Sexta-feira, Julho 4, 2025
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Braga é o “coração” da Uphold

Por: Ana Rita Justo 
Fotos: Uphold

A pandemia levou muitas empresas a retraírem o seu investimento, mas não a Uphold, plataforma financeira digital norte-americana com escritórios em Braga e que mantém a intenção de chegar aos 100 colaboradores até ao final de 2020. O CEO, J. P. Thieriot, e o CTO, Rui Marinho, explicam à PME Magazine o porquê desta aposta no Norte de Portugal. 

Portugal surge muito naturalmente no mapa de investimentos da Uphold, uma fintech de Sillicon Valley que lançou, em 2014, uma plataforma financeira digital disponível em mais de 180 países e com acesso a 27 moedas nacionais, 30 moedas digitais, quatro metais preciosos e outros produtos de poupança e crédito. 

A empresa nasceu em São Francisco, Estados Unidos da América, e conta hoje com escritórios em Nova Iorque, Londres, Xangai e também em Braga, integrando o ecossistema da Startup Braga e onde, revela o CEO, J. P. Thieriot, a empresa encontrou o “coração da empresa”. 

J.P. Thieriot criou a Uphold em 2014

“Começámos a trabalhar com grupos de diferentes localizações e o que reparámos é que o trabalho vindo de Portugal era sempre melhor, chegava a horas, dentro do budget”, afirma o responsável.

A eficiência demonstrada levou à contratação, em 2014, de Tiago Ribeiro e Rui Marinho, fundadores da startup portuguesa Seegno, que passaram a integrar a estrutura responsável pela Uphold em Portugal, ambos como CTO (chief technology officers), que conta agora com cerca de 70 trabalhadores em Braga. 

“Além da nossa presença em Braga, vamos todos os anos para o retiro da empresa no Algarve e passamos muito tempo no Porto. Portugal tornou-se no coração cultural e espiritual da empresa de uma forma muito importante e não é por acaso”, advoga o CEO. 

Já o CTO Rui Marinho reconhece grandes investimentos de outros concorrentes tecnológicos em Portugal, mas sublinha que a grande vantagem competitiva da Uphold para quem lá trabalha está no desenvolvimento das competências core

“De uma perspetiva de desenvolvimento do produto, temos 60 pessoas em Braga”, explica o responsável português, entre engenheiros, desenvolvimento de produto e infraestruturas. 

Até final do ano, a Uphold quer contratar mais 30 profissionais nas áreas de engenharia, data scientistsproduct development e gestão de projetos. 

“Isto está a ser feito em reposta à pandemia, para mostrar, não apenas à comunidade local, mas a todo o país, a forma como queremos que a empresa cresça, juntamente com a retoma da economia portuguesa. O momento não foi ao acaso, queríamos dar um sinal a outras empresas de que vamos sair desta situação mais cedo do que tarde e vamos dar o nosso melhor para que isto aconteça”, afiança Rui Marinho. 

“O mercado das moedas digitais é muito entusiasmante para quem está a ser recrutado. Como lidamos com grandes avanços em tecnologia, isso tem um papel importante na hora de convencer os candidatos a mudar de emprego ou a candidatarem-se à nossa empresa”, acrescenta. 

A próxima Silicon Valley

A aposta em Portugal dura há mais de seis anos e levou, inclusivamente, a Uphold a adquirir uma outra startup portuguesa no ano passado, a Scytale, uma agência de web development. J. P. Thieriot sublinha, mais uma vez, que esta aposta não acontece por acaso. 

“A Universidade do Minho está entre as universidades com programas de ciências computacionais mais antigas da Europa. A presença da equipa em Portugal não tem que ver com o facto de se ter suporte mais barato, mas sim com inovação global e com o desenvolvimento de tecnologia de classe mundial. Isto não acontece no vazio, trabalharam bem na Universidade do Minho para terem tantas mentes tecnológicas de classe mundial nos dias de hoje”, adianta. 

Além disso, o CEO aponta ainda a “mais recente legislação no que toca aos impostos” relacionados com criptomoedas, que faz de Portugal “uma casa muito atrativa para esta indústria e que tem potencial para ser a próxima Silicon Valley”. 

Com a equipa a ser maioritariamente da região Norte de Portugal, com idade média de 32 anos (20% mulheres e 80% homens), Rui Marinho diz ter uma equipa equilibrada, a quem a Uphold consegue incutir uma “cultura norte-americana muito forte” no que toca às regalias de quem ali trabalha. 

“Há uma ligeira parte negra: a lei laboral portuguesa não é a mais clara ou convidativa do mundo, mas em todos os restantes aspetos – talento, regras, montar uma legislação atrativa para o desenvolvimento e comércio de criptomedas – fizeram um trabalho incrivelmente bom, possivelmente melhor do que noutros países.” 

“Uma das regalias – que esperamos poder retomar depois de a pandemia passar – é que oferecemos o almoço aos nossos colaboradores todos os dias, de forma a que possam debater ideias, não apenas de trabalho, mas também de fora. Isso cria um sentido diferente de grupo e de amizade e é uma das razões por que temos tão pouca gente a deixar a empresa.”

Pandemia… positiva?

No que toca ao mercado das moedas digitais, J. P. Thieriot é perentório ao afirmar que a pandemia acabou por trazer benefícios a quem trabalha no setor, em detrimento de outros altamente penalizados pela Covid-19. A perspetiva de emissão de moeda para fazer face à crise atual poderá, segundo o próprio, beneficiar as criptomoedas. 

“Os Estados Unidos vão querer fazer melhor do que na crise de 2008 e não vão só dar dinheiro aos bancos ou fazer empréstimos. Será preciso imprimir dinheiro e pô-lo nas mãos das pessoas – o que penso que será o correto, mas isso significa que o valor das moedas irá desvalorizar. O valor do dólar norte-americano é relativamente mais forte, mas comparado com as bitcoins ou ouro físico irá perder valor, por isso, as bitcoins e o ouro físico vão ganhar valor em relação à moeda fiduciária. É nesse espaço que operamos, por isso, a nossa atividade, mês após mês, semana após semana, continua a crescer à medida que as pessoas se apercebem daquilo que vai acontecer e de onde podem alocar as suas poupanças. Estamos num negócio estranhamente favorável na conjuntura atual”, advoga. 

Rui Marinho, CTO e responsável pelas operações da empresa em Portugal

Já Rui Marinho diz que a empresa vê “com bons olhos o potencial da nova Zona Livre Tecnológica”, lançada em abril passado em Matosinhos no âmbito do plano do Governo e inscrito no programa Startup Portugal – Estratégia Nacional para o Empreendedorismo. 

“A Zona Livre Tecnológica pode providenciar uma sandbox regulatória para empresas como as nossas, que querem lançar produtos completamente diferentes e assim têm o enquadramento legal necessário, sem terem medo do que irá acontecer. Estamos muito entusiasmados com o que isto irá trazer para o setor das fintech.” 

Atualmente, a Uphold conta com 2,2 milhões de utilizadores e com um ritmo de crescimento de sete mil novos utilizadores por dia. A expectativa é, por isso, de chegar ao final do ano com 3,5 milhões de utilizadores.  

“Estamos a mudar a forma como o dinheiro circula e a forma como as pessoas podem aceder a coisas que nunca tinham conseguido aceder anteriormente, na esperança de tornar as suas vidas melhores”, acrescenta J.P. Thieriot. 

Artigo originalmente publicado na edição de Julho de 2020. Artigo corrigido a 02/07/2020, às 09h25.

“Houve uma alteração abrupta nos hábitos de vida das pessoas” – Madalena Cascais Tomé

Por: Ana Rita Justo

Foto: João Filipe Aguiar

Com mais de 10 milhões de transações por dia, a SIBS aposta num futuro em que os pagamentos são cada vez mais invisíveis e em ajudar as empresas a melhorar ainda mais a experiência que dão aos seus consumidores. Uma entrevista que, na verdade, foram duas à CEO da SIBS, Madalena Cascais Tomé – a primeira quando ainda não se adivinhava a pandemia e a segunda já de olhos postos na retoma.

PME Magazine – De que forma é que as soluções cashless da SIBS têm ajudado as empresas a reinventar-se?

Madalena Cascais Tomé – Desde logo, o passarmos para pagamentos eletrónicos e toda esta lógica de digitalização é algo que aporta muita eficiência às empresas. Acreditamos que é por via dessa eletronização e dessa digitalização que, quer as empresas, quer também os utilizadores conseguem ter mais tempo para aquilo que é mais importante, para se focarem nas suas atividades, nos seus processos produtivos. Cada vez mais, não só as soluções mais tradicionais, como os chamados POS [n. d. r. point of sale, em português, ponto de venda], a aceitação física de pagamentos, que tem tido uma aceleração muito importante nos últimos anos, tem estado a crescer a um ritmo superior do ritmo da economia e contribui para que todos os processos de compra, de check-out, possam ser muito agilizados. No fundo, o que os negócios querem é vender, o que as pessoas querem é comprar e o pagamento acaba por ter de ser o mais invisível possível, o mais digital possível. Temos também trabalhado muitíssimo naquilo que é trazer toda esta realidade para o online. Acreditamos que, sobretudo para o tecido empresarial português, para as PME, o e-commerce é uma enorme oportunidade, porque é passar do mercado português, que é relativamente mais contido, para o mercado que tem uma escala global… Temos muitos exemplos disso já em Portugal e as nossas soluções de pagamentos digitais para o e-commerce têm feito esse contributo. A forma como vemos isto é muito empenhada, muito ativa e que também acreditamos que vai muito além daquilo que é tecnologia. Além das soluções tecnológicas, fazemos um trabalho muito ativo no terreno com as empresas. Estamos, por exemplo, presentes na Iniciativa do Comércio Digital, em que temos estado a fazer um roadshow por todo o país, no fundo, para trazer estas soluções e muita desta aprendizagem para as nossas PME e para os nossos empresários para garantir que toda esta componente do pagamento e da presença online fica muito facilitada. Queremos, de facto, ter este papel e este contributo muito ativo para garantir que a nossa economia é cada vez mais digital e que as nossas empresas são cada vez mais produtivas e eficientes, porque acreditamos que esse é o caminho no futuro.

