o programa

Para os membros da Valpas, a etapa mais complexa foi o “pitch final e a sua preparação, pois exigiu muito da nossa equipa”. Para os representantes da Insurion e da Look@ o mais desafiante foram as reuniões online. Luka Vukovic, fundador da Look@, confidenciou que muitas das vezes as reuniões eram seguidas pelo que exigia um maior esforço. Artem Kokorin, CEO da Insurion, acrescentou que por “o mercado português ser desconhecido”, era necessário perceber nas reuniões se fazia ou não sentido avançar com um determinado contacto.

Por outro lado, como o programa era três dias por semana, os restantes dias eram utilizados para fazer trabalhos de casa, follow-up de emails e para explorar diferentes oportunidades.

Aprendizagens

Os vencedores dizem que as aprendizagens que retiraram do programa são preciosas. Para a Valpas, a oportunidade de aumentar o negócio e de entrar num novo mercado foi a melhor parte da experiência. A startup, que inicialmente tinha 80 quartos de hotéis em Portugal a utilizar a sua solução, tem hoje dez vezes mais esse valor, sendo que novas parcerias serão anunciadas em breve. O CEO da startup não duvida que este crescimento só foi possível graças à participação no Aceler@Tech.

Para o representante da Insurion perceber que os produtos oferecidos pela startup faziam sentido no mercado português foi a melhor recompensa. Por outro lado, o fundador da Look@ diz que a maior aprendizagem foi perceber como se fazem negócios em Portugal, “que é totalmente diferente do Dubai, Catar ou China”.

Projetos para o futuro

Depois do Aceler@Tech o futuro passa, essencialmente, pela internacionalização. A Valpas quer continuar a fornecer estadias mais higiénicas a nível global e iniciar parcerias com agentes de viagens “para que as pessoas cheguem aos nossos hotéis membros com mais facilidade”.

Para a Insurion, o futuro passa pela incorporação da sua solução em Portugal e continuar a procurar parceiros com agências de viagens e seguradoras online na Europa.

A Look@ terá uns próximos meses com muitas mudanças. Vai começar por se instalar na Suíça e no Dubai, e está, atualmente, a negociar a abertura de um escritório em Portugal até ao final deste ano. Está também a realizar melhoria nos produtos e, nos próximos seis meses, irá entrar numa ronda de investimentos de série A. Consequentemente, espera investir em marketing e vendas, de modo a encontrar parceiros e expandir o seu negócio no mercado europeu.

Conselhos para os futuros participantes

A receita para “construir uma startup de sucesso é uma questão de foco”, explica Martim Gois da Valpas, por isso, quem deseja participar nas futuras edições do programa Aceler@Tech deve perceber se, de facto, o mercado português faz parte dos planos, pois só assim terá um maior aproveitamento desta experiência. Os vencedores concordam que é fundamental seguir as recomendações dos mentores e não faltar a nenhuma reunião porque “nunca se sabe quando vais conhecer alguém capaz de mudar a tua vida”, conclui Luka Vukovic.

INCM e Fintech House celebram acordo para apoiar startups

A Imprensa Nacional-Casa da Moeda (INCM) e a Fintech House celebraram um acordo de colaboração para apoiar as startups fintech no empreendedorismo, na inovação e no desenvolvimento de projetos de interesse tecnológico.

Foi anunciado o acordo entre a INCM e a Fintech House que visa apoiar as startups fintech nos ramos do empreendedorismo, inovação e desenvolvimento de projetos tecnológicos.

Esta parceria tem em vista aproximar a comunidade Fintech House, que compreende startups, parceiros e investidores, da experiência e know how que a INCM oferece, nomeadamente no que concerne à área da identidade digital.

Para o presidente do Conselho de Administração da INCM, Gonçalo Caseiro, “este acordo é mais um exemplo do ecossistema inovador já presente em Portugal, cujo sucesso assumimos como um propósito partilhado por todos. É com a colaboração entre autoridades, empresas, startups e a academia que vamos tornar esse ecossistema ainda mais forte”.

Também Mariana Gorjão Henriques, Head of Partnerships da Fintech House, concorda que “a parceria com a INCM mostra como o ecossistema fintech é variado e transversal a diferentes setores”, reiterando que “esta parceria representa uma grande oportunidade para ambos e para o ecossistema fintech português”.

Segundo o comunicado estão previstos, até ao final do ano, encontros, apresentações, mesas redondas e outros eventos abertos à comunidade, “que terão lugar na Fintech House, um espaço de co-work destinado a startups que desenvolvam modelos de serviços ou produtos inovadores nas áreas de regtech, insurtech, fintech e cybersecurity”. De destacar que entre as iniciativas encontram-se os eventos INCM Summer Sessions e o Identity Trends, que estão previstos acontecer em setembro.

Por sua vez, os encontros incidirão sobre a temática da identidade digital que, “associada a tecnologias emergentes como a criptografia, a biometria, a inteligência artificial, o blockchain ou a internet das coisas, é uma área que tem conhecido grandes desenvolvimentos na INCM, permitindo-lhe oferecer soluções de identificação seguras a governos, empresas e cidadãos”.