Sexta-feira, Abril 25, 2025
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Empresas registaram quebras no volume de negócio

Segundo a Informa D&B, cerca de metade das empresas registaram quebras no volume de negócio e quase um terço registaram quebras de faturação superiores a 20%. As empresas mais afetadas pertencem aos setores do alojamento e restauração, transportes e serviços gerais.

De acordo com a avaliação da Informa D&B, mais de metade das empresas tiveram quebras no seu volume de negócio em 2020, e cerca de um terço registou quebras de faturação na ordem dos 20%, acabando por inverter “a tendência de 2019”.

A “Avaliação dos impactos da pandemia no volume de negócios das empresas em 2020” revelou quais os impactos nas organizações resultantes da pandemia Covid-19. Concluiu-se que a quebra da atividade económica, sentiu-se de forma global, o que “resultou numa queda do PIB português de 7,6%, tendo sido criados apoios para as empresas, como apoios à tesouraria, ao lay-off ou moratórias de crédito”.

Os resultados mostram que três quartos das empresas do setor do alojamento e restauração registaram perdas no volume de negócios. Também os setores dos transportes, dos serviços gerais, grossistas, retalho e indústrias registaram quebras acentuadas.

Contudo, alguns setores conseguiram fazer crescer o seu negócio em 2020. Cerca de 40% das organizações dos setores da construção, tecnologia da informação e comunicação (TIC) e agricultura e outros recursos naturais registaram um crescimento positivo.

Relativamente às quebras na faturação, os setores do alojamento e restauração e transportes são os mais preocupantes, pois há “mais de um quarto das empresas com quedas acima dos 50%”.

Quando analisados os subsetores percebe-se que aqueles integrados no setor do alojamento e restauração “tiveram uma elevada percentagem de empresas a decrescer significativamente o seu negócio”. Por oposição, o subsetor do retalho generalista foi o que mais contribuiu para o crescimento das empresas, assim como “algumas atividades do setor da construção e das TIC, fruto da crescente procura de soluções informáticas de telecomunicações”.

Em comunicado, a Informa D&B salienta, ainda, que o ano passado houve “menos empresas com quebras no volume de negócio do que na crise anterior”.

“Neste momento o foco será o mercado interno” – Andreia Jotta

Depois de ter passado por instituições como a UNESCO, Ministério das Finanças, IFE – International Faculty of Executives e pelo Instituto Informação e Franchising, Andreia Jotta assume agora a direção de Marketing e Parcerias da Yunit Consulting.

Andreia Jotta acaba de assumir a direção de Marketing e Parcerias da empresa Yunit Consulting. Licenciada em Relações Internacionais, o percurso profissional da nova diretora levou-a para a área de relacionamento com o cliente e marketing, ligado ao ramo das vendas B2B.

Segundo Bernardo Maciel, CEO da Yunit, “este reforço da equipa insere-se no âmbito da aposta da Estratégia 2020-2022 da Yunit, que tem como objetivo criar mais valor para parceiros e PME, através das nossas competências diferenciadoras, de forma a ajudar as organizações a dar o salto”.

Depois de 20 anos de experiência e em entrevista à PME Magazine, Andreia Jotta explica como surgiu a oportunidade de integrar o cargo de diretora de Marketing e Parceria da Yunit, e quais as motivações que a levaram a aceitar este novo desafio profissional.  

PME Magazine (PME Mag.) – Como surgiu o convite para assumir o cargo de diretora de Marketing e Parcerias na Yunit Consulting?

Andreia Jotta (A. J.) – O convite surgiu no seguimento de uma parceria existente entre a Yunit e a Câmara de Comércio, que tem mais de três anos, ao longo dos quais foram reforçadas as relações pessoais e profissionais entre os interlocutores de ambas as organizações. Esta relação acabou por revelar a existência de um alinhamento muito grande entre mim e a Yunit em termos de propósito, visão e valores: ousadia, confiança, transparência, compromisso e individualidade.