“Acreditamos que, sobretudo para o tecido empresarial português, para as PME, o e-commerce é uma enorme oportunidade”

PME Mag. – Pode destacar algum caso em concreto?

M. C. T. – Isso seria, porventura, injusto. O que é importante é, cada vez mais, haver esta dinâmica muito mais alargada. Sabemos que, no nosso tecido empresarial, mais de cerca de metade das empresas são microempresas e, portanto, fazer com que todas estas microempresas consigam dar esse salto é o que vai dinamizar a nossa economia. Posso referir-lhe alguns números: como disse, as compras eletrónicas estão a crescer acima do valor da economia – têm crescido cerca de 10% ao ano; as compras no comércio digital têm crescido cerca de 40% ao ano. Vê-se bem esta dinâmica e esta evolução que tem acontecido para o digital. Acho que também é importante reforçar que as nossas soluções, muitas vezes, vão além disso. Por exemplo, temos áreas, que são menos conhecidas, como a produção de cartões, em que também aí estamos a apoiar e a desenvolver soluções inovadoras, como os cartões de fidelização. Ou seja, cada vez mais garantindo que estas empresas conseguem ter ferramentas de diferenciação no seu posicionamento no mercado.

PME Mag. – Conseguiram tornar o Web Summit cashless, que outros exemplos como este pode dar?

M. C. T. – Uma das áreas que tem sido muito interessante trabalhar tem sido toda a lógica dos festivais e dos eventos. De facto, é uma área em que cada vez mais as pessoas querem estar descontraídas a usufruir da experiência. Ter esta lógica cashless tem sido muito importante. Temos trabalhado com diversas organizações, desde festivais de música, até feiras mais regionais e locais no sentido de garantir que durante o evento as pessoas não têm de manusear cash, têm, sim, de usufruir da experiência, fazer cada vez mais o seu convívio e a utilização, quer da parte mais de food and beverages [comida e bebida], quer também de outras áreas de merchandising que possam utilizar. Temos algo que é muito interessante que é um beer point, para utilizar ou para beber uma cerveja, ou, por exemplo, tirar um café – cada vez mais podemos fazê-lo só com o nosso telemóvel, não precisamos de ter toda a logística de ter moedas, que é sempre um grande inconveniente. E começamos também a trabalhar naquilo que eu acredito que é o futuro dos pagamentos que são os pagamentos invisíveis. Todas as experiências que existem lá fora, nós já estamos também a pilotar com algumas entidades em Portugal no sentido de garantir que, mesmo em retalhistas, grandes superfícies, pontos de venda, é cada vez mais possível fazer a compra sem ter de fazer o pagamento e, portanto, cada vez mais o futuro será a invisibilidade do pagamento, porque as pessoas querem comprar, não querem pagar.

“Segurança primeiro”

PME Mag. – A segurança é muito importante neste tipo de pagamentos. É assim que surge o serviço antifraude Paywatch?

M. C. T. – Sim, toda a filosofia da SIBS é uma filosofia “Security by Design”, todas as nossas soluções – e isso é algo que nos caracteriza e nos diferencia e que tem contribuído para termos os níveis de segurança que temos, que são destacados a nível europeu – é que todas as soluções que fazemos começam e pensam na segurança em primeiro plano. Todo o paradigma de pagamento está a passar de uma lógica de autorização para uma lógica de autenticação. Eu não autorizo a transação, eu mostro que sou e isso permite-me fazer um conjunto de operações e um conjunto de pagamentos. Não só do ponto de vista do Paywatch, dos serviços antifraude que temos 24 sobre 7 e que estão em permanência a olhar para todo o ecossistema de pagamentos em Portugal e nos mercados onde estamos presentes para atuar sobre esse tema, mas também todas as soluções tecnológicas caminham cada vez mais para uma autenticação a que chamamos forte, muito assente em biometria, muito assente em conceitos de tokenização, para que se atue, não só no início do pagamento, com a tal autenticação, mas depois durante todo o processo, e aí, sim, entram também os processos da Paywatch e toda esta vigilância que fazemos 24 sobre 7 e toda esta atuação que fazemos em permanência de forma invisível e que está lá todo o tempo.

PME Mag. – Que balanço faz do programa SIBS Payforward?

M. C. T. – Tem sido extremamente positivo e aqui se calhar destacaria duas vertentes, desde logo o ecossistema e a dinamização de soluções novas e, de facto, têm surgido imensas ideias interessantes. Ao longo das três edições do programa, tivemos mais de 150 startups a participar, muitas delas internacionais, mais de 70% destas startups são internacionais e isso tem alimentado uma dinâmica de soluções e de conceitos, de provas e de experiências muito interessante. Mas, também, o próprio trabalho em conjunto da equipa da SIBS com estas equipas de startups que têm, muitas vezes, uma dinâmica diferente. Tem sido muito enriquecedor, quer da nossa perspetiva, quer na perspetiva destas startups. Edição após edição, temos tido cada vez mais candidaturas e uma das coisas que tem sido realçada pelas startups participantes tem sido a enorme aprendizagem que têm tido com as pessoas da SIBS e a enorme partilha de experiências. Isto tem gerado um networking muito interessante, que até subsiste após a edição do programa. Tem sido, de facto, muito, muito interessante.

PME Mag. – Quantas empresas já beneficiam dos instant payments?

M. C. T. – Neste momento – e isso é algo que vale a pena destacar no mercado português – temos uma percentagem de cobertura de instant payments quase próxima dos 100% das contas empresariais. É algo bastante único no contexto europeu. A plataforma de instant payments que foi desenvolvida pela SIBS tem uma abrangência enorme. Estamos, neste momento, a operar na interoperabilidade desta mesma plataforma para chegar aos outros mercados, mas tem tido uma abrangência única, ímpar no contexto europeu. Quer do ponto de vista de instant payments, quer do ponto de vista de open banking, temos sido pioneiros na forma como introduzimos estas soluções no mercado e na abrangência que estas soluções têm.

“Temos uma cobertura de instant payments quase próxima dos 100% das contas empresariais”

PME Mag. – Que papel tem o SIBS Analytics na perceção dos hábitos de consumo dos portugueses?

M. C. T. – Desde logo, é uma ferramenta útil em diversas dimensões, é muito uma aprendizagem de utilização. Foi essa, também, a nossa visão, ao lançar o SIBS Analytics, pôr no mercado e disponível, quer para as PME, empresas de várias dimensões, quer também para a academia, um conjunto de dados que são importantes para caracterizar a nossa economia e a nossa atividade económica. Tem sido um crescendo de procura nessa matéria. Também temos apoiado as empresas nalgumas análises mais específicas relativas ao seu setor e relativas à sua própria atividade, mas, na prática, o que eu aconselharia ou recomendaria é muito uma lógica de teste e de experimentação, porque a informação é muito rica e pode ser muito útil para as empresas, sobretudo para se situarem no seu setor de atividade, naquilo que, no fundo, tem sido o perfil de utilização entre nacionais e estrangeiros. Há uma panorâmica muito interessante, com uma atualidade muito grande sobre estes dados, porque, na prática, os dados estão disponíveis relativamente ao mês anterior e isso é uma atualidade muito importante para se perceber, de forma muito rápida, como é que estão a evoluir os principais indicadores de consumo.

“Adaptação é fundamental”

PME Mag. – O que é que as empresas precisam de ter em conta hoje para vingarem?

M. C. T. – Diria que a tecnologia – e essa é a grande revolução, o grande contexto de revolução que vivemos é muito rápido, muito acessível, muito dinâmico. Portanto, a capacidade de adaptação é fundamental. Os temas de tecnologia são, obviamente, muito importantes e, hoje, a tecnologia está disponível de uma forma muito acessível, muito fácil. E depois, toda esta capacidade de adaptação. Quer, por um lado, garantir a eficiência, isso é o fundamental para a competição e para a competitividade da empresa, mas também, sobretudo, apostar nos seus fatores de diferenciação que são cada vez mais importantes.

PME Mag. – Qual a previsão de transações para 2020?

M. C. T. – Nós terminámos o ano de 2019 com 3,8 mil milhões de transações, só para ter uma ideia isto representa cerca de 10 milhões de transações por dia, quando em 2018 tínhamos tido 8,9. Portanto, na prática, temos mais um milhão de transações por dia, o que significa um crescimento de cerca de 10%. Como lhe dizia, esta digitalização manifesta-se e está a manifestar-se também nestes indicadores. Acreditamos que esta tendência de crescimento se vai manter. Aqui também é muito importante a nossa presença nos mercados internacionais e também destacaria a presença na Polónia, em que estamos com um crescimento ainda mais acelerado, porque há uma lógica de incentivos públicos à digitalização, nomeadamente através da constituição daquilo que é o fundo chassless e aí os nossos crescimentos estão a ser acelerados, na ordem dos 40%. É, de facto, um mercado onde o crescimento ainda será mais acelerado, mais dinâmico e onde, até por via da aquisição que fizemos de um player polaco estamos no top 3 do crescimento no mercado. Estamos a dar um contributo muito importante para este crescimento e para esta digitalização.

