Sábado, Novembro 23, 2024
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“Queremos estar mais próximos da realidade lusófona” – Anabela Chastre

Por: Marta Godinho

É já na segunda-feira que tem início a terceira edição digital da Cimeira Lusófona de Liderança (CLL), que visa debater temáticas fundamentais para o desenvolvimento da liderança nos países lusófonos com base no elemento-chave: “liderança e-mocional”. Em entrevista à PME Magazine, Anabela Chastre, presidente da CLL e CEO da Chastre Consulting, fala sobre as suas expectativas e principais diretrizes do evento e de como a liderança é capaz de integrar o digital.

PME Magazine – Quais são as suas expectativas para esta terceira edição?

Anabela Chastre – Nesta terceira edição, queremos estar mais próximos da realidade lusófona e, por isso, elegemos Cabo Verde como país anfitrião para receber a Cimeira Lusófona de Liderança. A CLL vai ter um dia presencial em São Vicente e vamos ter a honra nesse dia de ter a presença do presidente da República de Cabo Verde como orador principal. Além, em contexto online, as nossas expectativas são bastante elevadas em relação aos temas a serem debatidos e aos oradores convidados. Acreditamos que vai ser muito rico em partilha e troca de experiências das diferentes realidades lusófonas.

PME Mag. – Uma boa liderança é um fator decisivo no desenvolvimento de uma empresa? E de um país?

A. C. – Uma boa liderança é a base do sucesso de qualquer organização. Precisamos de bons líderes que saibam agregar os liderados rumo ao propósito e visão da empresa. Para tal, os líderes precisam de ser bons estrategas, bons comunicadores e, acima de tudo, bons seres humanos e este princípio é válido tanto para liderar uma empresa, como um país.

PME Mag. – A escolha de Cabo Verde como país anfitrião teve algum motivo particular

A. C. – Cabo Verde reúne uma série de razões para ser o país anfitrião, desde a necessidade que tem em debater estes temas da liderança e das soft skills ainda pouco desenvolvidos nas organizações, como o facto de, embora pertença a África, a sua realidade ser diferente por exemplo da de Angola ou Moçambique. É importante o paísabrir-se ao mundo lusófono e capitalizar no conhecimento partilhado.

PME Mag. – O digital é cada vez mais o futuro. Como vê a conciliação entre o digital e a liderança?

A. C. – O ritmo da mudança é cada vez maior e exige novas competências dos líderes. Os líderes têm cada vez mais de ser digitais e analíticos, ter a capacidade de procurar dados, analisá-los e, com isso, definir estratégias para controlar os desafios do presente. 

PME Mag. – Como é que o público vai conseguir, remotamente, assistir a 40 líderes discursarem dentro da mesma plataforma sem problemas?

A. C. –As condições técnicas estão asseguradas para que corra tudo bem. A nossa plataforma é bastante robusta, de forma a garantir o bom funcionamento durante toda a transmissão. Temos consciência de que a velocidade da internet não é igual em todo o lado, mas garantimos que quem se inscrever gratuitamente terá acesso a muitos recursos durante e após a semana da cimeira.

PME Mag. – A escolha dos líderes para o evento ligada ao tema deste ano foi fácil?

A. C. –Não é fácil, quando queremos os melhores, mas temos tido muita adesão dos oradores convidados, porque eles acreditam muito no projeto. E isso torna as coisas mais fáceis.

PME Mag. – Quais são as projeções que tem para o próximo ano?

A. C. –Ainda estamos muito concentrados nesta edição e em recolher feedback dos participantes para avançarmos para a próxima. Mas já temos umas ideias fantásticas!

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