PME Mag. – Quais considera ser as mais-valias que traz para a Yunit?

A. J. – Ao longo de mais de 20 anos de carreira tenho feito por cultivar a construção de relacionamentos. Sou uma “pessoa de pessoas”, orientada para o cliente, enérgica, resiliente, organizada e acredito que esta minha atitude positiva irá entusiasmar e inspirar a equipa em que me insiro agora, contribuindo desta forma para a concretização dos objetivos e da missão da Yunit. Numa perspetiva mais prática, creio que poderei fazer a diferença na organização trazendo uma experiência e abordagem ao marketing na vertente B2B focada na geração de negócio para a empresa, contribuindo desta forma para uma maior integração e alinhamento entre marketing e vendas.

“Esta relação acabou por revelar a existência de um alinhamento muito grande entre mim e a Yunit em termos de propósito, visão e valores”

PME Mag. – Na sua opinião, que área estratégica da Yunit tem mais potencial de crescimento?

A. J. – As áreas de Benefícios Fiscais e Incentivos ao Investimento são aquelas em que Yunit já está muito bem posicionada e as suas valências são claramente reconhecidas pelo mercado. O desafio será reforçar a nossa proposta de valor na área de Consultoria de Gestão, em que pretendemos ser o principal parceiro das empresas, desde o pensamento estratégico à implementação da mudança.  Esta proposta traduz-se em servir o mercado numa lógica de one-stop-shop em que disponibilizamos competências que servem as empresas de forma integral e holística em todas as frentes no apoio à gestão: do Corporate Finance ao Apoio ao Investimento e ao Financiamento, mas também na Eficiência Operacional, Fiscalidade e ou Gestão de Projetos, sempre com o foco na melhoria da performance e criação de valor para os nossos clientes.

PME Mag. – A sua área de intervenção será apenas nacional ou também internacional?

A. J. – Neste momento, o foco será o mercado interno tendo em conta o plano estratégico 2020 – 2022 que foi definido. Num futuro próximo, poderá ser mais abrangente, até porque temos prestado serviços no apoio ao investimento direto estrangeiro. De forma direta ou via parcerias, temos apoiado, pontualmente, algumas empresas e investidores a estabelecerem-se no mercado nacional. É objetivo para 2022 tornar esta ação mais efetiva e proativa. Espanha, Reino Unido e América Latina são a origem dos casos já trabalhados.

“Numa perspetiva mais prática, creio que poderei fazer a diferença na organização trazendo uma experiência e abordagem ao marketing na vertente B2B focada na geração de negócio para a empresa”

PME Mag. – A Yunit tem como público-alvo as PME. Que conhecimento de terreno traz para aportar valor à estratégia da Yunit?

A. J. – As PME são o motor do desenvolvimento da economia nacional, representando 99,9% do total das empresas no nosso país, por isso, são claramente o nosso segmento natural. Enquanto diretora de marketing da Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa tive oportunidade de conhecer e acompanhar a realidade e os desafios destas empresas. Trazer esse conhecimento para a Yunit será com certeza muito útil para o desenho de soluções mais relevantes e ajustadas àquilo que são os desafios destas empresas.

PME Mag. – Como vê a Yunit daqui a um ano?

A. J. – Acredito que a Yunit possui um ADN que faz a diferença porque, para sermos um valor acrescentado para as PME, temos de saber o que é viver como PME. Ter as mesmas dificuldades e desafios faz-nos estar mais próximos de sermos relevantes para os nossos clientes e colocarmos as suas necessidades no centro da nossa atuação. Por isso, estou certa de que este caminho que estamos a fazer irá permitir que, daqui a um ano, possamos olhar para o nosso tecido empresarial e constatar que temos empresas mais competitivas, mais bem preparadas, que criam mais valor para a economia nacional e orgulharmo-nos de poder dizer que desempenhámos um papel relevante nesta transformação.