PME Mag. – Qual é exatamente a estratégia de internacionalização da SIBS?

M. C. T. – A nossa aposta é crescer nos mercados em que estamos presentes e sedimentar essa posição aí e, com esse entorno, continuar a crescer no contexto europeu, porque estamos num mercado altamente dinâmico e competitivo, de crescimento acelerado. A SIBS é um dos top players europeus de pagamentos e queremos, por via também deste crescimento, manter-nos nessa posição de liderança no contexto europeu. No mercado da Polónia, continuamos com este crescimento orgânico acelerado, na ordem dos 40%, como lhe referi, e também continuamos ativamente à procura de outras oportunidades de crescimento inorgânico. Nos mercados em vias de desenvolvimento em que estamos presentes, nomeadamente nos mercados africanos, continuamos a fazer uma aposta também muito grande no desenvolvimento dessas economias. No último ano, processaram, através das nossas soluções, através da nossa tecnologia, cerca de dois mil milhões de transações. Mercados que, quando nós começámos a trabalhar, eram muito incipientes do ponto de vista de aceitação eletrónica, e estamos também a levar para estes mercados toda a lógica das wallets digitais e dos pagamentos móveis, aí também dando um contributo muito importante para essa digitalização e também, por esta via de internacionalização, queremos continuar a levar a tecnologia portuguesa e a mostrar a tecnologia portuguesa, que é distintiva e no caso dos pagamentos é muitíssimo distintiva no contexto europeu.

“MB Way facilitou os pequenos pagamentos”

PME Mag. – De que forma o MB Way alterou os hábitos de consumo dos portugueses?

M. C. T. – O MB Way, uma das coisas que tem facilitado são os pequenos pagamentos. Cerca de 60% das transferências são abaixo dos 20 euros, que tipicamente eram transferências que se calhar eram feitas em dinheiro e, isso sim, é um indicador muito positivo, mais uma vez, desta alteração de comportamentos para uma lógica muito mais digital. Temos cerca de 1,2 milhões de compras físicas por mês com o MB Way*, o que significa que há uma alteração de hábito, há pessoas que já não utilizam a carteira no seu dia-a-dia, que apenas com o seu telemóvel conseguem fazer a maior parte da sua utilização, incluindo as compras físicas. Utilizar também o multibanco, que hoje é possível só com o telemóvel fazer todas as operações. No final do ano, quisemos também trazer o “Ser Solidário” para o MB Way, porque acreditamos que a tecnologia só faz sentido se puder estar ao serviço das pessoas e da comunidade. Queremos tambémcontinuar a apoiar e a facilitar os pequenos donativos para as instituições que fazem parte deste serviço.

PME Mag. – Para quando a internacionalização do MB Way?

M. C. T. – Anunciámos, no ano passado, que somos pioneiros e somos membros fundadores de uma associação internacional de pagamentos e de soluções de pagamentos digitais. Portanto, é um caminho que estamos a fazer por essa via e é algo em que estamos a trabalhar. Este ano já, por exemplo, tivemos a inclusão dos números internacionais no MB Way, o que já é um passo nesse sentido, complementando a nossa base de utilizadores e possibilitando que, cada vez mais, os estrangeiros que estão em Portugal, ou os portugueses que estão no estrangeiro com um número internacional possam também utilizar o serviço. Eu diria que para breve…

PME Mag. –A SIBS vence o Melhor Projeto de Transformação Digital 2019. Como é que se chega até aqui?

M. C. T. – É um enorme orgulho, sobretudo em nome desta equipa, recebermos 11 prémios de sete entidades diferentes, desde júris constituídos por personalidades até eleições dos utilizadores. Acho que tem sido um enorme trabalho em equipa. Lá está, nessa diversidade entre a SIBS mais tradicional, ou as competências core que tínhamos, e depois todas estas novas competências que também tivemos de trazer e com as quais tivemos de completar a equipa, nomeadamente todas as lógicas de inteligência artificial, de analytics, de digitalização, com muito foco e com muito esforço, com muito empenho, porque já vínhamos de uma realidade com enorme inovação. Quer dizer, tínhamos produtos, como o MB Net, que foram lançados para o online há 18 anos e sobre isso também continuamos a inovar, muitas vezes, não só no lançamento de novos produtos, mas no fundo reconfigurando produtos que já tínhamos, sempre com uma enorme consciência de se fazer muito bem o nosso core, porque na prática processamos os tais 3,8 mil milhões de transações a todo o momento e isso é algo que exige uma grande responsabilidade e uma grande atenção, mas conseguindo lançar estas novas soluções com uma enorme persistência e também com muita atenção à forma como podemos ter impacto na vida das pessoas, como é que estas soluções tecnológicas vão além da tecnologia e conseguem trazer valor, libertar tempo, trazer conveniência no dia-a-dia das pessoas. É o exemplo do MB Way, é o exemplo da SIBS Analytics, é o exemplo dos Instant Payments no caso das empresas, tem sido muito essa a lógica, tem sido muito esse o foco.

PME Mag. – Se acontecesse uma crise como a de 2008 a SIBS estaria preparada para a enfrentar?

M. C. T. – Sim, sem dúvida.

PME Mag. – Como vê a SIBS daqui a cinco anos?

M. C. T. – Desde logo, espero lançarmos nos próximos cinco anos os mesmos 60 novos produtos que lançámos agora. Continuo a ver a SIBS com esta dinâmica de inovação enorme, com este contributo muito ativo naquilo que é a digitalização dos pagamentos em Portugal, com este empenho também em ser uma bandeira da tecnologia portuguesa nos mercados onde estamos presentes, a continuar a ser um player relevante no contexto europeu, com o crescimento desta grande equipa. Hoje, somos quase cerca de mil pessoas e acho que temos de crescer não só em dimensão, mas sobretudo em talentos, em desenvolver os talentos que temos dentro de casa. E a contribuir para que os pagamentos sejam cada vez mais invisíveis, para que o sistema de pagamentos nacional continue a ser uma referência a nível internacional e para que cada vez mais as pessoas possam ter apenas o seu smartphone ou o device que escolham para fazer os seus pagamentos – aliás, para comprar, que se esqueçam quase da componente do pagamento.

PME Mag. – Como concilia a sua vida pessoal e profissional?

M. C. T. – Como em tudo, é um tema de organização. Temos de fazer as nossas escolhas, essa é a primeira questão que é preciso ter presente. É algo que sempre fiz ao longo da minha carreira e, obviamente, é algo que também é muito enriquecedor, porque a componente pessoal é uma inspiração grande para aquilo que fazemos e que trazemos no dia-a-dia na nossa vida profissional e vice-versa.

A SIBS NA ERA PÓS-COVID

PME Mag. – Desde que foi decretado o confinamento, o que é que mudou?

M. C. T. – O mundo mudou muito, não só na SIBS, mas em geral. Todos nós estamos a viver uma época sem precedentes, a forma como trabalhamos, como convivemos, como nos entretemos está a mudar completamente. A SIBS, até antes da declaração do estado de emergência, acionou um plano de contingência – tínhamos já um plano de continuidade de negócio bastante exaustivo, fruto do que é a nossa atividade como infraestrutura e como empresa tecnológica de referência. Ativámos o plano de contingência e estamos, maioritariamente, em teletrabalho, sendo que as equipas críticas estão ainda no local. Agora, o que verdadeiramente mudou são também os desafios que se colocam à nossa atividade, acelerando aquilo que era uma tendência que já vinha de trás que é a crescente digitalização e eletronização dos pagamentos. Se há algo que é marcante neste momento, é uma alteração abrupta naquilo que são os hábitos das pessoas em todas as suas dimensões, mas também na forma como compram, pagam, como, no fundo, satisfazem as suas necessidades do dia-a-dia. Isto, se alguma coisa vem trazer à SIBS é acelerar os seus desafios de digitalização e também demonstrar a importância de uma empresa tecnológica portuguesa, de base portuguesa. Porque também se há algo que este momento trouxe de novo, além dos hábitos das pessoas, das empresas, é uma descontinuidade naquilo que era um processo de globalização. Cada vez mais – e este momento vem mostrar isto – é muito importante a capacidade de autonomia dos países e dos mercados nas suas infraestruturas críticas e, obviamente, a infraestrutura de pagamentos e a atividade e a tecnologia que a SIBS disponibiliza são críticos e temos tido o foco de estar à altura de responder a este desafio, contribuindo de forma muito ativa em tudo aquilo que são as nossas áreas de intervenção para minimizar o impacto que esta pandemia está a ter na vida dos portugueses, das empresas e dos indivíduos e contribuir também de forma ativa para mitigar a sua propagação, nomeadamente através das soluções digitais que disponibilizamos.

PME Mag. – Quantos trabalhadores têm em teletrabalho e presencialmente?
M. C. T. –
Temos cerca de 700 trabalhadores em teletrabalho e cerca de 300 que estão on premises, mas obviamente também a trabalhar de uma forma diferente. Todas as equipas que estão de forma incansável a assegurar estas infraestruturas críticas e que precisam de o fazer no local estão a trabalhar numa lógica de espelho e em turnos não simultâneos, também tirando partido das nossas infraestruturas segregadas, exatamente para assegurar o máximo de resiliência e para estarmos, como sempre, em permanência, 24 sobre 7. A SIBS é uma empresa, nessa medida, resiliente. A nossa preocupação é, desde logo, a saúde dos nossos que é a sua atividade e o trabalho desses nossos colaboradores, mas também do ponto de vista daquilo e obviamente o foco operacional. A SIBS é uma empresa robusta, a sua atividade também tem sido impactada, mas temos, ainda assim, um nível de atividade que nos permitiu não recorrer ao lay-off.

PME Mag. – De que forma é que esta pandemia impactou o negócio da SIBS?

M. C. T. – Acho que separaria aqui em vários momentos: é óbvio que a atividade da SIBS, sendo tão central no dia-a-dia dos portugueses e das pessoas, está a ser impactada naquilo que é esta grande alteração de hábitos de consumo. Num primeiro momento, quando foi declarado o estado de emergência, houve uma alteração bastante dramática e um impacto significativo na principal atividade da SIBS, fruto também do confinamento que foi decretado com esse estado de emergência. Aí, fruto desse confinamento e da alteração dos hábitos de consumo dos portugueses, tivemos um impacto bastante significativo na atividade. Estamos a divulgar semanalmente os números também relacionados com os indicadores de consumo, através do SIBS Analytics e isso foi bastante visível. A frequência com que os portugueses compravam decresceu em 50% e isso também se traduz na nossa atividade. Mais recentemente, nesta etapa de desconfinamento, tem-se verificado já uma recuperação desta atividade, ainda que estejamos com uma quebra de cerca de 30% na atividade de compra. Também há aqui um efeito positivo de estímulo à nossa atividade, até mais do ponto de vista de inovação e de desenvolvimento, que é o facto de, ao mesmo tempo que se assiste a esta tendência e a este decréscimo de frequência de compras, há uma aceleração significativa da digitalização e uma adoção crescente dos meios de pagamento eletrónicos. Nesse contexto, é com bastante orgulho que contribuímos com o MB Way, que é das formas de pagar mais recomendadas no contexto desta pandemia, porque é uma forma de pagamento sem contacto. O MB Way tem, neste momento, mais de 2,4 milhões de utilizadores e cerca de sete milhões de transações por mês e tem crescido significativamente no contexto desta pandemia. Também do lado da transformação e da nossa atividade mais perto dos nossos parceiros e mais perto das empresas, o que se assiste é a uma maior digitalização nessa perspetiva. Vemos que houve setores que foram muitíssimo impactados neste contexto de confinamento, houve uma concentração grande de consumo dos portugueses nos setores mais essenciais – o retalho alimentar, os supermercados, os hipermercados, as mercearias, as farmácias e as parafarmácias, que passaram a ter um peso de cerca de duas em cada três compras dos portugueses. Começa-se já a ver alguma dispersão e a retoma de alguns outros setores, mas, sobretudo, o que se assistiu foi também do lado das empresas a uma transformação grande para os métodos e os modelos não presenciais, para o e-commerce e, também nessa medida, a SIBS, através das suas soluções digitais, está a ter um crescimento, uma aceleração na adoção dessas soluções, podendo contribuir para a transição destas empresas para o digital, que neste contexto tiveram de o fazer de forma bastante mais acelerada e mais abrupta. Obviamente, os impactos são, no conjunto da atividade, em termos de volume, negativos, mas os novos desafios que trouxeram estão, por outro lado, a ser um estímulo para desenvolver todas as áreas de digitalização que são agora a nossa grande aposta de inovação e também outras áreas em que queremos contribuir do ponto de vista da solidariedade e de impacto para a sociedade. Posso referir que a nossa fábrica de cartões está a produzir viseiras – há aqui também a alteração de algumas atividades no sentido de podermos contribuir para aquilo que este momento exige.

PME Mag. – Que medidas tomaram para fazerem a retoma em segurança?

M. C. T. – Desde logo, as formas de trabalhar vão adaptar-se de uma forma absolutamente nova. Esta retoma será feita de uma forma progressiva, mas também é verdade que estas várias semanas que estivemos em teletrabalho, ou que uma grande parte das nossas equipas estiveram em teletrabalho estão a fazer-nos repensar algumas das formas como trabalhamos e com que nos organizamos, sobretudo entre as equipas em várias geografias. Estamos a preparar o regresso dessas equipas que estão em teletrabalho, vamos fazê-lo de uma forma faseada, seguindo as recomendações das autoridades de saúde, fortalecendo e reforçando as medidas de higienização e também de prevenção e de educação dessa higienização, todos os cuidados de monitoria térmica e de saúde que terão de ser feitos, garantir o escalonamento das equipas… Vamos continuar a fazer este regresso de uma forma faseada, por turnos não simultâneos e garantindo que há os devidos cuidados e ressalvas do trabalho em espelho nas atividades críticas. Estamos, inclusivamente, a duplicar as instalações das nossas equipas críticas, também para reforçar essa simultaneidade e, no fundo, estas são as principais medidas, sempre a par e passo com aquilo que são as recomendações das autoridades de saúde.

PME Mag. – E agora, como vê o futuro da SIBS?

M. C. T. – A grande incógnita não será o futuro da SIBS, mas como é que será a retoma da nossa economia. Há várias versões, algumas até equiparadas com letras, acho que todos já temos a consciência de que isto não será uma recuperação em V, não é uma crise com recuperação rápida. A nossa grande questão é se isto será uma recuperação mais em U, uma recuperação mais rápida, ou mais em L, mais progressiva, ou eventualmente se não teremos aqui uma recidiva e um novo surto deste vírus e isso provavelmente seria o cenário mais dramático – não para a SIBS, mas para a economia como um todo. Independentemente deste contexto, há algo que é muito promissor na nossa atividade: o facto de estarmos nesta crescente digitalização é uma transformação sem precedentes, mas é uma transformação que, tendo sido acelerada por um evento conjuntural terá, com certeza, um impacto estrutural. Portanto, acreditamos e vamos continuar a contribuir de forma bastante ativa para a digitalização dos portugueses e também dos outros mercados em que estamos presentes. Estamos a continuar as nossas atividades de investimento e de investigação e desenvolvimento exatamente nesse sentido. Portanto, o futuro para a SIBS será promissor, obviamente empenhado em poder acompanhar, apoiar e contribuir para a recuperação da economia, dos agentes económicos, dos indivíduos, porque também assumimos como nossa essa missão, conseguindo introduzir formas de pagamento que acabam por ser uma interação social tão importante neste contexto, eficientes, convenientes, seguras e práticas. Também é importante reforçar que todo o paradigma de processos produtivos está a ser alterado e está a vir ao de cima também a importância das atividades locais e o foco dessas atividades, porque estamos a ter uma reformulação gigantesca nos processos produtivos e nas dependências que existiam entre o país e entre os mercados.

Veja o vídeo da entrevista:

Vídeo: NortFilmes

*NOTAS: a primeira entrevista realizou-se a 15 de janeiro de 2020 e a última
a 22 de maio de 2020. Dados de compras físicas com MB Way atualizados
segundo a entrevista de 22 de maio de 2020

“Empresas vão ter de resistir num cenário adverso muito difícil” – Mário Jorge Machado

Por: Ana Rita Justo

O setor têxtil foi profundamente afetado pela quebra de atividade com a Covid-19. A certificação para produção de máscaras sociais e equipamentos de proteção veio ajudar, mas a incerteza ainda é grande. Mário Jorge Machado, presidente da Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP) revela as principais preocupações do setor.

PME Magazine – Que impacto no setor teve a certificação para a chamada máscara social?

Mário Jorge Machado – Uma grande percentagem (cerca de 70%) de empresas do setor têxtil e vestuário aderiu ao lay-off simplificado, total ou parcial, em consequência de uma drástica redução na procura, não havendo ainda expectativas positivas face a uma retoma da atividade no setor. A produção de máscaras sociais (e de outros equipamentos de proteção individual ou artigos para a área hospitalar) permitiu que algumas empresas do setor continuassem a ter alguma atividade. Todavia, na maioria dos casos essa atividade não é suficiente para manter ativos todos os trabalhadores dessas empresas. Apenas umas centenas de empresas estão envolvidas na produção destes produtos. No último inquérito que fizemos, um quarto das empresas assinalaram estar a trabalhar nesta área.

PME Mag. – Pode partilhar connosco as principais conclusões desse inquérito?

M. J. M. – Das respostas que já recebemos, podemos partilhar o seguinte: 42% das empresas que responderam tiveram uma redução do volume de negócios superior a 50% em abril, sendo que as expectativas para maio se mantêm na mesma linha, com 36% das empresas a afirmar que terão uma quebra na faturação superior a 50%. 69% das empresas previam continuar em lay-off (total ou parcial) em junho.

PME Mag. – Quais as principais preocupações apresentadas pelas empresas?

M. J. M. – As empresas identificam a falta de encomendas, atrasos nos pagamentos por parte dos clientes, problemas de tesouraria, dificuldades no acesso aos apoios do Estado, com particular destaque para as dificuldades de acesso às linhas de crédito Covid-19. Há uma grande incerteza quanto à retoma nos próximos dois meses: apenas 8% das empresas acredita numa retoma da atividade com níveis superiores a 80%, até ao final do mês de julho; 19% acredita que a essa data poderemos ter uma retoma entre 60% a 80%; 25% antevê uma retoma entre 40% a 60%; 23% prevê que seja entre 20% a 40% e outros 25% estimam uma retoma da atividade inferior a 20%.

PME Mag. – Como estão as empresas do setor a reagir a esta nova realidade? O que mudou?