Covid-19: saiba tudo o que muda a partir de 1 de agosto

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Após uma reunião do Conselho de Ministros, o primeiro-ministro, António Costa, anunciou as novas medidas que vão entrar em vigor a partir de domingo, dia 1 de agosto.

“Três fatores justificam (estas medidas): a taxa de vacinação é hoje sensivelmente homogénea em todo o território; segundo, porque a atual variante Delta é predominante em todo o território; e, por fim, vamos entrar num período de grande mobilidade interconcelhia e inter-regional devido às férias. Faria pouco sentido essa diferenciação”, explicou o primeiro-ministro.

O anunciou foi feito ontem após uma reunião do Conselho de Ministros, na qual António Costa explicou que este é o momento para o país “passar a conduzir a gestão da pandemia em função de um critério fundamental que é a taxa de vacinação”.

Desta forma, o Governo definiu três datas para as medidas entrarem em ação, começando a primeira fase já este domingo, dia 1 de agosto. Assim, as medidas diferenciadas por concelho vão deixar de existir e todas as regras serão aplicadas na totalidade do continente.

A partir de 1 de agosto deixam de existir as restrições por concelho e acaba o recolher obrigatório às 23h nos concelhos de risco elevado e muito elevado. Também o teletrabalho deixa de ser obrigatório, passando apenas a ser recomendado. Ainda assim, o consumo de álcool na via pública continua a ser proibido, assim como existem atividades que permanecem sem autorização para abrir.

Conheça agora as diferentes fases previstas para o desconfinamento.

Fase 1 – começa dia 1 de agosto:

– Fim da limitação horária de circulação na via pública;

– Permitidos eventos desportivos com público, com regras a definir pela DGS;

– Espetáculos culturais com 66% da lotação;

– Casamentos e batizados com lotação máxima de 50%, podendo decorrer até às 2h;

– Equipamentos de diversão podem funcionar seguindo as regras da DGS e em local autorizado pelo município;

– Teletrabalho deixa de ser obrigatório e passa a ser recomendado sempre que as atividades o permitam;

– Bares podem reabrir estando sujeitos às regras dos restaurantes;

– Continuam encerradas as discotecas, festas e romarias populares;

Fase 2 – arranca quando 70% da população tiver a vacinação completa, estando prevista começar no início de setembro:

– Fim do uso obrigatório de máscara na via pública, embora continuem a ser obrigatórias em todos os espaços interiores;

– Casamentos e batizados com lotação máxima de 75%;

– Espetáculos culturais com 75% de lotação;

– Transportes públicos sem limite de lotação;

– Serviços públicos sem marcação prévia;

Fase 3 – arranca quando 85% da população tiver a vacinação completa, estando prevista começar em outubro:

– Bares e discotecas podem funcionar mediante a apresentação do certificado digital ou de um teste negativo;

– Restaurantes deixam de ter limite máximo de pessoas por grupo;

– Fim dos limites de lotação.

De destacar que o calendário apresentado pode sofrer alterações, pelo que pode ser acelerado caso a taxa de vacinação assim o permita.

Quanto ao certificado digital covid-19 ou teste negativo, este continua a ser obrigatório para:

– Entrar em restaurantes ao fim-de-semana e feriados;

– Em ginásios para aulas de grupo;

– Viagens por via aérea ou marítima;

– Entrar em estabelecimentos turísticos e alojamento local;

– Termas e spas;

– Casinos e bingos;

– Eventos culturais, desportivos ou corporativos para mais de 1000 pessoas em ambiente aberto ou 500 pessoas em ambiente fechado;

– Casamentos e batizados com mais de dez pessoas.

PIB cresce 4,9% e 15,5% no segundo trimestre do ano

Segundo os dados divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) o PIB disparou para 15,5% no segundo trimestre de 2021, crescendo cerca de 4,9%.

Foi esta manhã que o INE deu a conhecer os resultados referentes ao PIB. Neste segundo trimestre verifica-se que o PIB português cresceu 4,9% em cadeia, e disparou para 15,5% quando comparado com os resultados do período homólogo.