M. J. M. – Conforme referi, a realidade que ainda se vive no setor é pautada pela falta de procura e quebra nas encomendas, sobretudo de artigos de moda e têxteis para o lar, mas também nalguns produtos mais técnicos, como têxteis para o setor automóvel. Esta quebra de procura tem impacto em toda a cadeia de abastecimento, desde as matérias primas até ao produto final, passando pelas atividades de enobrecimento. Se pensarmos no vestuário ou têxteis para a casa, verificou-se uma quebra drástica no consumo deste tipo de artigos nos últimos meses, um pouco por todo o mundo (a maioria dos produtos fabricados em Portugal têm como destino mercados da União Europeia) e, apesar de estarmos a assistir a uma abertura gradual das lojas, há uma grande incerteza e falta de confiança quanto ao futuro, com muitas variáveis no desconhecido, como por exemplo, a possibilidade de um novo surto e de novas medidas restritivas e ainda o impacto da pandemia no nível do rendimento das famílias e incerteza quanto às suas prioridades e níveis de consumo. Neste contexto, é ainda difícil planear e antecipar as necessidades de produção. Face a este cenário de incerteza, acreditamos que as marcas, nos próximos tempos, irão privilegiar encomendas mais pequenas e fornecedores que sejam flexíveis e capazes de uma resposta rápida, atributos que caracterizam a indústria têxtil e vestuário portugueses. Todavia, até ao momento, a maioria das empresas deste setor vai ter de resistir num cenário adverso muito difícil, para o qual será fundamental o reforço dos apoios, nomeadamente na componente financeira.

Artigo originalmente publicado na edição de Julho de 2020

Impressão 3D revoluciona equipamentos de proteção

Por: Ana Rita Justo

A FAN 3D foi uma das empresas que se adaptou para fabricar viseiras a partir da impressão em 3D, com ajuda de muitas outras empresas e pessoas que também queriam ajudar. O futuro antevê novos desenvolvimentos em equipamentos para espaços comerciais e consultórios médicos.

As potencialidades da impressão 3D são imensas, mas nem toda a gente parece acreditar nisso. Eurico Assunção acredita. Foi por isso que, no ano passado, fundou a FAN 3D para fazer consultoria em engenharia e revenda de equipamentos de impressão 3D. O que ele não sabia é que este ano iria estar a usar esses equipamentos para produzir viseiras.

A pandemia de Covid-19 trouxe várias necessidades de diferentes equipamentos de proteção. A FAN 3D é uma microempresa de consultoria em engenharia e foi fundada por Eurico Assunção – que acumula funções na Federação Europeia de Soldadura – e por outras duas colegas da Federação, Rute Ferraz e Luísa Coutinho.

Quando a Covid-19 chegou a Portugal, o fundador apercebeu-se de que havia falta de viseiras no hospital de São Bernardo, Setúbal, cidade onde reside.

“Tentámos perceber, primeiro, o que era uma viseira, fomos ver o que havia noutros países. Encontrámos algumas iniciativas de impressão 3D de viseiras, arranjámos o ficheiro e imprimimos. Umas colegas testaram num turno, voltámos a imprimir com ajustes até chegarmos às finais”, revela o responsável.

A partir daí, o movimento escalou: “Começámos a ter pedidos de todo o país, a ter pessoas a contactar-nos porque tinham uma impressora 3D e queriam ajudar”.

Rapidamente, a FAN 3D criou um formulário online para receber os pedidos e outro para quem quisesse ajudar. Com a ajuda de pessoas de todo o país e também de empresas como a Autoeuropa, que imprimiu viseiras, ou como a Filkemp ou a Lisnave que doaram material, foram produzidas e doadas mais de seis mil viseiras a profissionais de saúde de todo o país.

“Só conseguimos fazer isto porque tivemos muita gente, individuais e empresas, a ajudar-nos”, ressalva o engenheiro mecânico.

Além das viseiras para adulto, a FAN 3D também desenvolveu viseiras para crianças para entregar no Hospital de São Bernardo, de forma que as crianças que acedam às urgências estejam também protegidas. Outros materiais foram também bem-sucedidos, como fitas em nylon para prender as máscaras, de forma a não causar feridas nas orelhas dos profissionais de saúde.

Novos produtos no horizonte

A febre das viseiras deu, entretanto, espaço para pensar novos equipamentos neste contexto de pandemia e é nisso que agora a FAN 3D está a focar-se.

“Isto permitiu-nos explorar outras coisas que não tínhamos tido tempo de explorar, fazer testes, prototipagens diferentes. Não somos os únicos a produzir viseiras, mas o facto de termos sido os primeiros e de termos um contacto muito próximo com profissionais de saúde permitiu-nos entrar noutros produtos e é algo que agora estamos a ver como é que podemos adaptar às nossas atividades normais”, explica.

O foco, agora, está em produtos “associados à reabertura de espaços comerciais e consultórios” médicos, como pequenos adaptadores para abrir portas sem usar as mãos, mas apenas os braços, produzidos com material antibacteriano.

Eurico Assunção revela, ainda, a possibilidade de a FAN 3D dedicar-se mais aos equipamentos médicos e à certificação dos mesmos: “Os médicos não tinham noção da capacidade da tecnologia 3D e acho que agora as pessoas vão começar a olhar para ela com outros olhos”.

Artigo originalmente publicado na edição de Julho de 2020

Reinventar para ajudar

Por: Mariana Barros Cardoso

São várias as empresas que, todos os dias, têm de reinventar-se para dar continuidade ao seu negócio numa altura em que o mundo encara uma pandemia. A Covid-19 trouxe a capacidade de os empresários perceberem o que é que podiam fazer para manter postos de trabalho, as empresas a funcionar e muitos perceberam como é que podiam ajudar. O álcool gel esteve em falta durante algum tempo e a Casa Ermelinda Freitas e a Black Pig Gin foram duas das empresas que reinventaram o álcool para produzir um bem fundamental na luta contra a propagação da doença.

Durante muito tempo faltou solução de álcool desinfetante em Portugal, situação que levou ao aumento astronómico de preços deste que acabou por tornar-se num bem essencial. Cientes deste problema, algumas empresas que lidam diretamente com o álcool arranjaram forma de o transformar… em gel.

Foi na procura de empresas que se tenham reinventado que vimos sentido em falar com a Casa Ermelinda Freitas que, juntamente com o Instituto Politécnico de Setúbal (IPS), está a produzir álcool gel e viseiras.

Na iniciativa de reinvenção que junta a empresa vitivinícola e o IPS, o fabrico dos já cerca de seis mil litros de álcool gel está a ser desenvolvido nas instalações da Casa Ermelinda Freitas, em Fernando Pó, Palmela, embora tenha sido o IPS o responsável pelo desenvolvimento tecnológico que culminou na criação da solução antissética. Um trabalho que orgulha bastante a sócia-gerente da Casa Ermelinda Freitas, Leonor Freitas, que adianta que “nesta fase as preocupações devem estar centradas nas pessoas, depois nas pessoas, e ainda nas pessoas”.

Quem também pensou nas pessoas foi Miguel Ângelo Nunes, fundador da Black Pig Gin, que conta que a ideia de produzir álcool gel surgiu do sentimento de ajudar a comunidade, afirmando que não podia “virar a cara à situação”, prevalecendo a vontade de “fazer algo pela região” (Santiago do Cacém), num momento em que se vive uma situação nova.

No caso de Miguel, o desinfetante foi produzido na destilaria onde produz gin e rum, não havendo uma necessidade de readaptação, uma vez que a estrutura leve com que conta tem vários níveis de formação, o que permitiu reconverter o processo produtivo para álcool gel e desinfetante. Embora tivesse o conhecimento para o fazer, a destilaria do litoral alentejano esteve em contacto permanente com entidades competentes para o controlo total do produto final que começou logo a ser oferecido e distribuído ao Hospital do Litoral Alentejano e, segundo foi apurado pelo município de Santiago do Cacém, a distribuição foi feita a cerca de 1300 empresas. Na génese desta ação está o estímulo para a reabertura dos negócios do concelho, que se depararam com uma quebra na receita e com os custos com equipamentos de segurança, conta-nos Miguel.

Também a produção do álcool gel pela Casa Ermelinda Freitas foi distribuída em hospitais e IPSS do distrito de Setúbal, onde é sediada a empresa vinícola. Leonor Freitas sentiu necessidade de colaborar com instituições mais desfavorecidas, como lares, prisões e outras instituições carenciadas de idosos.

“Nesta fase as preocupações devem estar centradas nas pessoas”, diz Leonor Freitas

Ambas as iniciativas tiveram o apoio dos seus municípios.

“Não há dúvida que, juntando vontades, saberes, colaboradores podemos ser solidários e, com um pequeno gesto, fazer uma grande mudança e ajuda para a vida das pessoas e instituições”, sublinha Leonor Freitas.

A Black Pig Gin também quis fazer um pequeno gesto para uma grande mudança e, dessa forma, juntou-se à causa de ajuda do Badoca Safari Park – um parque do concelho de Santiago do Cacém que conta com mais de 400 animais de 75 espécies – em que, na compra de cada garrafa no site da empresa, a marca oferece dez quilos de cereais para a alimentação dos animais do Badoca Park.

Quando questionado sobre o valor de mercado que comporta todo o álcool gel que já doou, Miguel prefere não o mencionar.

“Achamos que, no contexto atual, não é o mais importante. O importante é ajudar o próximo e não os custos financeiros.”

No entanto, e de alguma forma, os clientes da Black Pig Gin quiseram ajudar o fundador da empresa e começaram por comprar uma garrafa de gin por cada doação feita pela destilaria, o que Miguel releva ter tido uma importância “crucial”.

“O importante é ajudar o próximo e não os custos financeiros”, diz Miguel Nunes

Também para a Casa Ermelinda Freitas foi importante a colaboração da destilaria Vinisol, que facultou álcool a um preço mais baixo numa altura em que os custos estavam bastante elevados devido à procura. Leonor Freitas acredita que “unindo esforços podemos fazer muito mais do que isoladamente”, reconhecendo a importância de toda a ajuda técnica que foi dada pelo IPS, e que, não olhando a “valores apurados”, sabe que ao pensar nos seis mil litros, o valor é elevado, mas com a colaboração entre as três instituições foi possível.

Para a responsável, o mais importante neste momento é o que se passa com a sociedade. Embora esteja “preocupada com a economia”, está “muito mais preocupada com as pessoas”.

“Quando estivermos bem lutaremos pela economia, agora vamos lutar pelas pessoas”, assevera.

A Black Pig Gin rege-se pela paixão, perseverança e resiliência e é nessa base que tem ajudado as empresas, IPSS e o Hospital do Litoral Alentejano.

A Covid-19 chegou a Portugal em março deste ano e desde então foram várias as empresas que tiveram de se reinventar, quer para garantir a sustentabilidade do seu próprio negócio quer para ajudar empresas cuja receita não permitia que se reinventassem. Também à escala humana foram várias as empresas que uniram esforços para produzir os “bens essenciais” para a luta contra a Covid-19, como máscaras, luvas, álcool gel, viseiras e desinfetantes, que durante algum tempo estiveram esgotados.

O Governo Português criou um microsite de acesso a orientações para a colocação de produtos no mercado por parte de fabricantes nacionais que habitualmente não fazem este tipo de produção. No site, as empresas encontram direções específicas, técnicas e procedimentos administrativos que devem seguir para produzir estes materiais que podem fazer a diferença no combate à pandemia.

Artigo originalmente publicado na edição de Julho de 2020

Negócios na era (pós)Covid-19

Desengane-se quem pensa que a pandemia acabou. O mundo mudou e temos de nos habituar a viver – e conviver – com um vírus que mudou para sempre a forma de fazer negócios, de trabalhar em equipa, de fazer crescer a economia.

Apesar disso e de todas as mudanças que estão a ocorrer à nossa volta, a PME Magazine está de parabéns e completa, esta edição, quatro anos de vida. Numa altura em que muitos negócios são postos à prova e o negócio dos media é cada vez mais desafiado a fazer mais com menos, continuamos cá para lhe levar a melhor informação empresarial, certos de que juntos seremos sempre mais fortes e faremos mais pelo nosso país e pela nossa economia.

Assim pensa, também, Madalena Cascais Tomé, CEO da SIBS e figura de capa desta nossa 17.ª edição, ela que foi entrevistada pela PME Magazine em janeiro, mas, com os constrangimentos da Covid-19, também viu a publicação da sua entrevista adiada, pois valores mais altos se levantavam. Agora, partilhamos duas entrevistas com a responsável máxima da SIBS: a de janeiro e também a atualização feita no passado mês de maio, provando que negócios robustos podem abalar, mas não quebram.

Dedicamos esta edição, também, aos negócios que se reinventaram na retoma, aos movimentos voluntários criados para fazer face à pandemia, como o Tech4Covid19, à aposta da norte-americana Uphold em Braga, a novos negócios portugueses, como o da Olive Emotion, e a incubadoras que continuam a fazer de tudo para termos uma economia mais tecnológica, como o parque tecnológico de São Miguel, Nonagon.

A todos os que têm contribuído para o crescimento da PME Magazine, colaboradores, parceiros, a todas as figuras de capa e a todos os entrevistados, o nosso muito obrigado. O vosso negócio é a fonte que nos alimenta de esperança de que dias melhores virão e que estaremos cá para os viver.

Boas leituras e bons negócios!

Ana Rita Justo – Editora

Veja o vídeo:

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Fitness Factory lança apoio de 500 mil euros a pequenos ginásios

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Por Mafalda Marques

A cadeia Fitness Factory lança uma linha de apoio financeiro no valor total de 500 mil euros a ginásios que estejam em dificuldades.

Esta linha de apoio assenta em quatro eixos de acção (investimento em equipamento, formação de equipas, comunicação e captação de novos clientes e plano estratégico de recuperação) e visa de forma simples e flexível permitir ao ginásio poder integrar a rede de franchising entre duas a quatro semanas sem ter de fechar portas e sem mudanças de fundo nas suas instalações, respeitando a sua autonomia enquanto unidades independentes.

Segundo Pedro Simão, CEO da marca, “o objetivo é estes clubes (que em condições normais estariam a funcionar) não encerrem a sua atividade, mas continuem abertos e, se possível melhorem os seus serviços na comunidade que servem. Este novo projeto vai ao encontro de algo que continuamos a defender, a sustentabilidade do sector do Fitness, que cada vez mais tem a necessidade de ginásios abertos e a funcionar bem para continuar a crescer tal como tem acontecido nos últimos 3 anos “, adianta à PME Magazine.

Ao nível das vendas e da comunicação, a marca adianta que irá ter duas grandes linhas de atuação, primeiro de larga escala, a nível nacional, apostando fortemente na credibilidade e força da marca e, em segundo, a comunicação local mediante as necessidades locais do franchisado.

Com isto, contamos nesta fase aumentar o número de vendas, compensando a natural perda que os clubes estão a ter devido ao elevado pedido de cancelamentos e suspensões originados pela pandemia“, adianta Pedro Simão.

As candidaturas já se encontram abertas e qualquer ginásio pode candidatar-se enviando o seu pedido para franchising@fitnessfactory.pt.

A rede de franchising Fitness Factory tem atualmente 17 unidades em funcionamento, dois clubes em pré-venda e quatro em fase de obras, tendo previstas seis aberturas ainda durante o ano de 2020.

Venda de máscaras gera mais de mil reclamações

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A venda de máscaras de proteção gerou mais de mil reclamações no Portal da Queixa, entre 18 de março e 26 de junho deste ano.

“Em 100 dias analisados, foram identificadas 1.016 queixas. Os principais motivos estão relacionados com o atraso na entrega da encomenda, o preço excessivo, burla e não conformidade com o Citeve. Entre as cinco marcas com maior número de reclamações estão suas insígnias da SONAE: a MO Online e a Zippy”, refere o Portal da Queixa em comunicado.

No período analisado referente à primeira fase de confinamento (início do Estado de Emergência), as farmácias foram o principal alvo de reclamações, sendo as razões o valor excessivo e a escassez face à procura por parte dos consumidores.

Segundo revela o Portal da Queixa, durante os 100 dias analisados, as marcas que mais reclamações receberam relativas à venda de máscaras foram: MO Online – Modalfa (348); 365 Inbox (158); Pano Fino (43); N95 Portugal (38) e Zippy (15). Entre os principais motivos que levaram os consumidores a apresentar as suas reclamações estão: atraso na entrega das encomendas (68%), preço excessivo (12%), burla (11%), não conformidade com o Citeve (5%) e outras (4%)”, acrescenta o comunicado.

O Portal da Queixa registou, ainda, casos de burla online de consumidores que efetuaram as suas compras e nunca receberam as encomendas.

Covid 19: AIPOR garante que uso de ar condicionado é seguro

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A Associação dos Instaladores de Portugal (AIPOR) reafirma que a utilização de equipamento de Ar Condicionado é segura, não existindo risco acrescido de transmissão do vírus SARS-Cov-2.

Por Mafalda Marques

A AIPOR estima que tenham sido instalados mais de 3 milhões de aparelhos de Ar Condicionado nos últimos 15 anos e enviou um comunicado às redações a manifestar o estigma associado ao novo coronavírus.

“Qualquer partícula presente no ar, se submetida a um fluxo de ar, irá projetar-se a uma determinada distância, pelo que, se estivermos presentes num espaço interior com um indivíduo contaminado, sem proteção, e o mesmo espirrar, tossir ou mesmo ao falar, as gotículas poderão ser projetadas a maiores ou menores distâncias no caso de existir ventilação ou não. O mesmo acontece em qualquer espaço exterior onde exista algum vento, condição muito característica em Portugal”, afirma Celeste Campinho, presidente da AIPOR.

Celeste Campinho

A ideia de que o Ar Condicionado propaga o vírus responsável pelo COVID-19 ou qualquer outro vírus é completamente errada pois o mesmo não só não aumenta a carga viral, como a diminui pelo seu efeito de difusão e diluição no ar”, conclui.

O equipamento de Ventilação e Ar Condicionado não só não contribui para a propagação, como deverão manter-se a funcionar pois ajudam, em conjunto com as indicações da DGS, a mitigar a propagação da doença COVID-19, explica a associação em comunicado.

Recomendações da DECO e Direção Geral de Saúde

Num artigo dedicado à segurança do ar condicionado, dossier técnico de Isabel Oliveira e conteúdos de Ricardo Nabais e Filipa Rendo, a DECO explica que “existem instalações de ar condicionado e de tratamento de ar que são centralizadas e onde o ar circula por condutas.

Este tipo de instalação é mais comum em edifícios de serviços e de comércio. Nestes casos, o ar é captado do exterior, depois é arrefecido e, a partir daí, circula no edifício. Em edifícios maiores, pode acontecer que parte do ar interior seja recirculado entre os espaços, como forma de poupança de energia.

Em crise pandémica, a DGS recomenda que esta recirculação de ar seja desligada e que todo o ar que circula nos edifícios seja proveniente do exterior.

Os sistemas estão tipicamente preparados para fazer face a esta situação. Outra recomendação prende-se com o aumento dos caudais e períodos temporais de ventilação, para que haja uma maior renovação do ar dentro dos espaços. 