De acordo com o INE, “esta evolução é influenciada por um efeito base, uma vez que as restrições sobre a atividade económica em consequência da pandemia se fizeram sentir de forma mais intensa nos primeiros dois meses do segundo trimestre de 2020, conduzindo então a uma contração sem precedente da atividade económica”.

Mesmo assim o Instituto destaca que o “contributo positivo da procura interna para a variação homóloga do PIB acentuou-se e o contributo da procura externa líquida foi menos negativo no trimestre”.

De salientar que neste segundo trimestre registou-se “uma perda nos termos de troca”, justificado pelo “comportamento deflator das importações sido influenciado, em larga medida, pelo crescimento pronunciado dos preços dos produtos energéticos”.

Relativamente ao PIB na zona euro, e segundo uma estimativa publicada hoje pelo gabinete estatístico da União Europeia (UE), o Eurostat, Portugal registou a maior subida, com um aumento de 4,9% em cadeia, seguido pela Áustria, com 4,3% e da Letónia, com 3,7%. Por oposição a Lituânia e a República Checa registaram o menor aumento do PIB, com 0,4% e 0,6%, respetivamente.

Em comparação homóloga, o PIB nacional subiu, então, 15,5%, sendo o quarto maior aumento, ficando atrás de Espanha, França e Itália, com subidas de 19,8%, 18,7% e 17,3%, pela respetiva ordem.

Em termos globais, o PIB ajustado sazonalmente na zona euro aumentou 13,7% e na UE 13,2% no segundo trimestre de 2021 quando comparado com mesmo período do ano anterior. Sobre a variação em cadeia, o PIB ajustado sazonalmente aumentou 2% na zona euro e 1,9% na UE, face ao período homólogo.

Bynd VC participa em ronda de 45 milhões da Série C

A Bynd Venture Capital acaba de anunciar a participação na última ronda de investimento de 45 milhões de euros da Série C da empresa espanhola Colvin, estando esta no portfólio da Bynd desde 2017.

A sociedade gestora de capital de risco portuguesa, Bynd Venture Capital, anunciou a participação da ronda de investimento de 45 milhões de euros da Série C da empresa de tecnologia dedicada à indústria de flores, Colvin, liderada pelo fundo europeu de capital de risco, Eurazeo.

A empresa espanhola foi fundada em 2017 por Andrés Cester e Sergi Bastardas, tendo sido “a primeira plataforma na Europa com vista a digitalizar o setor das flores e plantas, tendo por base um modelo disruptivo baseado na desintermediação da cadeia de valor”. A startup acabou por criar uma rede sem intermediários e a operar através de tecnologia e logística na cadeia de fornecimento.

Quanto à portuguesa Bynd VC, esta tem como visão os negócios de base digital B2B e B2C. Com esta ronda de investimento, a empresa pretende seguir a sua estratégia “em apostar em startups que tenham uma relação direta com Portugal e/ou Espanha, que seja por via dos fundadores ou investidores, pela presença das equipas, do centro tecnológico ou outras”.

Para Francisco Ferreira Pinto, partner da Bynd Venture Capital, “a pandemia veio colocar à prova a forma como nos conectamos uns com os outros e, por isso, o e-commerce veio revolucionar a forma de atuar de alguns setores, como o da entrega de flores e plantas. A Colvin é uma startup com uma ideologia disruptiva e inovadora e esta ronda só veio comprovar que existe muito potencial e dinamismo por detrás da startup que o Sergi e o Andrés criaram há cinco anos.”

Sergi Bastardas, co-fundador da Colvin, explica que “2020 foi um ano de aceleração para a Colvin, um ponto de viragem que definirá o ritmo do nosso crescimento nos próximos anos. Esta nova ronda de investimento permitir-nos-á acelerar o desenvolvimento dos projetos de tecnologia e logística da categoria B2B que estão em curso, além de consolidar o crescimento da empresa no setor do retalho online das flores e plantas. Na Colvin, o nosso objetivo é liderar a transformação da indústria ao nível global”.