O site da DECO explica ainda que “a generalidade dos sistemas domésticos é diferente: normalmente é constituída por aparelhos split e multisplit, de uso individual para cada habitação. Nestes casos, não existe captação de ar do exterior para dentro de casa e também não existe a recirculação de ar entre espaços, para além do que ocorre pela ventilação natural e pelas janelas e portas abertas. O aparelho que está na sala de estar arrefece o ar que já estava na sala de estar.

Não existe um risco acrescido de contaminação a partir do exterior pelo uso do aparelho de ar condicionado. Mas, por si só, este tipo de aparelho não garante a necessária renovação do ar. É por isso que se recomenda a abertura frequente de janelas e portas.

Neste caso, é preferível abrir as janelas mais vezes durante o dia (a DGS menciona seis) e por períodos de tempo de cinco a dez minutos. Assim, pode ligar o seu aparelho de ar condicionado, e continuar a garantir o conforto da habitação”, adianta. 

Viagens de avião

As companhias aéreas afirmam que o ambiente a bordo dos aviões é seguro, pois o ar interno nas aeronaves é renovado a cada três minutos e há filtros que bloqueiam os vírus e bactérias, incluindo o novo coronavírus.

Mais do que a circulação e renovação do ar, o grande enfoque das companhias aéreas está no filtro HEPA. A sigla significa High Efficiency Particulate Air (Ar Particulado de Alta Eficiência, em tradução livre).

Trata-se de um filtro de ar industrial utilizado em hospitais e na indústria aeronáutica que utiliza três processos de filtragem (impacto, difusão e intercepção) para aumentar a eficiência.

O filtro HEPA é capaz de reter mais de 99,9% dos vírus e bactérias presentes no ar, e isso inclui até mesmo o novo coronavírus. O filtro HEPA capta vírus e bactérias de até 0,01 micrômetro, equivalente a um milionésimo de metro ou um milésimo de milímetro. O coronavírus é de oito a 16 vezes maior, medindo de 0,08 a 0,16 micrômetro.

Depois de ficar preso no filtro HEPA, os vírus e bactérias não sobrevivem. No local onde são instalados, a humidade relativa do ar varia entre 10% e 15%, o que impediria a sobrevivência desses microorganismos, indica o Centro de Prevenção e Controlo de Doenças.

Metro de Lisboa duplica oferta

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Por: Mariana Barros Cardoso

O Metropolitano de Lisboa – ML – vai duplicar a oferta de transportes aos fins de semana, estando a medida adicionada no âmbito do desconfinamento, com uma duplicação durante o período diurno nas linhas azul, verde e vermelha com comboios de seis carruagens a circular.

Em comunicado da empresa pública de transportes pode ler-se que “O Metropolitano de Lisboa irá implementar ajustamentos adicionais no seu nível de oferta, a partir do próximo sábado, dia 27 de junho, tendo em conta o aumento da procura que se tem verificado aos fins de semana na sua rede.”, no mesmo pode ler-se ainda que “o Metropolitano de Lisboa duplicará a oferta aos fins de semana, durante o período diurno, nas linhas Azul, Verde e Vermelha, fazendo circular comboios de seis carruagens”.

A empresa, Metropolitano de Lisboa, pede ainda a todos os utilizadores do metro que tenham especial atenção nas estações de correspondência com outros meios de transporte e que continuem a procurar carruagens mais vazias ou mesmo, se necessário, esperarem pelo comboio seguinte para que se mantenham os distanciamentos de segurança recomendados.

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É considerada identificável a pessoa singular que possa ser identificada, direta ou indiretamente, designadamente por referência a um nome, número de identificação, dados de localização, identificadores por via eletrónica ou a um ou mais elementos específicos da sua identidade física, fisiológica, genética, mental, económica, cultural ou social.

Em que consiste o tratamento de dados pessoais?

O tratamento de dados pessoais consiste numa operação ou conjunto de operações efetuadas sobre dados pessoais ou conjuntos de dados pessoais, através de meios automatizados, ou não, nomeadamente a recolha, o registo, a organização, a estruturação, a conservação, a adaptação ou alteração, a recuperação, a consulta, a utilização, a divulgação, difusão, comparação, interconexão, a limitação, o apagamento ou a destruição.

Quais são os tipos de dados pessoais que tratamos e qual a finalidade do respetivo tratamento?

Para podermos prestar-lhe os nossos serviços ou enviar-lhe as nossas comunicações, necessitamos de tratar os seus dados pessoais. Para facilidade de compreensão do fundamento e das condições do tratamento dos seus dados pessoais, optamos por enunciar as formas que os disponibilizemos:

1  Envio de newsletters electrónicas com conteúdos e participação de marcas, produtos, serviços e empresas terceiras (anunciantes) através de email: recolha dos dados pessoais nome, email, empresa e consentimento de política de privacidade;

2  Marketing direto e envio de informação sobre os produtos e campanhas da empresa e marcas associadas através de email: recolha dos dados pessoais de nome, email, contacto telefónico e consentimento de política de privacidade;

3  Perfilagem, segmentação comercial e análise de perfis de consumo de utilizadores, subscritores e assinantes: recolha dos dados pessoais de nome, morada, género (sexo), data de nascimento, profissão, habilitações literárias, país, localidade, número de telefone, email, hábitos de consumo nas plataformas digitais (site e app), histórico de subscrições ou remissões de vouchers, frequência de visita, com consentimento e prazo de retenção até retirada do consentimento;

4  Processamento de encomendas efetuadas no presente website: recolha de dados pessoais como nome, morada, número de telefone, email e dados bancários para fins de execução contratual e prazo de retenção até à retirada do consentimento;

5  Faturação de compras efetuadas no presente website:  recolha de dados pessoais como nome, morada e número de identificação fiscal, para efeitos da obrigação legal designadamente no artigo 29º, número 1, alínea b) do código do IVA, com prazo de retenção de 10 (dez) dias após a emissão de fatura nos termos do artigo 52º , número 1 do código do Iva;

6  Processamento de pedidos de informação e gestão de eventuais reclamações apresentadas pelo utilizador relativamente a produtos disponíveis no presente website: recolha de dados pessoais como nome, morada, número de telefone e email, com a finalidade legítima do responsável do tratamento de dados dar resposta às solicitações dos interessados em melhorar a qualidade de serviço, com prazo de retenção de seis meses após o envio da resposta.

Quais são os seus direitos enquanto titular de dados pessoais?

Qualquer utilizador, enquanto titular de dados pessoais goza dos seguintes direitos no que respeita ao tratamento dos seus dados pessoais:

1  Direito de acesso: sempre que o solicitar, pode obter confirmação sobre se os seus dados pessoais são tratados pela Empresa e aceder a informação sobre os mesmos, como por exemplo, quais as finalidades do tratamento, quais os prazos de conservação, entre outros;

2  Direito de retificação: sempre que considerar que os seus dados pessoais estão incompletos ou inexatos, pode requerer a sua retificação ou que os mesmos sejam completados;

3  Direito a retirar o seu consentimento: Nos casos em que o tratamento dos dados seja feito com base no seu consentimento, poderá retirar o consentimento a qualquer momento.

4  Direito ao apagamento pode solicitar que os seus dados pessoais sejam apagados quando se verifique uma das seguintes situações: (i) os dados pessoais deixem de ser necessários para a finalidade que motivou a sua recolha ou tratamento; (ii) retire o consentimento em que se baseia o tratamento de dados e não exista outro fundamento jurídico para o mesmo; (iii) apresente oposição ao tratamento dos dados e não existam interesses legítimos prevalecentes, a avaliar caso a caso, que justifiquem o tratamento; (iv) os dados pessoais tenham sido tratados ilicitamente; (v) os dados pessoais tenham que ser apagados ao abrigo de uma obrigação jurídica; ou (v) os dados pessoais tenham sido recolhidos no contexto da oferta de serviços da sociedade de informação;

5  Direito à limitação do tratamento: pode requerer a limitação do tratamento dos seus dados pessoais nos seguintes casos: (i) se contestar a exatidão dos seus dados pessoais durante um período de tempo que permita à Empresa verificar a sua exatidão; (ii) se considerar que o tratamento é ilícito; (iii) se a Empresa já não precisar dos dados pessoais para fins de tratamento, mas esses dados forem necessários para efeitos de declaração, exercício ou defesa de um direito num processo judicia; ou (iii) se tiver apresentado oposição ao tratamento e não exista um interesse legítimo prevalecente da Empresa;

6  Direito de portabilidade: poderá solicitar à Empresa a entrega, num formato estruturado, de uso corrente e de leitura automática, os dados pessoais por si fornecidos. Tem ainda o direito de pedir que a Empresa transmita esses dados a outro responsável pelo tratamento, desde que tal seja tecnicamente possível. Note que o direito de portabilidade apenas se aplica nos seguintes casos: (i) quando o tratamento se basear no consentimento expresso ou na execução de um contrato; e (ii) quando o tratamento em causa for realizado por meios automatizados;

7  Direito de não ficar sujeito a decisões individuais exclusivamente automatizadas: apesar de podermos traçar o seu perfil de modo a realizar campanhas de marketing direcionadas, em princípio, não tomaremos decisões que o afetem com base em processos exclusivamente automatizados;

8  Direito de apresentar reclamações junto da autoridade de controlo: Caso pretenda apresentar alguma reclamação relativamente a matérias relacionadas com o tratamento dos seus dados pessoais poderá fazê-lo junto da Comissão Nacional de Proteção de Dados, a autoridade de controlo competente em Portugal. Para mais informações, aceda a www.cnpd.pt.