Após este investimento a empresa espanhola vai investir em tecnologia e nos sistemas para conectar-se diretamente com os seus fornecedores, expandir o negócio para novos mercados na Europa, como é o caso de França, e vai reforçar a equipa com 100 profissionais nos próximos meses, sendo que “o recrutamento dará ênfase à contratação de colaboradores para os departamentos de tecnologia, marketing e operações”.

Destaca-se, ainda, que a Colvin duplicou a procura dos seus serviços em 2020, e como consequência aumentou a equipa para 200 trabalhadores, abrindo “uma divisão focada no mundo das plantas: a Colvin Jungle”. Tal como o ano passado, quando fechou o ano com um crescimento de 200%, o mês é esperado para 2021: duplicar a faturação.

Pedro Pina é o novo vice-presidente do YouTube EMEA

A plataforma de partilha de vídeo, YouTube, tem um novo vice-diretor. O português Pedro Pina vai ser o responsável pela empresa na Europa, Médio Oriente e África (EMEA).

Com mais de 30 anos de experiência enquanto profissional de marketing global, Pedro Pina assume a vice-presidência do YouTube, estando responsável pela organização na Europa, Médio Oriente e África (EMEA).

Durante o seu percurso, o vice-presidente passou pela Google, na qual entrou como líder da equipa Global Client & Agency Solutions, em 2013, e estava encarregue das parcerias publicitárias com marcas como a Apple, BMW, Coca Cola, L’Oréal, entre outras. Ainda assim, antes de integrar a multinacional, Pedro Pina trabalhou nas empresas McCan Worldgroup, Sonae & France Telecom, Yum, Pepsi e P&G.

Robert Kyncl, Chief Business Officer, diz estar “entusiasmado com esta nova liderança e [por] ter o Pedro como responsável pela gestão do negócio do YouTube na Europa, Médio Oriente e África. O Pedro Pina traz consigo uma enorme variedade de experiências globais, regionais e nacionais que nos vai ajudar a permitir continuar a contribuir para o crescimento da economia criadora na EMEA e em todo o mundo”.

Por sua vez, Pedro Pina salienta que “o potencial aqui na região é ilimitado, e a oportunidade de liderar a equipa para a nossa próxima fase de crescimento era muito boa para deixar passar”.

O vice-presidente é, ainda, reconhecido por ser um dos “10 executivos LGBTQ+ mais influentes do Reino Unido”, tendo, também, ganho o OUTstanding LGBT+ Role Model List, do qual fazem parte executivos LGBT de referência no mundo empresarial.

AEP destaca riscos nas exportações nacionais

A AEP – Associação Empresarial de Portugal notou riscos que podem penalizar a evolução das exportações nacionais, sobretudo nas áreas dos serviços e do turismo.

Segundo os dados do relatório Envolvente Empresarial – Análise da Conjuntura, relativos ao segundo trimestre de 2021 sobre a atividade económica, desenvolvido pela AEP, pela Associação Industrial Portuguesa (AIP) e pela CIP – Confederação Empresarial de Portugal, destacaram-se alguns riscos que podem ser prejudiciais à evolução das exportações nacionais.

A AEP destaca os riscos mais estruturais relativos a custos de contexto, que penalizam especialmente as exportações de bens, que são justificados pelos “elevados preços da energia paga pela indústria nacional, quer na eletricidade, quer no gás natural, mas que neste caso apenas nos dois primeiros escalões de consumo em que se situam a maior parte das empresas, sobretudo as de menor dimensão”.

A Associação demonstra, de igual modo, preocupação face ao indicador de competitividade-custo, que também mostra sinais de “forte perda”, apresentando “um contributo maioritário do aumento dos custos laborais unitários relativos (4,0%) e menor apreciação nominal do euro (1,0%)”. Relativamente ao fator de competitividade, este melhorou “de forma mais ligeira (1,3%)”.

De acordo com o comunicado da AEP, “o retrocesso de Portugal no ranking de inovação europeu, evidencia que há ainda muito a progredir neste domínio crucial para o aumento sustentado do valor acrescentado das exportações”.

Tendo em vista os riscos analisados “é preciso atuar de forma conjuntural, não retirando prematuramente os apoios à economia, e de forma mais estrutural, ao nível da redução de custos de contexto”, nomeadamente no que concerne ao posicionamento nas cadeias de valor, custos dos inputs e a remoção dos bloqueios à inovação, pois só assim é que Portugal conseguirá “alcançar as metas do Programa Internacionalizar 2030”.

ERP Portugal e Novo Verde lançam iniciativa “Parceiro Sustentável”

As duas entidades gestoras de resíduos, ERP Portugal e Novo Verde, uniram-se para lançar a iniciativa “Parceiro Sustentável”, que tem em vista promover programas de conteúdos e comunicação destinados a empresas de modo a que estas melhorem as suas práticas sustentáveis.

A ERP Portugal – Entidade de Resíduos de Equipamentos Elétricos, Eletrónicos, Pilhas e Acumuladores, em parceria com a Novo Verde, acabam de lançar o projeto “Parceiro Sustentável” que tem como missão apoiar e inspirar as empresas a desenvolver iniciativas sustentáveis e divulgar melhores práticas ambientais no setor corporativo.

A iniciativa possui um conjunto de ferramentas, incluindo vídeos, documentos informativos, peças gráficas, para que as empresas aderentes às entidades possam perceber “como implementar novas medidas internamente, divulgar aos colaboradores as práticas a adotar e comunicar aos clientes e consumidores o trabalho realizado na diminuição do seu impacto ambiental de forma integrada”.

Ricardo Neto, presidente da ERP Portugal e da Novo Verde, explica que “este é um projeto que temos vindo a desenvolver para apoiar as empresas com quem trabalhamos de forma subliminar e que hoje lançamos de forma estruturada, tudo para disseminar as melhores práticas ambientais no tecido corporativo”.

“Na nossa lista de parceiros e clientes constam empresas que têm programas e iniciativas de sustentabilidade bastante amadurecidos e que merecem ser (re)conhecidas por todos os seus stakeholders. Outras empresas poderão tirar vantagem dos conhecimentos que partilhamos para implementar novas medidas que hoje, cada vez mais, são decisivas em termos de sustentabilidade corporativa, retenção de talento e reputação”, esclarece o presidente.

Por sua vez, as ferramentas estão separadas por resíduos de embalagens e resíduos de equipamentos elétricos, eletrónicos, pilhas e acumuladores, estando os primeiros a cargo da Novo Verde e os segundos da ERP Portugal.

“Além da importância de partilharmos em conjunto diversas preocupações ambientais, este é para nós um passo importante no estreitar das relações de confiança com os nossos clientes e potenciais clientes, na medida que vamos para além do essencial: formamos parcerias sustentáveis”, conclui Ricardo Neto.

Super Bock Group investe 30 milhões em Pedras Salgadas

O Super Bock Group vai investir 30 milhões de euros na modernização do Centro de Produção de Pedras Salgadas. Adicionalmente, o grupo vai contribuir para a expansão do Pedras Salgadas Spa & Nature Park.

O Super Bock Group acaba de anunciar que vai investir cerca de 30 milhões de euros para a modernização do Centro de Produção de Pedras Salgadas, e contribuir para a expansão do Pedras Salgadas Spa & Nature Park. Com este investimento, o grupo soma mais de 100 milhões de euros já aplicados na região de Trás-os-Montes, “desde que adquiriu a VMPS (Vidago, Melgaço e Pedras Salgadas), em 2002”.

O anúncio foi feito pelo CEO da empresa, Rui Lopes Ferreira, durante as comemorações dos 150 anos da Água das Pedras. Na cerimónia marcaram, também, presença o Ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, o presidente da Câmara de Vila Pouca de Aguiar, Alberto Machado, e o presidente do Conselho de Administração do Super Bock Group, Manuel Violas.