Como pode exercer os seus direitos?

Pode exercer os seus direitos através dos seguintes canais:

-  E-mail: pode exercer os seus direitos através de e-mail, para o endereço info@pmemagazine.com

-  Carta: pode exercer os seus direitos através de carta, dirigida a e enviada para a Massive Media, Lda., morada: Lisboa Biz - Av. Eng. Arantes e Oliveira, 3, r/c , código postal 1900-221 Lisboa.

Quais as medidas adotadas pela empresa para assegurar a segurança dos seus dados pessoais?

A Massive Media Lda assume o compromisso de garantir a proteção da segurança dos dados pessoais que lhe são disponibilizados, tendo aprovado e implementado rigorosas regras nesta matéria. O cumprimento destas regras constitui uma obrigação de todos aqueles que legalmente aos mesmos acedem.

Tendo presente a preocupação e empenho  na defesa dos dados pessoais, foram adotadas diversas medidas de segurança, de carácter técnico e organizativo, de forma a proteger os dados pessoais que lhe são disponibilizados contra a sua difusão, perda, uso indevido, alteração, tratamento ou acesso não autorizado, bem como contra qualquer outra forma de tratamento ilícito.

Adicionalmente, as entidades terceiras que, no âmbito de prestações de serviços, procedam ao tratamento de dados pessoais em nome e por conta da Massive Media Lda., estão obrigadas a executar medidas técnicas e de segurança adequadas que, em cada momento, satisfaçam os requisitos previstos na legislação em vigor e assegurem a defesa dos direitos do titular dos dados.

Em que circunstâncias existe comunicação dos seus dados pessoais a outras entidades, subcontratantes ou terceiros?

Os seus dados pessoais podem ser utilizados por subcontratantes para que estes os tratem, de forma automática, em nome e por conta da Massive Media Lda. Neste caso tomaremos as medidas contratuais necessárias para garantir que os subcontratantes respeitam e protegem os dados pessoais do titular.

-  Empresas dentro do grupo Massive Media Portugal (poderá encontrar as marcas em www.massivemediaportugal.com)

-  Empresas com quem a Empresa desenvolva parcerias, nomeadamente Dinamize, Mailchimp, E-goi, entre outras a designar;

-  Entidades a quem os dados tenham de ser comunicados por força da lei, como a autoridade tributária.

Em que circunstâncias transferimos os seus dados pessoais para um país terceiro?

A prestação de determinados serviços pela Empresa pode implicar a transferência dos seus dados para fora de Portugal, incluindo para fora da União Europeia ou para Organizações Internacionais.

Em tal caso, a Empresa cumprirá rigorosamente as disposições legais aplicáveis, nomeadamente quanto à determinação da adequabilidade do(s) país(es) de destino no que respeita a proteção de dados pessoais e aos requisitos aplicáveis a tais transferências, incluindo, sempre que aplicável, a celebração dos instrumentos contratuais adequados e que garantem e respeitam as exigências legais em vigor.


Proteção de dados
A Massive Media, Lda. não recolherá automaticamente qualquer tipo de informação pessoal dos seus Utilizadores, os quais poderão navegar no site sem fornecer qualquer género de informação pessoal, permanecendo no anonimato durante a sua visita. No entanto, a Massive Media, Lda. poderá recolher informações que não sejam de carácter pessoal e que se destinem a otimizar a navegação no site.

A informação pessoal voluntariamente fornecida pelo próprio Utilizador ao proceder à compra de produtos/serviços ou ao preencher os formulários do site é para uso exclusivo da Massive Media, Lda. que poderá disponibilizá-los em representação de terceiros (anunciantes e/ou parceiros) sem o prévio consentimento do seu titular. A informação será guardada por um período de dez anos, findo o qual será pedido novo consentimento ao Utilizador.

Este website pode conter acesso a links para outros sites externos cujos conteúdos e políticas de privacidade não são de responsabilidade da Massive Media, Lda.. Assim recomendamos que, ao serem redirecionados para sites externos, os Utilizadores consultem sempre as respetivas políticas de privacidade antes de fornecerem seus dados ou informações.

 

Cookies
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Um cookie é um ficheiro informativo que é enviado do servidor do website para o browser do Utilizador e armazenado no respetivo computador.

Estes cookies serão apenas utilizados pela Massive Media, Lda. e a sua utilização limita-se às seguintes finalidades:

-  Permitir saber quem é o Utilizador e, dessa forma, prestar um serviço melhor, mais seguro e personalizado;

-  Estimar os níveis de utilização dos serviços, garantindo a privacidade e a segurança dos dados.

III) Conteúdos e Responsabilidades

A informação presente neste site foi incluída de boa fé e serve exclusivamente para informação direta do utente, sendo a sua utilização de sua exclusiva responsabilidade.

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A Massive Media, Lda., pode atualizar os termos de utilização e a política de privacidade, acompanhando as alterações decorrentes do desenvolvimento e avanços tecnológicos da própria Internet, bem como as alterações legislativas nesta área.

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A Massive Media, Lda., cooperará plenamente com quaisquer autoridades competentes para aplicação da lei ou decisão de tribunal que solicite ou ordene a revelação da identidade ou ajuda na identificação ou localização de qualquer pessoa que transmita tal conteúdo.

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O utilizador deste site concorda em defender, indemnizar e isentar de responsabilidade a Massive Media, Lda., e/ou seus diretores e funcionários de e contra qualquer reivindicação ou demanda apresentada por quaisquer terceiros, bem como de todas as obrigações, danos, custos e despesas associados (incluindo, sem limitação, honorários razoáveis de advogados) decorrentes e/ou relacionados com a utilização deste site por parte do utilizador, conteúdos por este transmitidos a este site, violação pelo utilizador de quaisquer direitos de terceiros e/ou violação por parte do utilizador dos Termos de Utilização.

 

Assinaturas

As publicações da Massive Media, Lda. podem ter condições de Assinatura diferentes ou estar disponíveis em apenas algumas das plataformas, pelo que o aconselhamos a ler atentamente as concretas condições da publicação que está a assinar e que lhe serão apresentadas no decurso do processo de assinatura.

Caso necessite de qualquer esclarecimento relacionado com qualquer uma das suas Assinaturas, poderá contactar-nos pelo e-mail info@pmemagazine.com ou pelo telefone para o 211 934 140 (dias úteis entre as 9h30 e as 18h30). Mais se informa que os contratos referentes às Assinaturas das publicações são celebrados com a Massive Media, Lda..

Registo e pagamento de assinatura

Caso o pagamento não seja integralmente recepcionado ou caso o pagamento seja cancelado, a Massive Media, Lda.. poderá suspender ou cancelar a sua Assinatura. A Massive Media, Lda. poderá, igualmente, entrar em contacto com o banco/entidade responsável pelo pagamento, bem como com as autoridades competentes, caso suspeite da existência de fraude ou de outro comportamento ilícito ou abusivo por parte do Utilizador. Os pagamentos efectuados não são reembolsáveis, excepto quando seja indicado expressamente o contrário e para as condições indicadas.

Caso deseje alterar o método de pagamento da sua assinatura poderá contactar-nos pelo e-mail info@pmemagazine.com

 

Cancelamento de assinaturas

Pode cancelar a sua assinatura a qualquer momento através do e-mail info@pmemagazine.com. Não procedemos a reembolsos de valores de assinaturas correspondentes a períodos já pagos, salvo questões específicas protegidas pela lei Portuguesa. A Massive Media, Lda. poderá suspender a sua Assinatura em caso de incumprimento dos presentes termos e condições.

 

IV) Jurisdição

Os Termos de Utilização (ponto I) e a Política de Privacidade (ponto II) acima enunciados foram regidos e serão interpretados de acordo com a lei portuguesa.
O utilizador aceita, irrevogavelmente, a jurisdição dos tribunais portugueses para dirimir qualquer conflito decorrente e/ou relacionado com os Termos e Condições, com a Política de Privacidade abaixo enunciada e/ou com a utilização deste website.

 

Litígios

Aos presentes Termos e Condições, bem como qualquer litígio inerente aplica-se a lei portuguesa. Para a resolução de quaisquer litígios, as partes elegem o foro do Tribunal da Comarca de Lisboa, com expressa renúncia a qualquer outro. Adicionalmente, em caso de litígio, o Utilizador, enquanto pessoa singular tem à sua disposição qualquer uma das seguintes entidades de resolução alternativa de litígios, sem prejuízo do recurso ao Tribunal da Comarca de Lisboa:

a) CNIACC – Centro Nacional de Informação e Arbitragem de Conflitos de Consumo http://www.arbitragemdeconsumo.org/
b) Centro de Arbitragem da Universidade Autónoma de Lisboa (CAUAL) http://arbitragem.autonoma.pt/home.asp
c) Centro de Arbitragem de Conflitos de Consumo de Lisboa http://www.centroarbitragemlisboa.pt/

Mais informações no Portal do Consumidor http://www.consumidor.pt/ e na plataforma europeia de resolução de litígios em linha em http://ec.europa.eu/consumers/odr/

V) Contacto

Para o esclarecimento de qualquer questão relacionada com os presentes termos e condições de utilização do site, o utilizador deverá contactar a Massive Media, Lda., para o seguinte endereço eletrónico: info@pmemagazine.com.

 

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Estes ficheiros recolhem um conjunto de informações sobre a sua navegação no site e são utilizados para facilitar a sua experiência de utilização e torná-la mais simples, e não danificam o seu computador.

 

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