Segundo o comunicado, o investimento principal vai ser destinado ao Centro de Produção. Assim, até 2026, o Grupo vai investir de forma faseada 27,5 milhões de euros para melhorar as condições de produtividade e eficiência, sobretudo no que concerne aos consumos de água e energia, “bem como a utilização de energias mais verdes”.

A unidade fabril ficará, então, “preparada, do ponto de vista de capacidade instalada (dos atuais 50 para os 70 milhões de litros) e de flexibilidade, para responder às necessidades futuras na operação de Pedras”.

Consequentemente, este projeto irá gerar 30 postos de trabalho diretos. No entanto, “em valores absolutos, a empresa é responsável, na região, por assegurar 211 postos de trabalho diretos”.

Quanto à expansão e requalificação do Pedras Salgadas Spa & Nature Park, a empresa vai investir, até 2030, 2,5 milhões de euros. No interior do parque vão ser recuperados imóveis “para criar novos alojamentos em linha com o conceito existente”, que ficarão à responsabilidade do arquiteto Luís Rebelo Andrade.

Recorde que o Pedras Salgadas foi inaugurado em 2012, e é um Projeto de Interesse Nacional (PIN).

Nos terrenos contíguos, o Super Bock Group vai, ainda, iniciar um projeto de reflorestação, que conta com o apoio da ANP|WWF para expandir espaço arbóreo para 26,3 hectares, contribuindo para “o aumento da capacidade de retenção de água, e com potencial para sequestrar anualmente entre 25 e 69 tonCOE/ano”, e “será ainda criada uma charca para benefício da biodiversidade local, em especial os insetos e os répteis, e as novas estruturas arbóreas em seu redor vão servir de refúgio para as diversas aves que povoam a região”.

Fundo de Capitalização e Resiliência chega hoje para apoiar empresas

Com a pandemia muitas empresas viram a necessidade de ser recapitalizadas, como tal, e de acordo com o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), chega hoje o Fundo de Capitalização e Resiliência.

Após a publicação, de ontem, em Diário da República, o decreto-lei que estabelece o mecanismo de apoio às empresas entra em vigor a partir de hoje. O Fundo de Capitalização e Resiliência está, então, disponível para apoiar o tecido empresarial português.

O Fundo vai permitir “operações de capitalização de empresas viáveis com elevado potencial de crescimento, em setores estratégicos e com orientação para mercados externos, com intervenção pública de caráter temporário e mecanismos preferenciais de coinvestimento, com governança clara e transparente e que opere através de investimento ou financiamento de operações de capital, quase capital e dívida, preferencialmente com cofinanciamento público ou provado ou, no início, com fonte de financiamento totalmente pública”, como explica o Jornal Económico.

Em diploma é expresso que o Fundo “dispõe de uma dotação inicial de 320 milhões de euros”, ainda assim, estará passível a um aumento até aos 1,3 mil milhões de euros. Quanto à duração do apoio, esta está prevista ser de 10 anos, mas este tempo pode ser renovável por períodos de cinco anos, até a um máximo de duas extensões.

Recorde que este mecanismo surge como uma das prioridades identificadas no PRR e que vem da “necessidade de recapitalização por uma parte considerável do tecido económico nacional”, tal como refere o Jornal.

Por sua vez, o Fundo de Capitalização e Resiliência será gerido pelo Banco de Fomento Português (BFP), e poderá investir em instrumentos de capital, como ações ou instrumentos híbridos e de dívida, de modo a procurar “um equilíbrio entre o risco, o rendimento e a utilização de recursos públicos para apoiar projetos viáveis. Desta forma, as operações constituir-se-ão em instrumentos para a participação do Estado nos lucros futuros das empresas, bem como numa estratégia de saída devido à natureza temporária do Fundo”, como explica o decreto.